Lorenzo tinha algumas coisas para resolver.. Aquilo já estava decidido, eu cuidaria de tudo a respeito do quarto da nossa bebê, só que depois de saber que Andrea Della Rosa era a arquiteta responsável ele decidiu que me faria companhia. Eu tentei questionar, mas ele apenas desconversou e disse que o que tinha a fazer não era nada importante... Sem querer começar uma discussão aquela altura do campeonato eu deixei por aquilo mesmo. As dez em ponto foi anunciado a entrada da arquiteta em nossa propriedade. Eu fiz questão de recebê-la.. A mulher de longos cabelos louros e aparência Hollywoodiana causou um estremecimento em mim, olhando-a por alto eu podia dizer que ela tinha a mesma idade do meu marido, era bem vestida com roupas formais e um salto que a deixava bem mais alta do que eu. Ofereci a ela um sorriso e a mesma estendeu a mão em minha direção.. Eu a apertei e pedi que ela se sentasse.. Antes que eu fizesse o mesmo senti as mãos de Lorenzo de forma protetora ao redor de mim. —
—Bem.. Logo depois que eu te conheci e.. Bem eu estava atordoado querendo tirar você do meu sistema, eu já conhecia Andrea —ele falou —ela era amiga da família.. Eu não queria ficar com Paola, ela já estava bastante equivocada quanto a nós.. Andrea foi só um caso e deixamos claro que não iria dar em nada —ele falou —a minha mãe não sabia.. Creio que por isso ela a indicou, Andrea esteve fora por um tempo —concluiu enquanto eu o olhava atentamente.. Do jeito que ele falava realmente não parecia ter sido nada, mas acontece que a mulher não tinha a mesma perspectiva que ele.. Ela ainda parecia querer reviver algo.—Ela não pensa do mesmo jeito que você! —falei e ele respirou fundo, sabia que ele não tinha culpa de nada.. Mas o problema era explicar isso a minha consciência.—Bella.. Não importa o que ela pensa, me importa apenas que confie em mim.. Mas caso queira podemos achar outra arquiteta —falou e eu me aproximei sentando em seu colo. Lorenzo passou os braços em volta do meu corpo
—Você tem certeza que vai querer essa mulher por perto? —Julia perguntou depois de eu ter contado a ela tudo o que tinha acontecido durante a visita da arquiteta.. Ela já tinha perdido a paciência muitas vezes enquanto eu relatava tudo. Depois do meu momento com Lorenzo, quando acordei ele já tinha preparado um banho maravilhoso para nós. Agora ele que tinha ido buscar as crianças e eu os aguardava ansiosa.. Por isso senti a necessidade de falar com a minha amiga e cunhada. —Infelizmente ela é a melhor arquiteta.. Também é amiga da família de Lorenzo, Chiara a indicou e é aquela história de manter os inimigos bem mais parto —falei com uma cara que Julia já conhecia bem.. Vi a minha amiga apertar os olhos para mim, as vezes eu esquecia que Julia parecia perceber tudo só de olhar pra mim.. Por isso ela sempre preferia as chamadas de vídeo. Não que eu também não gostasse.. Eu amava vê-los. Ela meu irmão e meu pequeno sobrinho.. Theo, que era a cópia perfeita do meu irmão até a personal
Eu tinha sorte pela minha família.. Acordava todos os dias ao lado da mulher que amo, dos meus filhos e na chácara do meu Nonno. Foi uma tormenta com Dominique querendo esse lugar, mas finalmente tudo se resolveu.. Minha mãe enfim abriu os olhos para o cretino que era o irmão dela. Agora ela tinha cortado todo o tipo de relação com o crápula.. Ele estava pagando por todos os seus erros, mas se mantinha irredutível em mostrar algum de tipo de arrependimento genuíno. Por mais que fingisse bem eu conseguia ver que a minha mãe sofria com isso.. Ela amava a mim e os netos, mas Dominique era irmão dela... A única ligação de infância que ela ainda tinha, que infelizmente era uma decepção. Aquilo já era uma página virada.. Não tinha mais motivos pra ficar revivendo aquilo, principalmente agora depois de tantos anos e com a vida já em um bom andamento. Eu mesmo tinha ido levar os meninos na escola e Gabriela havia ficado em casa, com a sua gravidez tranquila.. Mas que também a deixava mais m
