Eu até gosto dessa paz toda, mas eu quero é fogo no parquinho! Hahaha
Após um fim de semana maravilhoso com Marina, Victor teve que se despedir dela e voltar para a realidade de sua vida. Havia chegado em casa de madrugada e conseguiu dormir um pouco. No outro dia pela manhã, antes de ir para o trabalho, decidiu tomar café com a sua mãe.Sentando-se à mesa, ajusta a gravata distraidamente enquanto observa Joana transparecer uma energia nada habitual.— Bom dia, querido — diz ela, com um sorriso caloroso no rosto enquanto saboreia uma tigela de frutas frescas.— Bom dia, mãe — responde, em um tom indiferente que não combina com o entusiasmo dela.Mesmo percebendo o ar pesado do filho, ela opta por não o pressionar. Em vez disso, começa a falar animadamente, como sempre fazia quando queria quebrar o gelo.— Ah, você deveria ter ido comigo à exposição no sábado. Foi uma noite tão agradável. Reencontrei algumas amigas que não via há anos — comenta, lançando um olhar atento ao filho. — Sabrina Mendonça estava lá, sabia?Levantando os olhos da xícara que segur
Animada com a fala do filho, Joana se levanta rapidamente, aproximando-se de Victor com um brilho de felicidade no olhar. Ela o abraça por trás, apertando-o carinhosamente.— Claro que sim! — exclama, extasiada. — Vou preparar um jantar maravilhoso. Do que ela gosta de comer?Victor sorri, claramente divertido com o entusiasmo da mãe, e responde enquanto bebe mais um gole de café.— Não se preocupe com isso, mãe. Faça do jeito que a senhora quiser. Tenho certeza de que será perfeito — diz, tentando conter o riso ao ver o brilho ansioso nos olhos dela.Ela franze a testa, mas o sorriso não desaparece de seu rosto.— Sim, eu darei o meu melhor. Mas… — faz uma pausa, inclinando a cabeça com um olhar de expectativa. — Pelo menos me diga o nome dela.Soltando uma leve risada, Victor balança a cabeça.— Não vou dizer, mãe. Conheço bem a senhora. — Ele se levanta, pegando a maleta sobre a cadeira. — Agora, preciso ir. Terminarei meu trabalho mais cedo para te acompanhar no jantar de hoje.Ant
— Percebo o quanto você está com sangue nos olhos, hein? — comenta Rodrigo, com um sorriso de canto, apenas observando o quanto irmão parece determinado.— E não era para estar? — rebate Victor, indignado. — Olha só a armação que ele fez para a Marina. A coitada teve que praticamente parar a vida dela por conta do que esses dois desgraçados fizeram. Quero mais é que eles se ferrem, Rodrigo. E não descansarei até isso acontecer.Rodrigo assente, mas mantém a expressão mais neutra.— Você conseguirá o que deseja, tenho certeza disso. Mas, sinceramente, tenho quase certeza de que a que menos sairá perdendo será a amante dele, essa tal de Andressa. Não sei como você pretende se vingar dela pela Marina.Victor dá um sorriso enigmático, inclinando-se levemente para frente, porém antes de voltar a falar, seu celular começa a tocar.— Espere só um pouco — diz, pegando o celular e vendo o nome do detetive na tela. — Isso não será um problema — comenta, atendendo à ligação e colocando a chamada
Os dias passam e a saúde da avó de Marina apresenta uma recuperação surpreendente. Com a melhora da idosa, José e Daniela decidem voltar para casa, deixando Marina como responsável pelos cuidados da avó. Marina propôs ficar não apenas pelo carinho e apreço que sentia pela idosa, mas também com outro motivo em mente: Victor.Ela sabia que, se retornasse à cidade onde vivia, o risco de alguém que não deveria vê-los juntos aumentaria progressivamente. Todos os finais de semana, Victor viaja até onde Marina está, dedicando cada momento à companhia dela. Seus encontros são intensos e envolvidos de paixão, com os dois aproveitando o tempo como se o mundo ao redor não existisse. Entre conversas ao pé da cama, jantares simples, mas cheios de significado, e tardes ensolaradas ao lado da avó de Marina, eles encontram um ritmo só deles. É uma rotina que traz um equilíbrio improvável às vidas tão diferentes que levam fora daquele espaço seguro.Com o tempo, Xavier também retorna para casa após sem
