Laysla Albuquerque Sentada na varanda de casa, abracei meu corpo conforme puxava a manta que me protegi da brisa fresca e fria da noite. O som noturno de grilos, o céu estrelado e a lua cheia me faziam companhia enquanto meus próprios pensamentos saltavam na minha cabeça. A verdade é que a conversa com meus pais não fora tão ruim como eu tanto esperava. Meu pai foi um pouco agressivo na questão de invasão a minha privacidade mas não pareceu ficar com raiva de Nollan, o que me deu um alívio de imediato, mesmo eu não querendo admitir. Agora eles já estão deitados, enquanto eu estou aqui no puff gigante da varanda, iluminada apenas por uma luminária pequena e a lua. Desviando a atenção, ouço a maçaneta ser girada e através dela, surgir uma pequena figura com seus cachos soltos em volta do seu pequeno rosto. — Oi, Lala. Sorri ao ouvir Amabili, que abraçando seu próprio corpo, correu até mim, e abrindo os braços, eu a agarrei e a puxei para dentro da manta comigo. — Oi, me
Nollan Hoffmann Soltei o ar com força me sentindo completamente frustrado com a falta de resposta da Laysla. Em minha mente, a necessidade de saber se está tudo bem só cresce e isso está tirando até minha concentração do trabalho. Logo eu. Que nunca deixei ninguém afetar a qualidade do meu trabalho. Que ironia. Negando com a cabeça, me levantei e peguei o celular para fazer mais uma ligação para Laysla e frustrado, bufei enquanto me direcionava para a cozinha. Desde que ela saiu, já preparei 4 xícaras de café para mim, isso tudo por que estou ansioso por uma resposta que ainda veio. Faz apenas 5 horas que ela saiu, porra. 5 horas sem ouvir os saltos dela ecoando pelo corredor. Isso é uma droga. Quero saber desde quando me tornei o cara que espera por respostas desse jeito. Revirei os olhos decidido a tomar uma atitude. Bebendo mais uma xícara de café, voltei ao meu escritório e fiquei a atenção por mais uma hora no trabalho e acredito que esse tempo tenha sid
Laysla Albuquerque Fiquei sem reação quando ouvi justamente aquelas palavras saírem da sua boca. Como um homem igual aquele confessa isso para mim e age naturalmente? Eu mesma estou me tremendo internamente. — Antes de você surtar, já saiba, eu não estou falando da boca para fora. Ele disse sem nem desviar os olhos de mim. — Não quero que me deixe de fora da sua vida. Quero receber resposta. Quero ligar. Quero atender. Ele soltou o ar devagar e abaixou a cabeça tentando desviar a atenção de mim e disse por fim. — É confuso, mas eu quero isso com voce. Engoli o bolo que se formou em minha garganta e quando dei por mim, minhas mãos já estavam puxando Nollan para perto e pressionando meus lábios contra os dele, senti o momento em que meu corpo começou a aquecer de desejo. Sentindo sua língua invadir minha boca, fui prensada contra a parede de cimento e a parede de músculos que me apertava com perfeição em seus braços e quando soltei um gemido involuntário, Lann se af
Nollan HoffmannSem pressa, apertei Laysla contra meu corpo enquanto sentia seu cheiro adocicado em minhas narinas. Um cheiro tão delicado e único, que com certeza eu não iria esquecer nem se quisesse.Mantendo-a em pé, estiquei meu braço e peguei a barra da sua calça e a puxei, trazendo todas as peças juntas. — Vamos tomar um banho.Pedi e se virando de frente para mim, ela franziu a testa de modo que deixou evidente que não esperava aquele pedido. — Mas estamos na casa dos meus pais, Lann, como…Negando com a cabeça, fechei a cara e respondi sério. — Eu não vou sair daqui sem antes cuidar de você.Cruzei os braços acima do peito enquanto a analisava. — Nada feito, Baby.Ela engoliu em seco e disse. — Seja flexível, Lann. Não posso entrar com você na casa dos meus pais assim no meio da noite.Eu apertei meus olhos enquanto olhava para Laysla e perguntei. — Você nunca vai me apresentar para os seus pais, Laysla?Ela fez uma careta e perguntou com a testa franzida. — Por que eu