—Figlio Cosa sta succedendo? —meu pai me perguntou assim que eu entrei em sua sala, ver o meu pai era basicamente saber como eu seria na idade dele.. Aquilo não me assustava, não muito. —sua esposa parece bem assustada e você está com esse olhar assassino —ele falou e eu me sentei na cadeira a sua frente.—Olha só isso —entreguei a ele a maldita carta que tinha feito a minha mulher desmaiar, vi os olhos do homem.. Olhos que eram bem parecidos com os meus. —Alguém colocou essa merda na varanda da minha casa.. Com um pássaro morto —falei e vi os olhos dele demostrar surpresa e o mesmo brilho que continha nos meus o tomou.—Você tem alguma desconfiança bambino? —ele questionou e eu levei a mão massageando o vinco na minha testa, eu havia falando com os seguranças.. Realmente fui com sangue nos olhos até Marco, mas ele me mostrou uma falha nos sistemas no momento em que a maldita carta foi deixada em minha propriedade, com isso os seguranças estavam tentando resolver e por estar tudo ap
—O que pensa que está fazendo no meu quarto? —perguntei ao ver a cena a minha frente.. Tinha mandado os meninos para o banho ao perceber o carro da arquiteta aqui, eu só não imaginava de modo algum encontrar tal cena como essa aqui na minha frente. Os olhos do meu marido parecia que iria sair pela órbita, revirei os olhos com aquele cena dele... Ele me conhecia o suficiente para saber que eu não era de cair nessas armadilhas baratas e mal feita —Esse não será o quarto da nossa filha —falei e a cara de fingida da mulher me causou repulsa, a ponto de me fazer querer arrancar-lhes os olhos. —Eu.. Eu só estava me despedindo de Lorenzo, sinto muito —falou deixando claro para qualquer que havia acontecido alguma.. Lorenzo por sua vez estava mais branco do que um papel.. Enquanto tirar as garras da mulher de cima dele. —Poderia fazer isso lá em baixo.. Agora tire as mãos de cima do meu marido... Ou eu juro por Deus que esqueço que estou grávida e lhe arranco daí —falei e vi ela engolir
Eu estava preso em um pesadelo, como se eu estivesse em um limbo temporal e a todo momento a imagem da minha mulher sangrando... E logo depois ela desfalecida, se eu não tivesse frieza para dirigir até o hospital a tempo... Eu nem sei o que teria acontecido, minha mãe me ligou para dizer que os meninos estavam bem, ela estava lá em casa com eles.. Aquilo me deixava mais tranquilo, Luna estava muito assustada e Gio por mais que demonstrasse sua força nesse momento.. Ele também estava abalado. Levantei e comecei a caminhar de um lado a outro.. Estava aflito demais por ninguém me dar uma notícia se quer sobre a minha esposa. Eu juro que se demorasse um pouco mais eu iria invadir aquele corredor e fazer um escândalo no lugar. Levei as mãos ao cabelos e os puxei, já estava quase arrancando os fios quando um médico entrou no lugar. Rapidamente eu me aproximei, sem nem um tempo e nem paciência para delicadeza, pouco me importava que eu parecesse um louco ou algo parecido.—Você é o cônju
Abri os meus olhos.. Mas os fechei novamente em seguida, a claridade estava machucando os meus olhos.. O cheiro do lugar estava deixando-me enjoada, parecia que eu havia sido atropelada por uma verdadeira manada. Olhei em volta me dando conta que eu estava em uma sala de hospital.. Os acontecimentos que me levaram ali fizeram-se presentes no meu subconsciente, a discussão com Andrea.. A carta, o pássaro morto na nossa varanda. Levei a mão em minha barriga.. Puxei um suspiro, eu sentia a minha bebê ali com toda a sua vitalidade, para o meu total alívio.A minha garganta estava seca.. Eu estava sozinha no quarto, Lorenzo provavelmente tinha passado a noite em casa com os meninos e aquilo me deixava tranquila, só de lembrar dos olhos do meu filho.. Algo dentro de mim se apertava, mas eu sabia que não era nada que levasse tão fielmente a minha atenção. A porta foi aberta e uma enfermeira passou por ela, ela deu-me um olhar e sem dizer mais nada começou a verificar a minha pressão.—Está