A paz reinando na vida de Marina, enquanto Andressa está vivendo um inferno. O mal por si só, se destrói.
Ao perceber que o momento de reconciliação entre mãe e filha havia se encerrado, Victor decide entrar no quarto, agindo como se não tivesse testemunhado nada.— Desculpa a demora — diz ele, com um sorriso tranquilo, enquanto entrega um copo para cada uma delas. — A fila estava enorme.Ele se aproxima de Daniela para lhe entregar a bebida e, ao fazer isso, percebe algo diferente no olhar dela. Não era mais o olhar frio e cauteloso de antes, mas algo mais brando, quase como se houvesse uma pitada de admiração. Apesar de notar a mudança, decide não reagir, mantendo sua postura neutra. Com passos calmos, ele se senta ao lado de Marina.— Parece que a minha avó não irá acordar tão cedo — diz Marina, enquanto seus lábios desenham um sorriso que ilumina o ambiente.Victor corresponde com um olhar cheio de ternura, inclinando-se levemente para tocar a mão dela.— Deixe-a descansar, nós não temos pressa, não é mesmo? — pergunta com um olhar sereno.Daniela observa a interação entre os dois e pe
Após se entender com a sogra, Victor volta para o quarto e encontra a avó de Marina acordada. Mesmo estando fraca, a senhorinha troca algumas palavras com ele. Depois se despedem dela e deixam o hospital. A tarde está calma, com uma brisa leve que faz Marina encarar o céu meio nublado.— O que quer fazer agora? — Victor pergunta, lançando um olhar suave para ela, enquanto atravessam a rua.— Quero ficar mais um tempo com você — responde, envolvendo o braço nas costas dele, num gesto aconchegante e íntimo. Ambos caminham assim, abraçados, como se o mundo ao redor não importasse.Victor sorri, inclinando ligeiramente a cabeça para olhá-la.— Então podemos passear um pouco pelo centro e fazer algumas compras. O que acha?Marina ri suavemente, balançando a cabeça.— A ideia não é ruim — comenta, hesitando por um instante. Depois, desvia o olhar, tentando não demonstrar a timidez que sente ao confessar sua verdadeira vontade. — Mas prefiro voltar para o hotel.Percebendo o leve rubor que co
Após um fim de semana maravilhoso com Marina, Victor teve que se despedir dela e voltar para a realidade de sua vida. Havia chegado em casa de madrugada e conseguiu dormir um pouco. No outro dia pela manhã, antes de ir para o trabalho, decidiu tomar café com a sua mãe.Sentando-se à mesa, ajusta a gravata distraidamente enquanto observa Joana transparecer uma energia nada habitual.— Bom dia, querido — diz ela, com um sorriso caloroso no rosto enquanto saboreia uma tigela de frutas frescas.— Bom dia, mãe — responde, em um tom indiferente que não combina com o entusiasmo dela.Mesmo percebendo o ar pesado do filho, ela opta por não o pressionar. Em vez disso, começa a falar animadamente, como sempre fazia quando queria quebrar o gelo.— Ah, você deveria ter ido comigo à exposição no sábado. Foi uma noite tão agradável. Reencontrei algumas amigas que não via há anos — comenta, lançando um olhar atento ao filho. — Sabrina Mendonça estava lá, sabia?Levantando os olhos da xícara que segur
Animada com a fala do filho, Joana se levanta rapidamente, aproximando-se de Victor com um brilho de felicidade no olhar. Ela o abraça por trás, apertando-o carinhosamente.— Claro que sim! — exclama, extasiada. — Vou preparar um jantar maravilhoso. Do que ela gosta de comer?Victor sorri, claramente divertido com o entusiasmo da mãe, e responde enquanto bebe mais um gole de café.— Não se preocupe com isso, mãe. Faça do jeito que a senhora quiser. Tenho certeza de que será perfeito — diz, tentando conter o riso ao ver o brilho ansioso nos olhos dela.Ela franze a testa, mas o sorriso não desaparece de seu rosto.— Sim, eu darei o meu melhor. Mas… — faz uma pausa, inclinando a cabeça com um olhar de expectativa. — Pelo menos me diga o nome dela.Soltando uma leve risada, Victor balança a cabeça.— Não vou dizer, mãe. Conheço bem a senhora. — Ele se levanta, pegando a maleta sobre a cadeira. — Agora, preciso ir. Terminarei meu trabalho mais cedo para te acompanhar no jantar de hoje.Ant
