Acho que o prato principal desse jantar será o Xavier!
Ao escutar o que Marina acaba de dizer, Rodrigo se encolhe no sofá e leva a mão à boca, tentando controlar a sua admiração pela antiga funcionária e agora cunhada. Ele olha para Victor vez ou outra e tenta segurar o seu riso, ao perceber o quanto o irmão também está visivelmente todo orgulhoso da mulher que escolheu.— O Xavier fez questão de criar uma situação em que me colocou no centro de tudo isso, enquanto ele e a verdadeira culpada estavam sorrindo por aí da cara de vocês — diz Marina, pegando os envelopes da bandeja e fazendo questão de entregar em mãos a cada um dos presentes naquela sala.Rodrigo abre o envelope e finge uma cara de surpresa ao ver as fotos do pai nos Estados Unidos, passeando com a amante.Valentina, ao abrir seu envelope, leva a mão à boca em um reflexo automático. Sua expressão de espanto é evidente, suas mãos tremem ao segurar as fotos, e ela alterna o olhar entre as imagens e o noivo, esperando por uma atitude dele. A traição explícita que as imagens revel
Antes que Xavier erguesse as mãos para pegar o envelope que Marina estendia, Joana interfere e toma o envelope das mãos dela e o abre com uma rapidez incomum.Ela olha as fotos com cuidado, analisando uma a uma, onde vê que a mulher que estava com Xavier, beijava outro homem. — Seja o que for que estiver aí, não acredite, querida! — ele diz, numa tentativa de desvencilhar daquela situação.Com sangue nos olhos, Joana encara o marido e range os dentes ao dizer: — Espero do fundo do meu coração que isso seja verdade! — anuncia, antes de jogar os papéis no chão.Rapidamente, Xavier olha para o chão onde os papéis caem abertos e vê as fotos de Andressa com outro homem, no mesmo hotel onde eles estavam hospedados.Ele se abaixa para pegar os papéis, sem acreditar no que acaba de ver. — Não é possível — murmura, sentindo o sangue ferver. — Desgraçada — sussurra, amassando os papéis.Percebendo o choque do homem, Marina se aproxima de onde ele está abaixado e declara: — Não acredito que e
Após viajar para Las Vegas com Xavier, Andressa não teve oportunidades para encontrar Leonel pessoalmente. Assim, na primeira chance que teve de ficar sozinha, pegou o telefone e discou o número dele, com o coração batendo rápido enquanto o som de chamada ecoava em seus ouvidos.— Oi — diz ela, num tom carregado numa mistura de nervosismo e saudade.— Oi — responde Leonel, mais sério, mas não distante. — Como você está?— Estou bem… — Ela hesita por um instante antes de continuar. — Um pouco curiosa, na verdade, pela mensagem que você me enviou naquele dia.Do outro lado da linha, Leonel suspira levemente. Sua voz carrega um tom de preocupação ao responder:— Te causei algum problema? Fiquei preocupado com a mensagem que você me enviou depois.Andressa morde o lábio inferior, ponderando sua resposta.— Não… — diz ela, tentando encontrar as palavras certas. — Bem… quero ser sincera com você. Meu namorado viu a mensagem e me perguntou quem era você. Então, eu dei uma desculpa.Leonel fic
Enquanto caminha em direção à padaria dos pais, localizada ao lado de sua casa, Marina ajusta sua camisa branca social. Por mais que sua aparência transmita confiança, ela não pode negar que, por dentro, está nervosa. E não é para menos, afinal, este dia marca o início de sua carreira. Apesar de ser filha de pais humildes, ela estudou com afinco para não seguir o mesmo caminho. Formou-se em Direito e agora está prestes a trabalhar em um dos escritórios mais renomados do país. Embora ainda não seja advogada, o cargo de assistente jurídica é um excelente começo para sua trajetória.— Bom dia, pai — cumprimenta Marina, ao avistar José, que está do outro lado do balcão, reabastecendo o estoque de pães.— Bom dia, Mari. Você está linda, minha querida — responde ele, admirando o modo como ela está vestida. — Sente-se, sua mãe já vai servir o seu café.— Tudo bem. Marina se senta em uma das mesas próximas à porta. Dali, ela pode observar a rua e os clientes que entram na padaria. O local e