Laysla AlbuquerqueAcordei com o sol atravessando a cortina, me forçando a abir os olhos quando senti uma respiração quente em minha nuca.Por alguns segundos não me importei e muito menos me movi, no entanto, rapidamente acendeu uma sirene que indicava que a nossa situação iria ficar feia caso meu pai nos descobrisse então num pulo, chutei a coberta e já chamei Nollan, que franzindo a testa ainda sonolento logo sentou no colchão e eu disse. — Você dormiu aqui, Lann.Eu corri até a porta enquanto sentia meu coração acelerar no peito e se esticando, ele alongou o corpo ao se levantar e confirmou com um gesto. — Sim, dormi de conchinha com você, Baby.Neguei com a cabeça e respondi. — Não é hora para gracinhas, Lann. Eu abri a porta e ouvi a minha mãe conversando com alguém lá embaixo e fechando a porta com cuidado, eu disse. — Você precisa ir embora agora.Ele franziu a testa em confusão e disse. — Mas como vou fazer isso?Eu apontei o dedo para a janela e disse. — Minha mãe est
Laysla AlbuquerqueEla deu uma risadinha, e eu me encolhi na cama, sentindo meu rosto arder de vergonha e ela disse. — Eu distraí seu pai para não ver o Hoffmann atravessar o telhado.Arregalei os olhos de novo e me levantei de repente sentindo meu coração acelerar porque eu tinha esquecido que havia mandado ele pular de quase 6 metros de altura por puro medo. — Não se preocupe, eu abri a janela do quarto de hóspedes para ele entrar…Segundos depois, a porta do meu quarto foi aberta e através dela, Nollan entrou com um sorrisinho no rosto, vindo em minha direção, ele se aproximou e me puxou para um abraço e ali eu soltei todo o ar que estava preso em meus pulmões.Eu estava tão aflita com a ideia de meu pai nos pegar que eu acabei colocando ele em perigo.Abraçando-o de volta, eu murmurei. — Me desculpe por colocá-lo em perigo desse jeito. Foi egoísta da minha parte, eu nem pensei direito.Acariciando minhas costas, Nollan sorriu. Um sorriso verdadeiro, no qual fez eu me sentir con
Nollan Hoffmann Já era fim da tarde quando estacionei no meio fio, em frente ao prédio da Laysla. Dessa vez eu enrolei o máximo que consegui para ter ela por mais tempo. Entrei por alguns caminhos extras, tomei alguns atalhos errados propositalmente e até fingi que o pneu estava estourado. Se ela percebeu meu plano ridículo, não falou nada e eu que não me atrevi a estragar nada.Vou levar essa culpa comigo para sempre. — Obrigada pela carona, Lann.Ouço Laysla murmurar enquanto alcançava o seu cinto de segurança devagar e engolindo em seco, perguntei sentindo um pouco de ansiedade crescer em meu peito. — Você precisa de alguma coisa? Esta tudo bem mesmo?Internamente estava torcendo para que ela dissesse que precisava de algo, ou até mesmo que precisava de mim naquele momento, mas sinceramente, acho que ficar sozinha comigo não soa tão inteligente, considerando que esse momento tão turbulento aconteceu por minha culpa.Olhando em meu rosto, ela sorriu sem graça e perguntou num su
Nollan HoffmannEu já estava voltando para o apartamento da Laysla quando meu celular começou a tocar no bolso, e olhando para a tela, vi que é o médico do meu pai. — Maquenzie, pode falar.Ouvindo um suspiro longo, senti um arrepio percorrer meu corpo quando ele disse. — Preciso que venha até a casa do seu pai, agora.Encerrando a ligação, franzi a testa ao ver que a situação era muito séria e então mudei a rota enquanto procurava o numero de Laysla em meus contatos.Discando para ela, a ligação caiu na caixa postal, e nervoso, continuei tentando ligar até quue lembrei que as coisas dela estavam aqui no carro ainda. — Porra.Assim que estacionei o carro na vaga para visitas do prédio do meu pai, sai andando em disparada para a entrada e logo entrei, sendo liberado pelo porteiro, que me rconheceu.Pegando o elevador, senti meu peito pesado com o que estava acontecendo e meus pensamentos aleatorios também não ajudam em nada, sem falar que não consegui avisar a Laysla que vou chegar