Bianca AlmeidaHoje não tive atenção de nenhuma das crianças. Estavam todas tão quietas sempre que puxava assunto me respondiam em poucas palavras, é tão estranho vê-lo assim. Sra. Molloy não quis conversar quando falei que estava achando estranho o jeito que as crianças estavam se comportando, apenas disse para mim não me envolver. Minha curiosidade aumentou mais ainda. Passei o resto do dia sem problema algum, obviamente alguma coisa estava errada e infelizmente não teria minha resposta hoje.Quando voltei para casa mal abri a porta e já estavam me ligando querendo subir uma cama e cinco caixas, o nome do Christopher apareceu na minha cabeça de primeira e se estivesse na minha frente teria enforcado aquele pescoço. Agora estou aqui na janela vendo um moço que entregou a cama avaliada mais de 50.000 dólares levando a minha cama que não gastei mais do que 500 em um bazar.É uma cama Mornarch Vi-Spring, tem mais de 3.000 molas. Vou estar dormindo nas nuvens, o colchão é feito de alta q
Bianca AlmeidaChristopher tomou café da manhã com seus filhos como de costume, às vezes ele sai bem cedo e não tem esse momento com eles, mas o café da manhã é quase de leio. Já consegui ver a animação das crianças e Christopher a todo momento evitava meu olhar, como um menino teimoso que não gostasse de receber ordens e que queria ter tido a própria ideia. Me segurava para não rir com os pensamentos que me surgiam cada vez que eu olhava para ele. Lilia estava ao lado do seu pai, apressando seus irmãos para não se atrasar. Pedro passa por mim.— Ei, Pedro. — Chamei.Ele para e me olha, vou até ele me abaixando na sua frente. Desde quando fui buscá-lo na escola e houve aquela reclamação da sua diretora, não tenho visto o sorriso frequente em seu rosto.— Tenho uma coisa para você. — Entreguei um embrulho para ele, desconfiado, Pedro pegou.Pedro arrumou a mochila nos seus ombros e curioso abriu o presente que havia lhe dado, ao ver o caderno com o homem de ferro na frente na capa ele
Bianca Almeida Lilia recusou a vir conosco para a escola de Danielle e Pedro, como hoje não tem escola para ela preferiu ficar em casa dormindo. No momento acredita que teria essa opção também, mas Christopher me arrastou para essa festa da primavera e ele ainda é meu chefe. Danielle já estava pelo salão e de vez em outra sumida nossa vista. Pedro, por outro lado, não saiu do nosso lado e não quis brincar com seus amigos. Me abaixei novamente para falar com ele.— Pedro, porque não…— Para de insistir!— Ei! — Christopher chama atenção do menino por gritar comigo. — Controla esse tom de voz agora.Pedro abaixa a cabeça.— Desculpa. — Sussurrou para mim.Pedro, Pedro, o que está acontecendo com você? Me levantei. Pedro se sentou, tem uma mesa liberada para cada família. Christopher e eu estávamos em pé, ambos tinha uma vontade: ir embora desse lugar. A senhorita Stones, a diretora, não demora para aparecer, não faz questão de falar comigo e sorrir para Christopher.— Sr. Brewer, é tão
Bianca AlmeidaEntrei na mansão às pressas, deixando com que Danielle ajudasse Lilian a sair do carro. Na sala encontro Sra. Molloy agoniada andando de um lado para o outro, agoniada. Ela passa a mão pelo rosto tentando conter seu nervosismo e quando me viu veio em minha direção rapidamente. — Você precisa entrar naquele escritório agora!Balancei a cabeça concordando e corri para o escritório de Christopher. Podia ouvir os seus gritos vindo daquele escritório e o que mais partiu meu coração foi ouvir o choro do Pedro.— Nunca levantei a mão para você, Pedro. Imagina a minha decepção ao saber as merdas que você anda fazendo. Filho meu não vai fazer essas coisas e sair impune! — Com a sua voz grave não havia necessidade de gritar, porque sem olhar para ele já me apavorava. — É isso que você quer?! Que bata em você!Sem nenhuma formalidade, empurrei a porta com força e quase caí para dentro. Pedro me olhou fungando, seu rosto todo vermelho e molhado por conta das lágrimas.— Bianca, sa