Pela manhã, enquanto toma seu café mais cedo para ir ao escritório, Victor nota a mãe sentada à mesa, com um sorriso largo e um brilho nos olhos que não passavam despercebidos.— Bom dia, querido — cumprimenta Joana, com entusiasmo.— Bom dia — responde, com um tom que denuncia sua desconfiança. O humor animado da mãe logo cedo não era nada comum.No entanto, Joana ignora o tom dele e continua, servindo-se de mais café.— Eu estava pensando, querido… Agora que o seu pai voltou, já podemos marcar o jantar com a sua namorada. O que acha? — pergunta, deixando a animação evidente.Arqueando uma sobrancelha, estranha ainda mais o comportamento da mãe.— É por isso que está tão animada? — questiona.Joana ri suavemente, mas responde rápido, quase como se quisesse desviar o foco.— Também… — Ela pausa, segurando a xícara com as duas mãos, com o sorriso ainda presente. — Mas hoje estou feliz porque estou percebendo uma mudança de atitude no seu pai.Victor para no meio de um gole de café e enc
Ao desligar a ligação, Marina sente um misto de ansiedade por saber que em breve terá que ficar de frente com todos da família Ferraz. Sabia que precisava ser bem segura e convicta de que não seria nada fácil. Tentando não focar naquilo por um momento para não ficar mais ansiosa, decide se concentrar no caso em que iria trabalhar. A oportunidade que surge parece um sinal claro para seguir em frente, enfrentando os desafios que virão.Enquanto caminha em direção à sala, encontra a avó sentada no sofá, concentrada em seu tricô.— Vó, pensei muito sobre o caso da sua amiga Valquíria. Decidi que vou pegá-lo. Vou até a casa dela agora mesmo para dizer que vou defendê-la no tribunal — declara, com firmeza na voz, enquanto pega a bolsa e se dirige à porta de saída.A avó levanta os olhos do tricô e esboça um sorriso orgulhoso.— Tenho certeza de que você fará um ótimo trabalho, minha neta. A justiça precisa de pessoas como você.O incentivo da avó dá ainda mais força para Marina continuar. Po
Na manhã de sábado, Marina acorda com o coração batendo em um ritmo acelerado, tomado pela ansiedade. Enquanto organiza cuidadosamente a pequena mala, sua mente não para de repassar os detalhes do encontro. Cada passo, cada palavra, cada expressão que deveria usar ao estar frente a frente com Xavier Ferraz.Ela sabe que não terá uma segunda chance para colocar Xavier em seu lugar; por isso, precisa ser bem segura no que fará. Entre uma peça de roupa e outra, murmura para si mesma que não abaixará a cabeça em momento algum para as pessoas daquela casa.“Foco, Marina”, diz baixinho, enquanto fecha o zíper da mala. Ela respira fundo, tentando acalmar os pensamentos, mas a expectativa de tudo o que acontecerá à noite a deixa inquieta.Antes de sair, se despede dos avós com os olhos cheios de lágrimas, prometendo que em breve irá retornar para visitá-los.Ao chegar no aeroporto, digita uma mensagem para Victor, dizendo estar prestes a entrar no avião. Rapidamente, ele responde dizendo que m
Nada naquele momento pode descrever os olhares surpresos de Xavier, Joana e Valentina. Eles encaram Marina como se ela fosse um fantasma que acabara de surgir na sala. O ar parece ficar pesado, e o silêncio que se instala é quase ensurdecedor. Cada um deles carrega uma expressão única: Xavier exibe uma mistura de incredulidade e indignação; Joana, com os olhos arregalados, mantém o rosto impassível, mas claramente tenta processar a cena; e Valentina, apertando as mãos no colo, parece paralisada pela surpresa, com uma pitada de desagrado em sua expressão.“O que essa mulher está fazendo aqui?” Essa pergunta paira no ar, mesmo que ninguém a vocalize. Xavier, no entanto, é o primeiro a reagir. Ele se levanta bruscamente da poltrona, com um movimento abrupto ecoando pelo ambiente silencioso. Sua expressão agora é cheia de confusão e uma dose de frustração, como se estivesse tentando juntar as peças de um quebra-cabeça que simplesmente não faz sentido.— O que está acontecendo aqui? — A voz