Capítulo 4

— Mãe? — Marina se assustou, sua mãe controladora tinha vindo na velocidade da luz até seu alojamento do nada?

— Eu estava a dois quarteirões daqui, com um cliente, quando recebi uma ligação interessante do diretor da faculdade onde você frequenta e eu pago. — ela cruzou os braços. — Você malditamente não se inscreveu no fudido projeto Skyfall — ela gritou totalmente irritada.

— Eu… — Marina não sabia o que dizer. Os outros ocupantes da sala estavam mudos observando a cena.

— Eu… eu… — debochou — Você por acaso é burra? Sabe o que você fez com um ano da sua vida? Com um ano do meu dinheiro? Com a candidatura do seu padrasto? — agora a mulher tinha chegado a um novo nível de irritação. Ethan sentindo que sua companheira estava cada vez mais triste resolveu se apresentar.

— Eu sou Ethan das casa dos Furg’s, próximo na linha de sucessão ao trono do meu planeta. Estou muito feliz com a iminente junção de nossas famílias. — ele foi firme. Sua feição séria, como se aquela mulher tivesse o ofendido gravemente.

— Um príncipe? — a voz jacosa da mulher se tornou suave. — Oh… é realmente um prazer, eu só gostaria de falar com minha filha a sós. — ela falou docemente. As mulheres no recinto estavam incrédulas, Marina já esperava por aquilo. Um a um todos se retiraram deixando mãe e filha para conversar.

Um longo momento de silêncio se estendeu quando elas ficaram sozinhas.

— Bem! Isso saiu melhor do que deveria. — a mulher murmurou olhando para a filha que estava até então quieta.

— Não entendi. — a filha murmurou olhando confusa para a mãe que estava em pé.

— Vamos ser bem sinceras Marina. Você não tem perspectiva nenhuma na advocacia, você não é ambiciosa, é uma porta. Mas graças a Deus, o que eu fiz de bom é ter uma filha bonita — ela sorriu, parecendo feliz. Marina sabia que o elogio que ela tinha lhe feito, era na verdade uma forma de se auto elogiar, ela fez Marina bonita, não era mérito dela isso, uma vez que tudo o que Marina fazia aos olhos dela, era ruim. — Apesar de você ter feito a besteira de se inscrever sem todo o anúncio que nos ajudariam a alavancar a carreira política do seu padrasto, pelo menos você conseguiu o melhor partido. Um príncipe, você será vestida de ouro, não vai precisar trabalhar — riu com gosto. — É claro que você precisará da minha ajuda, imagino. Quando iremos? — questionou feliz.

— Iremos? — Marina parecia assustada com a possibilidade.

— Claro sua boba, você não tem porte de princesa Marina, vai precisar da minha ajuda para arrancar tudo o que quiser desse príncipe. E é claro, uma vez que a vida toda você teve do bom e do melhor que eu te dei, chegou o momento da retribuição. Então, quando iremos? — ela questionou.

— Você não vai! — falou dura.

— Como? Você ficou doida? — a mulher mais velha parecia ofendida que sua filha a tivesse desafiado. Ela era uma mãe controladora, sua filha sempre seguiu suas regras e suas ordens e ela gostava assim.

— Eu não sei se vou me casar com ele, irei cumprir o contratado e… — ela se calou quando a mãe lhe deu um olhar mortal.

— Você é muito burra mesmo, a única coisa que você tem a oferecer é a beleza e não vai durar pra sempre. — ela gritou irritada. — Eu vou largar o emprego e irei com você e farei de você rainha, porque se depender de você… — a altivez da mulher assustava.

— Você não irá. — a menina murmurou.

— Escuta uma coisa Marina, se você acha que vai virar rica e me esquecer… se eu não for, quando você voltar, vai se sustentar sozinha, porque eu lavarei minhas mãos. — ela sabia, tinha encurralado a filha. Marina não era preparada para a vida, sempre sua mãe que tinha ditado as regras, era a mãe que escolhia tudo na sua vida e agora não seria diferente, na menor perspectiva de que teria que se virar sozinha, ela iria se agarrar a mãe e a mais velha sabia disso, sabia que venceria fácil. Era isso que ela pensava.