Christopher Brewer— Não me importo quem mais sofrerá as consequências. — Digo ao meu chefe de segurança. — Quero aquela maldita escola arruinada aos 4 ventos. Expõe a vida de cada um, principalmente da Milla Stones. — Desliguei a ligação.Sr. Smith parou o carro em frente o prédio que estive mais cedo. Quando recebi a ligação da Milla dizendo que Pedro havia destruído o material escolar de um dos colegas e colocando apelidos indesejáveis nas pessoas, fiquei possesso. Já não estava no meu melhor dia, as coisas na empresa simplesmente vem desandando e novamente pensar que meu filho estava fazendo essas coisas. Vou matar essa mulher.— Mantenha o carro ligado, não irei demorar. — Sai do carro ajeitando o sobretudo pesado em meu corpo.Está frio em Nova York.Meus homens estavam pela escola e assim que Mila me viu veio até a mim apreensiva.— Sr. Brewer… o que… o que está acontecendo? — meu chefe de segurança, assim como mais dois subordinados, estavam na sala de segurança do colégio. —
Christopher BrewerJantamos todos juntos. Danielle parecida mais calma e tranquila, decidi não me envolver por hora. Pedro estava mais tranquilo, mas não deixei o que eles assistissem os noticiários pelo resto da noite. Logo saberiam que a escola foi fechada por tempo determinado, Mila foi acusada de assediar alguns pais, tivemos provas concretas olhando as câmeras. Tinha gravações suficiente para tirar essa mulher do carro, mas não iria apenas expor aos donos do colégio. Que graça teria? Então levei todas as provas a mídia e alguns que trabalhavam naquele colégio sofreram as consequências igual a ela.Mila se aproveitava do poder que tinha para se favorecer e favorecer a outros, dignidade não tinha e seu nome se tornou uma sujeira qualquer em um chão.— Querem dormir comigo? — Gostei de tê-los comigo e dessa vez olhei para Danielle, deixando claro que o convite era para ela também.Mesmo que os meus planos fossem fugir no meio da noite, voltaria para ficar com eles. Danielle me olha,
Bianca AlmeidaChristopher liberou Danielle a ir à festa de aniversário da Felipa Wise, sua melhor amiga. De todo aquele clima com Pedro, mesmo que Christopher não dissesse, sei que ainda estava se sentindo mal e culpado. Depois de uma conversa cedeu em deixar a filha ir para a festa, Danielle acordou bem cedo e antes que pudesse chegar aqui já havia saído. A escola que Danielle e Pedro estudavam está temporariamente fechada, as notícias ruins que vem circulando sobre os funcionários e sobre principalmente a diretora Mila Stones, muitos pais decidiram tirar os seus filhos do colégio e alguns estão até processando. As crianças estão tendo aulas em casa e parecem não estar incomodadas com isso.Lilia não havia tido essa experiência, mas Pedro e Danielle já chegaram a estudar em casa por um período.Na véspera de um final de semana, não ficaria com as crianças. Joseph estava a caminho para buscar Pedro e Lilia para passar o final de semana com ele e a mãe. Lilia estava um pouco triste e
Bianca AlmeidaO tempo que levei para trocar de roupa e entrei de um táxi foi o tempo mais recorde da minha vida. Não parei para pensar, sabia o que tinha que fazer e fui. Mandei Danielle me passar a sua localização em tempo real e não desgrudar do celular. Me doeu ouvi-la chorando e concordar sem questionar, dá para contar nos dedos quando Danielle fez alguma coisa que pedi sem ficar falando. E ela está chorando! Danielle não deveria estar chorando. O trânsito estava ao meu favor, faltava pouco para as 21 horas da noite e Nova York estava ao meu favor. Taxista via a minha aflição e se apressou para chegar ao destino no bloco.Os Wise moram em um condomínio, a festa de aniversário da filha deles de 14 anos estava acontecendo no salão de festa que tem no condomínio.— Por favor, me espere aqui. — Pedi ao motorista e não esperei a sua resposta.Sai do carro e diz que no número da Danielle.— Ei, cadê você? — Passei pela recepção do condomínio dizendo estar aqui para buscar a filha do S