— Percebo o quanto você está com sangue nos olhos, hein? — comenta Rodrigo, com um sorriso de canto, apenas observando o quanto irmão parece determinado.— E não era para estar? — rebate Victor, indignado. — Olha só a armação que ele fez para a Marina. A coitada teve que praticamente parar a vida dela por conta do que esses dois desgraçados fizeram. Quero mais é que eles se ferrem, Rodrigo. E não descansarei até isso acontecer.Rodrigo assente, mas mantém a expressão mais neutra.— Você conseguirá o que deseja, tenho certeza disso. Mas, sinceramente, tenho quase certeza de que a que menos sairá perdendo será a amante dele, essa tal de Andressa. Não sei como você pretende se vingar dela pela Marina.Victor dá um sorriso enigmático, inclinando-se levemente para frente, porém antes de voltar a falar, seu celular começa a tocar.— Espere só um pouco — diz, pegando o celular e vendo o nome do detetive na tela. — Isso não será um problema — comenta, atendendo à ligação e colocando a chamada
Os dias passam e a saúde da avó de Marina apresenta uma recuperação surpreendente. Com a melhora da idosa, José e Daniela decidem voltar para casa, deixando Marina como responsável pelos cuidados da avó. Marina propôs ficar não apenas pelo carinho e apreço que sentia pela idosa, mas também com outro motivo em mente: Victor.Ela sabia que, se retornasse à cidade onde vivia, o risco de alguém que não deveria vê-los juntos aumentaria progressivamente. Todos os finais de semana, Victor viaja até onde Marina está, dedicando cada momento à companhia dela. Seus encontros são intensos e envolvidos de paixão, com os dois aproveitando o tempo como se o mundo ao redor não existisse. Entre conversas ao pé da cama, jantares simples, mas cheios de significado, e tardes ensolaradas ao lado da avó de Marina, eles encontram um ritmo só deles. É uma rotina que traz um equilíbrio improvável às vidas tão diferentes que levam fora daquele espaço seguro.Com o tempo, Xavier também retorna para casa após sem
Pela manhã, enquanto toma seu café mais cedo para ir ao escritório, Victor nota a mãe sentada à mesa, com um sorriso largo e um brilho nos olhos que não passavam despercebidos.— Bom dia, querido — cumprimenta Joana, com entusiasmo.— Bom dia — responde, com um tom que denuncia sua desconfiança. O humor animado da mãe logo cedo não era nada comum.No entanto, Joana ignora o tom dele e continua, servindo-se de mais café.— Eu estava pensando, querido… Agora que o seu pai voltou, já podemos marcar o jantar com a sua namorada. O que acha? — pergunta, deixando a animação evidente.Arqueando uma sobrancelha, estranha ainda mais o comportamento da mãe.— É por isso que está tão animada? — questiona.Joana ri suavemente, mas responde rápido, quase como se quisesse desviar o foco.— Também… — Ela pausa, segurando a xícara com as duas mãos, com o sorriso ainda presente. — Mas hoje estou feliz porque estou percebendo uma mudança de atitude no seu pai.Victor para no meio de um gole de café e enc
Ao desligar a ligação, Marina sente um misto de ansiedade por saber que em breve terá que ficar de frente com todos da família Ferraz. Sabia que precisava ser bem segura e convicta de que não seria nada fácil. Tentando não focar naquilo por um momento para não ficar mais ansiosa, decide se concentrar no caso em que iria trabalhar. A oportunidade que surge parece um sinal claro para seguir em frente, enfrentando os desafios que virão.Enquanto caminha em direção à sala, encontra a avó sentada no sofá, concentrada em seu tricô.— Vó, pensei muito sobre o caso da sua amiga Valquíria. Decidi que vou pegá-lo. Vou até a casa dela agora mesmo para dizer que vou defendê-la no tribunal — declara, com firmeza na voz, enquanto pega a bolsa e se dirige à porta de saída.A avó levanta os olhos do tricô e esboça um sorriso orgulhoso.— Tenho certeza de que você fará um ótimo trabalho, minha neta. A justiça precisa de pessoas como você.O incentivo da avó dá ainda mais força para Marina continuar. Po