15: Uma pequena trégua?

Quando o trânsito volta finalmente a se mover, Marina agradece mentalmente. Tudo o que deseja é se ver livre de Victor e chegar em casa.

Quando o carro dele para em frente à padaria, ela se vira e o agradece, forçando um sorriso.

— Obrigada pela carona — diz ela, enquanto abre a porta do carro.

Ao descer, se depara com o olhar curioso de seu pai, que a observa sair do carro com uma expressão interrogativa.

— Estava preocupado com você — diz José, com uma voz carregada de leve estranheza.

— O trânsito estava um caos — responde Marina, tentando parecer tranquila.

A chuva forte havia ido embora, dando lugar à garoa.

Victor, percebendo o olhar desconfiado do homem, decide descer do carro para cumprimentá-lo. Ele dá a volta, subindo a calçada até José, estendendo a mão com um sorriso caloroso.

— Boa noite, senhor — diz Victor, com uma voz educada e firme.

Ao perceber que é Victor Ferraz, o semblante de José se suaviza. Ele não havia reconhecido de imediato o carro de onde a filha havia des
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