— Eu sinto muito, eu não posso… se é assim que você quer. — a filha murmurou. A mulher deu um olhar gélido, antes de sair batendo o pé e a porta.

Marina precisou de um tempo antes de se acalmar, tempo esse que suas amigas e Ethan lhe deram antes de entrar no alojamento.

Quando ela saiu dali para uma nova vida, ela tinha uma certeza na vida. Não iria se impedir de viver o que tinha pra viver, e daria um jeito na vida dela.

.

.

.

— Ethan e Marina, vocês estão iniciando o primeiro estágio do programa Skyfall, lerei para vocês os termos do programa. Sei que vocês leram o acordo, mas segundo a lei do programa um juiz, eu, deve ler novamente os termos e sacramentar o contrato em um ano terrestre. — o juiz estava protocolando os últimos detalhes. Depois daquele momento, seriam um ano na companhia daquele alienígena, Marina tentava manter a mente aberta quanto aquela questão. — É de acordo dos dois que ao assinar o programa Skyfall ambos devem permanecer cinco anos no cadastro e quando achado um companheiro deve estar disponível, podendo conseguir libertação se houver um outro companheiro. — Marina se lembrava dessa primeira parte do acordo, tinha buscado na internet e essa era a parte que ela se sentiu mais indignada, como ela não pensou nisso? — A mulher terráquea se compromete em dar um ano terráqueo de oportunidade para o homem poomeriano durante o período de namoro. Depois desse tempo, haverá uma cerimônia de casamento se ambos concordarem. Os dois juntados pelo contrato devem permanecer juntos na mesma casa e seguir o protocolo de corte do país habitado. No primeiro mês, o protocolo é imposto pelas leis terráqueas. Você gostaria de exigir algo ou comunicar algo? — o juíz questionou a Marina.

— Não! — ela murmurou.

— Pois bem, o mês poomeriano equivale a onze meses terrestres, durante esse tempo o protocolo é Poomer. Você gostaria de explicar a ela? — agora ele se referiu a Ethan.

— Sim! — ele falou decidido, olhando a mulher que apesar de tudo o que tinha acontecido, ainda se mantinha assustada. — Nossa corte tem uma coisa essencial, os casais dormem juntos todas as noites no período de corte. Isso faz com que os laços afetivos aumente mais no período e nossa cultura acredita que a confiança é forjada nos momentos de maiores vulnerabilidade, e no sono é quando ficamos mais vulneráveis. — ele observou toda indignação que surgiu em seu rosto. — No contrato tem essa cláusula específica, pois sabemos que nem todas as terráqueas se sentem bem em dormir com alguém até então desconhecido. — deu de ombros.

— Eu não vou fazer sexo com você. — ela gritou indignada.

— Você me entendeu mal pequena companheira, não falei de sexo, estou falando de dormir. É claro que no momento que fizermos sexo, pois te garanto que vamos, você vai ver que tem perdido os momentos mais divertidos da vida. — ele riu quando ela chegou a um nível de vermelhidão que ele jamais vira. — Eu como seu companheiro devo me certificar de que você tenha todo descanso necessário, sem sentir frio ou calor a noite. Devo cuidar de todas as suas necessidades. — ele a olhou sério. Algo subiu dentro dela, ele falará sobre necessidades com tanto ardor que sua mente caminhou para um terreno perigoso.

— Posso continuar? — o juiz questionou.

— Sim! — ambos murmuraram.

— Em um ano vocês devem se apresentar a essa corte e trazer ou a certidão de casamento nos dois planetas ou a anulação do contrato. — murmurou dando por encerrada aquela situação.

Marina sabia que tinha se enfiado em uma bela encrenca… aquele alienígena era lindo, forte e gostoso, ela admitia e isso era perigoso. Ela estava presa a um alienígena que era tudo o que ela gostava, mas não queria.

E era tudo culpa dele.

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