Bianca Almeida— Devido à impossibilidade de ter contato com você facilmente no tempo que você estava no hospital, ele se aproveitou dessa situação. Tendo certeza que você voltou para casa do Sr. Brewer e não está no seu apartamento do qual o prédio está em reforma. — O advogado começou a me explicar. — Com toda essa história na justiça do Sr. Brewer, e os movimentos futuros quanto a senhorita Margot, o Sr. Almeida vem usando ao seu favor. Alegando que você não consegue responder por si e Sr. Brewer vem se aproveitando da sua atual situação para fazer o que bem querer.Eu não acredito que o meu pai está fazendo isso. Conversei com ele por chamada algumas vezes, pouquíssimas vezes. Nossa relação não é das melhores e é sempre bom cada um está no seu canto. Esse é seu controle obsessivo de domar minha vida fez com que nos afastássemos.— A justiça pode considerar mandá-la de volta para o Brasil. Por não ter muitos vínculos trabalhistas aqui e a última empresa também está passando por um
Christopher BrewerSeparei os documentos que comprovam que o prédio do qual estou reformando pertence a Bianca e a cobertura também. Deixaria as cópias com ela, não confio esses documentos em suas mãos. Ainda não. Bianca não costuma bater bem na cabeça e são documentos muito importantes para deixar em mãos de pessoas que tem cabeça de vento. Que ela não escute meus pensamentos. Separei as cópias e coloquei dentro de uma pasta, ainda estou incomodado por Bianca não ter comentado nada sobre o casamento, muito pelo contrário ela se fechou completamente quando toquei no assunto. Estamos juntos. Um casamento iria acontecer uma hora ou outra por motivos chatos as coisas vão acontecer bem antes. Será que o seu incômodo é sobre os seus pais? Não acho que o senhor Almeida irá querer aparecer, mas talvez possa tentar trazer a mãe dela. Bianca dificilmente fala sobre os pais, pensei que não seria um incômodo para ela se eles não estivessem presentes. Ouvir duas batidas na porta, me virei vendo
Christopher Brewer — Christopher, relaxa.— Ela falou que sou todo sério e controlador, logo quando fui eu que deixei ela ir à casa daquela serzinha que quis desvirtuar a minha filha. — Andei de um lado para o outro pelo meu quarto, enquanto Bianca estava sentada na minha cama com a pasta em seu colo. — Deixei ir dormir! Enquanto você é a senhorita que sabe se impor, mas não é tão cabeça dura igual a mim.Bianca suspirou.— Não querendo colocar lenha na fogueira. — olhou as suas unhas. — Mas você só deixou depois da gente ter conversado sobre o assunto.— Bianca!Me olhou.— O que foi? Christopher, você precisa relaxar um pouco. — Bianca se levantou, deixou a pasta em cima da cama e veio até mim. — Porque você não pega as crianças e vá para um lugar bem legal, uma mini férias, deixando as autoridades fazer o que tem que fazer. E esquecer o que Danielle falou.Bianca me deu um beijo rápido, não me mexi, querendo entender essa história de mini ferias assim do nada.— Posso saber porque
Bianca AlmeidaA vida está tomando um rumo muito sem sentido para mim. A perda da mãe do Christopher está sendo difícil para as crianças e pela proximidade que eles tinham, é óbvio que não conseguiram disfarçar o que estão sentindo. Christopher me ligou mais cedo dizendo que foi encontrado o homem que entregou a arma para o colega do Pedro, mesmo estando morto e deixando uma carta contando as coisas ruins que fazia, parece que é agora que irá começar a verdadeira briga com Margot. Respeitando a justiça, é claro.Penso que tudo isso já está sendo problema de mais e a insistência do meu pai em me tirar daqui é algo que nem deveria ser cogitado. Peguei meu celular procurando o seu número na minha agenda.Não quero Christopher se dividindo para resolver até meus problemas, mesmo com ele garantindo que não precise me preocupar com nada.— Finalmente! — Michel atende no terceiro toque.— Pai…— Como você está minha filha?! Estou saindo de casa agora, encontrarei com a sua mãe e vamos ao adv