Voltando para o interior da padaria, Marina confronta o pai.— Como pôde deixar aquele idiota sair daqui com um olhar vitorioso? — questiona, claramente frustrada.— Para evitar confusão — responde José, enquanto atende outro cliente. — Todos têm seus dias ruins, minha filha. Talvez esse tenha sido o dele.— Aquele homem não estava num dia ruim, ele “é” ruim, isso sim — retruca, com firmeza.Daniela, que está atendendo outro cliente, observa a indignação da filha e decide intervir.— Não estrague o seu dia devido a um homem que você nunca viu antes, filha. Termine seu café, ou perderá o ônibus.— Tudo bem, mãe — responde Marina, bufando de frustração.Após terminar o café, Marina se despede dos pais e sai da padaria, caminhando em direção ao ponto de ônibus. Enquanto anda, não consegue deixar de pensar no idiota que apareceu mais cedo. Marina nunca gostou de pessoas que se acham superiores às outras, e aquele homem claramente era um exemplo perfeito disso.— Mari! — uma voz masculina
“Era só o que me faltava”, pensa Marina, encolhendo-se na cadeira, torcendo para que aquele homem não a notasse ali.— Tudo bem, vou assinar, mas preciso revisar primeiro — responde Rodrigo, pegando o papel das mãos do homem.— Que droga, Rodrigo! Ainda não arranjou uma assistente para fazer isso por você? — questiona o homem, impaciente.— Tem razão — Rodrigo responde, sorridente. — Já arranjei. Na verdade, estou conversando com ela agora mesmo — diz, indicando Marina na cadeira.“Ai meu Deus, eu estou ferrada” pensa Marina, sentindo os olhos negros do homem queimarem sua pele.— Esta é Marina Ferreira, minha nova assistente. Ela acabou de chegar.Ao ver a jovem de cabelos loiros e olhos azuis encolhida na cadeira, Victor sorri com ironia.— Ora, se esse mundo não é pequeno — zomba, ao notar o visível desconforto de Marina com sua presença.— Marina, este é Victor Ferraz, meu irmão e sócio — Rodrigo anuncia.“Sócio?”, Marina pensa, indignada com a revelação. Não pode acreditar que tr
Vendo que Victor está diante dela com o olhar furioso, ela tenta explicar.— Eu disse: é o senhor que manda — declara, torcendo para que ele acredite nisso.— É bom mesmo entender isso — responde, saindo dali e indo para o seu escritório.Victor Ferraz se acomoda em sua imponente cadeira de couro, atrás da mesa meticulosamente organizada de seu escritório. No entanto, seu olhar está distante, fixo na enorme janela de vidro que revela a vista panorâmica da cidade. O ambiente ao seu redor é luxuoso e silencioso, mas sua mente permanece inquieta. Ele se recosta levemente, cruzando os braços sobre o peito, enquanto sua mandíbula tensa e seu semblante fechado revelam traços sutis de sua irritação com os acontecimentos recentes.Marina. Ele não consegue tirar a moça de cabelos loiros de sua cabeça. Em toda sua rotina bem controlada, ninguém jamais havia ousado falar com ele daquela maneira, ainda mais no primeiro dia de trabalho. Victor é um homem acostumado ao controle absoluto, à obediên
Quando chega em casa, Marina se joga na cama e começa a repassar mentalmente tudo o que aconteceu em seu primeiro dia de trabalho. Embora sentisse que poderia se dar muito bem naquele ambiente, o receio de cruzar novamente com Victor a inquietava. Sabia que, mesmo não trabalhando diretamente com ele, suas interações seriam inevitáveis. Ela se lembra que Katrina lhe disse mais algumas coisas sobre Victor antes de terminar o expediente.“Ele tem um jeito de te manipular sem que você perceba. Ele testa seus limites, se faz de superior e, quando vê uma brecha, te envolve. Se você não tomar cuidado, acabará jogando o jogo dele… e, acredite, ninguém ganha esse jogo. Ele é experiente demais.”Um som suave de batidas na porta a tira de seus pensamentos. Rapidamente, Marina se levanta e vai até a porta, onde se depara com sua mãe.— Boa noite, meu amor. Como foi seu primeiro dia de trabalho? — pergunta Daniela, com um sorriso cansado, mas carinhoso.— Foi bom. Possivelmente logo me acostumo co