Nollan HoffmannSem pressa, apertei Laysla contra meu corpo enquanto sentia seu cheiro adocicado em minhas narinas. Um cheiro tão delicado e único, que com certeza eu não iria esquecer nem se quisesse.Mantendo-a em pé, estiquei meu braço e peguei a barra da sua calça e a puxei, trazendo todas as peças juntas. — Vamos tomar um banho.Pedi e se virando de frente para mim, ela franziu a testa de modo que deixou evidente que não esperava aquele pedido. — Mas estamos na casa dos meus pais, Lann, como…Negando com a cabeça, fechei a cara e respondi sério. — Eu não vou sair daqui sem antes cuidar de você.Cruzei os braços acima do peito enquanto a analisava. — Nada feito, Baby.Ela engoliu em seco e disse. — Seja flexível, Lann. Não posso entrar com você na casa dos meus pais assim no meio da noite.Eu apertei meus olhos enquanto olhava para Laysla e perguntei. — Você nunca vai me apresentar para os seus pais, Laysla?Ela fez uma careta e perguntou com a testa franzida. — Por que eu
Laysla AlbuquerqueAcordei com o sol atravessando a cortina, me forçando a abir os olhos quando senti uma respiração quente em minha nuca.Por alguns segundos não me importei e muito menos me movi, no entanto, rapidamente acendeu uma sirene que indicava que a nossa situação iria ficar feia caso meu pai nos descobrisse então num pulo, chutei a coberta e já chamei Nollan, que franzindo a testa ainda sonolento logo sentou no colchão e eu disse. — Você dormiu aqui, Lann.Eu corri até a porta enquanto sentia meu coração acelerar no peito e se esticando, ele alongou o corpo ao se levantar e confirmou com um gesto. — Sim, dormi de conchinha com você, Baby.Neguei com a cabeça e respondi. — Não é hora para gracinhas, Lann. Eu abri a porta e ouvi a minha mãe conversando com alguém lá embaixo e fechando a porta com cuidado, eu disse. — Você precisa ir embora agora.Ele franziu a testa em confusão e disse. — Mas como vou fazer isso?Eu apontei o dedo para a janela e disse. — Minha mãe est
Laysla AlbuquerqueEla deu uma risadinha, e eu me encolhi na cama, sentindo meu rosto arder de vergonha e ela disse. — Eu distraí seu pai para não ver o Hoffmann atravessar o telhado.Arregalei os olhos de novo e me levantei de repente sentindo meu coração acelerar porque eu tinha esquecido que havia mandado ele pular de quase 6 metros de altura por puro medo. — Não se preocupe, eu abri a janela do quarto de hóspedes para ele entrar…Segundos depois, a porta do meu quarto foi aberta e através dela, Nollan entrou com um sorrisinho no rosto, vindo em minha direção, ele se aproximou e me puxou para um abraço e ali eu soltei todo o ar que estava preso em meus pulmões.Eu estava tão aflita com a ideia de meu pai nos pegar que eu acabei colocando ele em perigo.Abraçando-o de volta, eu murmurei. — Me desculpe por colocá-lo em perigo desse jeito. Foi egoísta da minha parte, eu nem pensei direito.Acariciando minhas costas, Nollan sorriu. Um sorriso verdadeiro, no qual fez eu me sentir con
Nollan Hoffmann Já era fim da tarde quando estacionei no meio fio, em frente ao prédio da Laysla. Dessa vez eu enrolei o máximo que consegui para ter ela por mais tempo. Entrei por alguns caminhos extras, tomei alguns atalhos errados propositalmente e até fingi que o pneu estava estourado. Se ela percebeu meu plano ridículo, não falou nada e eu que não me atrevi a estragar nada.Vou levar essa culpa comigo para sempre. — Obrigada pela carona, Lann.Ouço Laysla murmurar enquanto alcançava o seu cinto de segurança devagar e engolindo em seco, perguntei sentindo um pouco de ansiedade crescer em meu peito. — Você precisa de alguma coisa? Esta tudo bem mesmo?Internamente estava torcendo para que ela dissesse que precisava de algo, ou até mesmo que precisava de mim naquele momento, mas sinceramente, acho que ficar sozinha comigo não soa tão inteligente, considerando que esse momento tão turbulento aconteceu por minha culpa.Olhando em meu rosto, ela sorriu sem graça e perguntou num su
