02

Eu zanzava de um lado para o outro, sem saber direito o que pensar. O trabalho podia esperar. Ah, uns minutos a mais uns minutos a menos não mataria ninguém, certo?

Errado.

Mas eu nunca fui tão certinha assim mesmo.

— Se você é eu — sério, Jasmim? —, então eu tenho perguntas.

— Pode perguntar — ela disse, ajeitando a roupa que parecia de hospital e sentando-se na beirada da cama.

Tinha tirado-a do banheiro assim que escovei os dentes e me recuperei do choque ao ver a tatuagem idêntica à minha .

— Em que dia, mês e ano eu nasci?

— 28 de Dezembro de 1997.

— Você pegou minha identidade? — Inquiri, desconfiada.

Ela riu.

— Não querida, eu não peguei nosso RG.

Mentira. Ela tinha pegado. Eu tinha certeza disso.

— Minha cor preferida?

— Verde. Não um verde qualquer, mas um piscina.

— Porque...

— Era a cor dos olhos de nossa avó — completou.

Me sentei na cama, atordoada.

— Quando eu me apaixonei por Eros?

Era difícil tocar nesse assu
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