Christopher BrewerAbrir a porta para que Bianca entrasse. Dá para contar nos dedos às vezes que entrei nesse lugar e está aqui Bianca acaba sendo o único motivo, como contarei para ela que essa cobertura é dela? Com toda certeza não será hoje. A reforma no prédio em que ela morava está saindo melhor do que imaginava, é claro que com dinheiro investindo naquele lugar não será por falta de orçamento que a obra irá parar. Outro imóvel que Bianca terá. Essa mulher tem mais do que imagina. E não estou nada empolgado em ver a sua reação quando saber de tudo. Talvez devesse contar agora e devido a minha situação ela tenha pena de mim e não brigue.— O que você vai querer comer? — fechei a porta atrás de mim e peguei meu celular no bolso. — Tem um restaurante aqui perto que serve uma sopa de legumes muito boa.— Acredito que esteja calor demais para tomar sopa.— É só ligar o ar condicionado no máximo. — Bianca me olhou. — O que foi?— Não quero que me legumes. — Bianca colocou a mão contra
Bianca AlmeidaEncontrar Lilia deitada com a cabeça no colo da Danielle e Pedro deitado com a cabeça apoiado no ombro da irmã mais velha não foi uma imagem tão agradável. Lilia chorava baixinho e quando viu Christopher seu choro aumentou. Christopher foi até seus filhos que deram passo a ele para sentar no meio deles, a conversa era baixa e em meio ao choro concordava com o que Christopher dizia.Fui para cozinha deixando eles a sós.— Bianca! Por que Margot não foi presa ainda? — Sra. Molloy anda de um lado para ao outro. — Essa mulher tem que levar prisão perpétua!— Por favor, fale baixo. — Pedi.Puxei uma cadeira para me sentar e apoiei meus cotovelos no balcão.— Não sei como esta sendo todo esse processo com a Margot, Bruno saberia explicar melhor. Christopher está focando no enterre da Kira. — Suspirei. — Joseph apareceu por aqui?Sei das desavenças do Christopher com seu irmão, mas tenho medo que ele venha fazer o que Christopher deseja fazer com as próprias mãos.— Não e não
Bianca Almeida— Devido à impossibilidade de ter contato com você facilmente no tempo que você estava no hospital, ele se aproveitou dessa situação. Tendo certeza que você voltou para casa do Sr. Brewer e não está no seu apartamento do qual o prédio está em reforma. — O advogado começou a me explicar. — Com toda essa história na justiça do Sr. Brewer, e os movimentos futuros quanto a senhorita Margot, o Sr. Almeida vem usando ao seu favor. Alegando que você não consegue responder por si e Sr. Brewer vem se aproveitando da sua atual situação para fazer o que bem querer.Eu não acredito que o meu pai está fazendo isso. Conversei com ele por chamada algumas vezes, pouquíssimas vezes. Nossa relação não é das melhores e é sempre bom cada um está no seu canto. Esse é seu controle obsessivo de domar minha vida fez com que nos afastássemos.— A justiça pode considerar mandá-la de volta para o Brasil. Por não ter muitos vínculos trabalhistas aqui e a última empresa também está passando por um
Christopher BrewerSeparei os documentos que comprovam que o prédio do qual estou reformando pertence a Bianca e a cobertura também. Deixaria as cópias com ela, não confio esses documentos em suas mãos. Ainda não. Bianca não costuma bater bem na cabeça e são documentos muito importantes para deixar em mãos de pessoas que tem cabeça de vento. Que ela não escute meus pensamentos. Separei as cópias e coloquei dentro de uma pasta, ainda estou incomodado por Bianca não ter comentado nada sobre o casamento, muito pelo contrário ela se fechou completamente quando toquei no assunto. Estamos juntos. Um casamento iria acontecer uma hora ou outra por motivos chatos as coisas vão acontecer bem antes. Será que o seu incômodo é sobre os seus pais? Não acho que o senhor Almeida irá querer aparecer, mas talvez possa tentar trazer a mãe dela. Bianca dificilmente fala sobre os pais, pensei que não seria um incômodo para ela se eles não estivessem presentes. Ouvir duas batidas na porta, me virei vendo
