Nollan Hoffmann O dia passou muito rápido e cheio de situações para resolver, sem falar de toda a situação com a imprensa. Laysla não veio em minha sala ainda, e sempre que vou tentar vê-la, nunca a encontro em seu lugar. Talvez esteja entrando em pânico, talvez esteja trabalhando junto de outro setor ou o pior, talvez esteja me evitando. Soltei o ar com força enquanto estivava meu corpo em minha cadeira e fechei os olhos por alguns segundos na tentativa de acalmar meus pensamentos. O dia tem sido um caos desde que me levantei e não acredito que irá melhorar a essa hora. Apertando minhas têmporas, soltei o ar devagar mais uma vez quando ouvi algumas batidas sutis na porta e abrindo meus olhos, encontrei Laysla com uma expressão neutra em seu rosto. Me sentando ereto, olhei para ela enquanto aguardava qualquer coisa que poderia vir. — Nollan, podemos conversar? Engoli em seco quando vi que ela estava um pouco receosa, dava de ver os sinais em seu corpo. Assentindo,
Laysla Albuquerque Ficou evidente demais meu constrangimento ao ver Roland depois de tantos anos. Um relacionamento frustrado, tóxico e que teve um fim a muitos anos. Como o bom observador que é, Nollan foi logo me salvar daquela situação embaraçosa. Droga, logo Nollan e justamente nesse momento onde estou tão encrencada e enrolada com toda essa situação das notícias. Meu coração pareceu saltar no peito quando ouvi sua voz cortando aquela sensação nostálgica de revê-lo após tantos anos sem contato algum. No momento em que ouvi aquela voz grave quebrar meu torpor, meu corpo logo reagiu de imediato, e quando dei por mim, eu já estava indo rumo ao escritório do meu chefe conforme foi solicitado. Nem esperei para ver se Lann estava me seguindo pois percebi que seu maxilar estava trincado e talvez ele estivesse irritado com algo então preferi nem olhar para trás, fui logo entrando em sua sala e me acomodando na poltrona que poucos segundos depois, ouvi o som da porta sendo fe
Laysla Albuquerque Assim que desci do carro, meus pais logo se aproximaram e me abraçaram juntos. Foi como se eles estivessem me preparando para o que iria vir. Apesar de eu não estar pronta para um possível sermão, que provavelmente vira, estou feliz por estar com eles agora. — Oi, querida. Ouço minha mãe falar com sua voz carregada de preocupação enquanto meu pai se afastava e me analisava em silêncio. — Você veio mais rápido do que esperávamos. Minha mãe continuou dessa vez me puxando para seus braços a medida que nos direcionávamos para a entrada da casa e engolindo em seco, eu respondi. — Nollan quis facilitar minha vinda, então… Quebrando o silencio, meu pai disse. — Nollan é o seu chefe? O responsável por esse falatório todo? Olhei para meu pai um pouco surpresa por seu comentário e dando uma cotovelada nele, minha mãe o cortou. — Ela não precisa disso, George. Engoli em seco quando vi a expressão do meu pai ser substituída por preocupação a medida que ent
Laysla Albuquerque Sentada na varanda de casa, abracei meu corpo conforme puxava a manta que me protegi da brisa fresca e fria da noite. O som noturno de grilos, o céu estrelado e a lua cheia me faziam companhia enquanto meus próprios pensamentos saltavam na minha cabeça. A verdade é que a conversa com meus pais não fora tão ruim como eu tanto esperava. Meu pai foi um pouco agressivo na questão de invasão a minha privacidade mas não pareceu ficar com raiva de Nollan, o que me deu um alívio de imediato, mesmo eu não querendo admitir. Agora eles já estão deitados, enquanto eu estou aqui no puff gigante da varanda, iluminada apenas por uma luminária pequena e a lua. Desviando a atenção, ouço a maçaneta ser girada e através dela, surgir uma pequena figura com seus cachos soltos em volta do seu pequeno rosto. — Oi, Lala. Sorri ao ouvir Amabili, que abraçando seu próprio corpo, correu até mim, e abrindo os braços, eu a agarrei e a puxei para dentro da manta comigo. — Oi, me