Nollan HoffmannEu já estava voltando para o apartamento da Laysla quando meu celular começou a tocar no bolso, e olhando para a tela, vi que é o médico do meu pai. — Maquenzie, pode falar.Ouvindo um suspiro longo, senti um arrepio percorrer meu corpo quando ele disse. — Preciso que venha até a casa do seu pai, agora.Encerrando a ligação, franzi a testa ao ver que a situação era muito séria e então mudei a rota enquanto procurava o numero de Laysla em meus contatos.Discando para ela, a ligação caiu na caixa postal, e nervoso, continuei tentando ligar até quue lembrei que as coisas dela estavam aqui no carro ainda. — Porra.Assim que estacionei o carro na vaga para visitas do prédio do meu pai, sai andando em disparada para a entrada e logo entrei, sendo liberado pelo porteiro, que me rconheceu.Pegando o elevador, senti meu peito pesado com o que estava acontecendo e meus pensamentos aleatorios também não ajudam em nada, sem falar que não consegui avisar a Laysla que vou chegar
Nollan Hoffmann— Temos algumas pendencias para resolver, e uma delas é a falsa suposição que eu odeio você.Nesse momento ele olhou em meu rosto e pareceu querer responder mas pedi a ele um momento. — Eu não te odeio, pai. Nunca odiei, eu apenas vivi afastado por que você era irredutivel. Eu cresci sentindo isso por você então por isso me afastei tanto.Entrelaçando seus dedos, meu pai pareceu se encolher ainda mais e engolindo em seco, eu prossegui. — Quanto a Laysla…Nesse momento, ele ergueu o rosto e olhou fixamente para mim. Na verdade parecia até disposto a me bater caso eu falasse mal da mulher que tem virado minha cabeça e meu mundo inteiro do lado avesso. — Eu estou apaixonado por ela.Nesse momento ele arregalou os olhos e abriu a boca em uma expressão que deixava claro a sua surpresa. — Me apaixonei rapido por ela, mas a situação se toornou um caos, e tudo piorou depois que ela descobriu que eu era seu filho daquela forma.Ele ainda estava em silencio, e acredito que di
Nollan HoffmannNão sei dizer exatamente a sensação, mas foi estranhamente bom ter meu pai sentado no banco do carona do meu carro.Não levou mais do que 10 minutos para ele se arrumar e aparecer na sala de visitas disposto a engolir seus medicamentos rapidamente e satisfeito, logo pegamos a estrada e agora, dirigindo pela cidade enquanto sou observado, sinto até um misto de tranquilidade e diversão me tomando. — Está ansioso para ver a Laysla?Negando com um gesto, ele respondeu com a voz tranquila. — Não, na verdade estou com medo de ela nos expulsar de lá a vassouradas.Assentindo, eu confirmei. — Isso ela faria sem duvidas.Ele descansou sua cabeça no banco e disse. — Eu sei que sim.Como se tivéssemos combinado, começamos a rir em sincronia e apertando o volante, eu comentei. — Acho que já conhecemos ela o suficiente.Confesso que parece até natural ter a companhia do meu pai. Nossa conversa até o prédio da Laysla foi muito tranquilo e cheio de assunto, e aliviado, estacionei
Laysla AlbuquerqueConfesso que quando subi para o meu apartamento, eu já estava cheia de expectativas sobre um jantar saboroso e tranquilo, com uma boa conversa e um vinho, no entanto, não contava que Roland iria descobrir meu endereço, muito menos que ele iria aparecer sem ser convidado.Para piorar, ele veio com aquele velho clichê de tentar relembrar velhos momentos do nosso relacionamento que durou nada além de algumas semanas. — Acho bom você ir embora, pois estou aguardando uma pessoa.Eu falei sem dar muita importância para o que ele dizia.A minha falta de interesse em sua conversa já era evidência o suficiente para ele simplesmente parar de falar e ir embora, até por que, eu nem o convidei para entrar, ele estava simplesmente falando sobre nossos momentos em frente a minha porta. — Espere, Laysla…Ouço sua voz com um tom de repreensão e de repente ele me puxou para seus braços, apertando suas mãos em minha cintura e em choque, eu tentei me afastar até que ele diz. — Eu sen