Bianca Almeida Minha respiração está pesada.Levantei minha cabeça aos poucos, mantendo os olhos fechados.Não tinha mais um pano com um cheiro forte em meu nariz.Lentamente abri meus olhos. O ambiente claro faz com que veja a bela sala perfeitamente, virei um pouco meu rosto vendo a enorme parede de vidro, podendo ver a bela paisagem de Nova York. Conhecia bem essa paisagem porque é a mesma que conseguia ver da cobertura do Christopher. Não consigo me acostumar que é meu. Não estou na cobertura, muito provavelmente um ou dois andares mais abaixo.Fechei meus olhos, fazendo uma careta quando não conseguia mexer minhas mãos e pernas. Estou presa em uma cadeira, pulsos e tornozelos amarrados.— Joseph? — Chamei com receio.Lembro de ter visto ele, dele ter… Balancei a cabeça de um lado para o outro com medo do que estava por vir. Joseph sai de um corredor, ao me ver sorri.— Ah, oi? — Caminha até mim com uma pano de prato em mãos. — Finalmente acordou.Olhei para ele, sem esboçar em
Christopher BrewerNada que eu falava parecia surgir algum efeito para Joseph, por mais que estivesse dizendo a verdade. Amanda e eu realmente iremos nos separar, sem brigas ou qualquer confusão. Nosso relacionamento havia se tornado uma grande amizade e não permitiríamos que nossos filhos sofressem com a nossa decisão, sempre tivemos o melhor convívio na nossa família. Nossa separação não poderia mudar isso. Amanda conheceu outra pessoa e estava gostando dele. Foi sincera comigo em contar o novo sentimento que estava sentindo, e eu fui sensato em preparar o divórcio com ambos concordando.Estava tudo pronto para assinarmos os papéis e todo dia conversamos como seria a nossa vida e principalmente das crianças. Não estava sendo fácil devido às crianças, queríamos manter tudo que havíamos vivido, mas agora com objetivos diferentes.Olhei para o Bruno ao meu lado, poderia deixar que ele continuasse a falar, mas nem ele faria de todos os detalhes.— Amanda me contou da sua aproximação dur
Bianca Almeida— Não quero saber o que você pensa que é certo ou não, Christopher. — Me irritei com ele. — Não é médico! Levou cinco pontos, precisou enfaixar o seu braço e agora você quer dar um super-herói saindo por Nova York atrás da Margot?! Não! A polícia já está ciente de tudo, nós demos nossos testemunhos. Joseph está com eles, tudo dará certo. Agora temos que deixar eles fazerem o serviço deles.Christopher deu tanto trabalho ao médico que uma coisa que poderia ser feita em uma hora ou menos demorou duas horas e meia. Palavras do médico e não minha.— Bianca…— Vamos para casa, Sr. Brewer ou quando você voltar terá dores de cabeça chamado Danielle, Pedro e Lilia. — Cruzei os meus braços na altura do peito, olhando para Christopher com um olhar desafiador.— Você não faria isso.— Não duvide das minhas habilidades.Christopher sustenta o meu olhar acreditando que eu fosse voltar atrás da minha palavra, mas não. Não vou. Entendo que a sua raiva chegou ao limite, mas não deixare
Bianca AlmeidaMeu coração batia tão forte em meu peito. Podia sentir a minha mão suando frio, era muito pensamentos que passavam pela minha cabeça e algo que eu não poderia controlar. Até tentava me aquietar, mas estava sendo mais forte do que eu. Estou para ver a reação daquelas três pessoinhas que amo tanto, e sigo tentando não pensar negativo. Faz um tempão que não tinha um ataque de ansiedade, mas acho que estou começando a ter.— Até quando vamos ficar dentro desse carro? — Christopher está impaciente. — Faz uma hora que estamos aqui.— Christopher, tenha paciente.— Mulher, com você minha paciência é de milhões.Ignorei ele, voltando a olhar para a enorme casa, respirando fundo. Já havia tentando abrir a porta do carro umas cinco vezes e logo em seguida desistir.— Você tem que entender que…— Que vou ir lá contar sozinho, pode ficar aí no carro e aparecer depois. — Christopher saiu do carro sem me dar a chance de impedi-lo. — Vai ser rapidinho.— Christopher, não.Sai do carro