Nollan Hoffmann Soltei o ar com força me sentindo completamente frustrado com a falta de resposta da Laysla. Em minha mente, a necessidade de saber se está tudo bem só cresce e isso está tirando até minha concentração do trabalho. Logo eu. Que nunca deixei ninguém afetar a qualidade do meu trabalho. Que ironia. Negando com a cabeça, me levantei e peguei o celular para fazer mais uma ligação para Laysla e frustrado, bufei enquanto me direcionava para a cozinha. Desde que ela saiu, já preparei 4 xícaras de café para mim, isso tudo por que estou ansioso por uma resposta que ainda veio. Faz apenas 5 horas que ela saiu, porra. 5 horas sem ouvir os saltos dela ecoando pelo corredor. Isso é uma droga. Quero saber desde quando me tornei o cara que espera por respostas desse jeito. Revirei os olhos decidido a tomar uma atitude. Bebendo mais uma xícara de café, voltei ao meu escritório e fiquei a atenção por mais uma hora no trabalho e acredito que esse tempo tenha sid
Laysla Albuquerque Fiquei sem reação quando ouvi justamente aquelas palavras saírem da sua boca. Como um homem igual aquele confessa isso para mim e age naturalmente? Eu mesma estou me tremendo internamente. — Antes de você surtar, já saiba, eu não estou falando da boca para fora. Ele disse sem nem desviar os olhos de mim. — Não quero que me deixe de fora da sua vida. Quero receber resposta. Quero ligar. Quero atender. Ele soltou o ar devagar e abaixou a cabeça tentando desviar a atenção de mim e disse por fim. — É confuso, mas eu quero isso com voce. Engoli o bolo que se formou em minha garganta e quando dei por mim, minhas mãos já estavam puxando Nollan para perto e pressionando meus lábios contra os dele, senti o momento em que meu corpo começou a aquecer de desejo. Sentindo sua língua invadir minha boca, fui prensada contra a parede de cimento e a parede de músculos que me apertava com perfeição em seus braços e quando soltei um gemido involuntário, Lann se af
Nollan HoffmannSem pressa, apertei Laysla contra meu corpo enquanto sentia seu cheiro adocicado em minhas narinas. Um cheiro tão delicado e único, que com certeza eu não iria esquecer nem se quisesse.Mantendo-a em pé, estiquei meu braço e peguei a barra da sua calça e a puxei, trazendo todas as peças juntas. — Vamos tomar um banho.Pedi e se virando de frente para mim, ela franziu a testa de modo que deixou evidente que não esperava aquele pedido. — Mas estamos na casa dos meus pais, Lann, como…Negando com a cabeça, fechei a cara e respondi sério. — Eu não vou sair daqui sem antes cuidar de você.Cruzei os braços acima do peito enquanto a analisava. — Nada feito, Baby.Ela engoliu em seco e disse. — Seja flexível, Lann. Não posso entrar com você na casa dos meus pais assim no meio da noite.Eu apertei meus olhos enquanto olhava para Laysla e perguntei. — Você nunca vai me apresentar para os seus pais, Laysla?Ela fez uma careta e perguntou com a testa franzida. — Por que eu
Laysla AlbuquerqueAcordei com o sol atravessando a cortina, me forçando a abir os olhos quando senti uma respiração quente em minha nuca.Por alguns segundos não me importei e muito menos me movi, no entanto, rapidamente acendeu uma sirene que indicava que a nossa situação iria ficar feia caso meu pai nos descobrisse então num pulo, chutei a coberta e já chamei Nollan, que franzindo a testa ainda sonolento logo sentou no colchão e eu disse. — Você dormiu aqui, Lann.Eu corri até a porta enquanto sentia meu coração acelerar no peito e se esticando, ele alongou o corpo ao se levantar e confirmou com um gesto. — Sim, dormi de conchinha com você, Baby.Neguei com a cabeça e respondi. — Não é hora para gracinhas, Lann. Eu abri a porta e ouvi a minha mãe conversando com alguém lá embaixo e fechando a porta com cuidado, eu disse. — Você precisa ir embora agora.Ele franziu a testa em confusão e disse. — Mas como vou fazer isso?Eu apontei o dedo para a janela e disse. — Minha mãe est