Christopher Brewer — Christopher, relaxa.— Ela falou que sou todo sério e controlador, logo quando fui eu que deixei ela ir à casa daquela serzinha que quis desvirtuar a minha filha. — Andei de um lado para o outro pelo meu quarto, enquanto Bianca estava sentada na minha cama com a pasta em seu colo. — Deixei ir dormir! Enquanto você é a senhorita que sabe se impor, mas não é tão cabeça dura igual a mim.Bianca suspirou.— Não querendo colocar lenha na fogueira. — olhou as suas unhas. — Mas você só deixou depois da gente ter conversado sobre o assunto.— Bianca!Me olhou.— O que foi? Christopher, você precisa relaxar um pouco. — Bianca se levantou, deixou a pasta em cima da cama e veio até mim. — Porque você não pega as crianças e vá para um lugar bem legal, uma mini férias, deixando as autoridades fazer o que tem que fazer. E esquecer o que Danielle falou.Bianca me deu um beijo rápido, não me mexi, querendo entender essa história de mini ferias assim do nada.— Posso saber porque
Bianca AlmeidaA vida está tomando um rumo muito sem sentido para mim. A perda da mãe do Christopher está sendo difícil para as crianças e pela proximidade que eles tinham, é óbvio que não conseguiram disfarçar o que estão sentindo. Christopher me ligou mais cedo dizendo que foi encontrado o homem que entregou a arma para o colega do Pedro, mesmo estando morto e deixando uma carta contando as coisas ruins que fazia, parece que é agora que irá começar a verdadeira briga com Margot. Respeitando a justiça, é claro.Penso que tudo isso já está sendo problema de mais e a insistência do meu pai em me tirar daqui é algo que nem deveria ser cogitado. Peguei meu celular procurando o seu número na minha agenda.Não quero Christopher se dividindo para resolver até meus problemas, mesmo com ele garantindo que não precise me preocupar com nada.— Finalmente! — Michel atende no terceiro toque.— Pai…— Como você está minha filha?! Estou saindo de casa agora, encontrarei com a sua mãe e vamos ao adv
Bianca Almeida Minha respiração está pesada.Levantei minha cabeça aos poucos, mantendo os olhos fechados.Não tinha mais um pano com um cheiro forte em meu nariz.Lentamente abri meus olhos. O ambiente claro faz com que veja a bela sala perfeitamente, virei um pouco meu rosto vendo a enorme parede de vidro, podendo ver a bela paisagem de Nova York. Conhecia bem essa paisagem porque é a mesma que conseguia ver da cobertura do Christopher. Não consigo me acostumar que é meu. Não estou na cobertura, muito provavelmente um ou dois andares mais abaixo.Fechei meus olhos, fazendo uma careta quando não conseguia mexer minhas mãos e pernas. Estou presa em uma cadeira, pulsos e tornozelos amarrados.— Joseph? — Chamei com receio.Lembro de ter visto ele, dele ter… Balancei a cabeça de um lado para o outro com medo do que estava por vir. Joseph sai de um corredor, ao me ver sorri.— Ah, oi? — Caminha até mim com uma pano de prato em mãos. — Finalmente acordou.Olhei para ele, sem esboçar em
Christopher BrewerNada que eu falava parecia surgir algum efeito para Joseph, por mais que estivesse dizendo a verdade. Amanda e eu realmente iremos nos separar, sem brigas ou qualquer confusão. Nosso relacionamento havia se tornado uma grande amizade e não permitiríamos que nossos filhos sofressem com a nossa decisão, sempre tivemos o melhor convívio na nossa família. Nossa separação não poderia mudar isso. Amanda conheceu outra pessoa e estava gostando dele. Foi sincera comigo em contar o novo sentimento que estava sentindo, e eu fui sensato em preparar o divórcio com ambos concordando.Estava tudo pronto para assinarmos os papéis e todo dia conversamos como seria a nossa vida e principalmente das crianças. Não estava sendo fácil devido às crianças, queríamos manter tudo que havíamos vivido, mas agora com objetivos diferentes.Olhei para o Bruno ao meu lado, poderia deixar que ele continuasse a falar, mas nem ele faria de todos os detalhes.— Amanda me contou da sua aproximação dur