CAPÍTULO 14
Don Pietro kosta No escritório, aproveitei para colocar as coisas em ordem. Não é porquê me casei que confio plenamente na Fernanda pra tudo, então farei as minhas ligações quando estiver sozinho, que é mais seguro. Também não é por isso que soldado nenhum vai distratar ela, principalmente na minha frente, se vou manter certas coisas da máfia, dentro da máfia, ela não precisa saber, já que preciso consumar esse casamento, não vou ficar três anos tendo uma mulher em casa para enfeite, sem contar que ela é linda, qualquer um se encantaria por ela. O dia foi passando, e como eu dei ordens à Mary que ninguém viesse ao meu escritório hoje, ela mesma bateu na porta. — O que é, Mary? — Preciso falar uma coisinha... — Tá... entra! — ela abriu a porta, e colocou a cabeça pra dentro. — A sua esposa está perguntando se realmente pode ficar com tudo, independente dos valores... — Eu nem sei porquê pergunta, claro que pode. — Tá bem, é que ela falou que ficou meio salgado... — Ela usou essas palavras? — Sim, chefe! — Diga, que tudo bem! — Sim chefe, com licença... Ela saiu, e o meu celular tocou... — Roney... — E, aí escorpião! Tá sumido, hein... — Resolvendo assuntos, meu caro. — Quero que venha hoje a noite para uma festinha particular que organizei aqui, estarão apenas os nossos, ninguém de fora! — Roney, é que eu estou cheio de trabalho essa noite... — na verdade estou confuso, sei como funciona as festas dele, é cheio de putas pra todo lado, e por isso sempre preferi as minhas fixas. — Cara, nem começa de ladainha para o meu lado, entendeu? Tô ligado que você não curte as putas do bordel, por isso te liguei. Contratamos uma dúzia de virgens para o final de semana, vieram para serem preparadas para a profissão! — sorri com o comentário. — Hum... até que estou precisando... dou uma passada mais tarde! — É pra vir, hein? Sabe que o que é meu, é seu, não é? — Sei, cara... — Fechou, então! — Até mais... Saí do escritório e avistei a Mary. — Cadê a Fernanda? — Ela se arrumou toda, e saiu com a vendedora... — me olhou assustada, algo estava errado. — Algum problema, Mary? — Não, senhor... é que ela estava bem diferente, muito bonita. — agora fiquei curioso para saber para onde ela teria ido. — Falou aonde estaria? — Não senhor, mas deixou o número do celular novo, caso queira ligar, pois ela não tinha o seu, e eu não passei sem autorização. — O QUÊ? QUE CELULAR? — O que o senhor deixou ela comprar, eu mesma fui perguntar... — Que droga, Mary! Deveria ter dito do que se tratava de verdade... — saí pegando o número na mão, e salvando no meu celular, então liguei pra ela, mas parecia desligado. Eu mesmo iria comprar um celular pra ela, mas com rastreador, e com um sistema de segurança avançado, vou precisar confiscar dela para ver isso. . Como ela não estava, eu não precisei avisar de nada, apenas tomei um banho, me arrumei e saí para a boate que o Roney me chamou, hoje preciso de uma boa mulher, o meu corpo pede por isso. Na boate, o Roney nem me deixou beber, subi direto para a área vip e eram sofás em couro preto, e enormes. Santiago veio comigo, e sentou do meu lado, então logo as putas começaram a desfilar, e umas sentaram ao nosso lado, e uma no colo do Roney. O problema é que não gostei muito das garotas, não eram muito atraentes, então fiquei na minha, e pelo visto o Santiago também não gostou. — Qual é, escorpião? Não gostou das garotas? — Gostei, é que hoje estou de boa... — Fiquei sabendo que casou... vai dizer que está apaixonado pela esposinha, e não vai mais comer comida de fora? — zombou, e todos riram. — Não é isso, o nosso casamento é apenas um acordo entre máfias, não sinto nada por ela... — Sei... depois que beber o vinho que pedi, você começa a se soltar mais, deve ser isso. Como vi que me zoariam, olhei para a morena que estava no colo dele, e chamei com o dedo. Ela olhou pra ele que assentiu, então ela subiu no meu colo, e já enfiei as mãos nas coxas dela, que estavam à mostra. — Pode tocar, meu amigo... se divirta! Tem vários quartos aqui, pode usar... elas estão todas sem calcinha... — a morena sorriu abrindo as pernas pra mim, e ela mesma puxou a minha mão até lá, então toquei o seu clitóris por baixo da saia, e a puta gemeu. — Tem certeza que são virgens? — aquela mulher me pareceu experiente. — Sim, faz o teste! — olhou para a porta, e gritou. — Ei, puta! Trás logo esse vinho aí... ou vai continuar ouvindo a conversa dos meus clientes! — ele brigou com a mulher que traria as bebidas, e ela entrou. Se eu estivesse em pé teria caído pra trás, aquela era a Fernanda, a minha mulher. Ela estava com um mini vestido vermelho que eu ainda não tinha visto, pelado nas costas, com apenas um “X” em pedras, toda arrumada, e uma maquiagem marcante. Usava um salto quinze, e andava como uma modelo, mas nem olhou pra mim, e quando me serviu o vinho, empurrei a morena para o lado, e fui pegar, mas quando os nossos olhos se cruzaram ela fingiu não me conhecer. Roney levantou assim que ela terminou de servir, e segurou na mão dela, a girando. — Caramba, docinho... não me lembro de você, acho que vou te leiloar, não vou dar de presente para esses caras, é valiosa demais... Me subiu uma raiva imensa, vontade de fazer essa puta que ficava me alisando voar, e levar a minha mulher embora, mas eu não queria ficar mal visto, então me calei. O problema foi que um dos homens que vieram comer as putas, também levantou. — É só me dizer quanto quer Roney... essa eu pago o preço que for! — tentou colocar a mão na cintura dela, que se esquivou. — Não encosta em mim, eu não estou a venda, apenas vim servir o vinho para uma amiga! — ela se expressou, mas o homem começou a dificultar. — Que puta atrevida, meu amigo... agora que quero comer, quanto é? — a raiva não me permitiu ficar sentado, então praticamente joguei a puta para o lado, e fui ajudar a Fernanda. Apesar de estar perplexo dela estar ali, e não ter entendido nada. — Se a moça falou que não está a venda, não está! Aqui cada mulher decide o que quer fazer com o seu corpo, e ela já foi clara que não quer! — segurei no pulso dela, mas me olhou com ódio, e num movimento eficaz ela se soltou de mim. — Me solta, não preciso de ajuda! — fiquei em choque, e pensando se falava ou não que ela era minha, mas acredito que farei papel de ridículo, tendo essa mulher maravilhosa em casa, e investindo naquela puta esquisita...CAPÍTULO 15 Fernanda Antero — Já gostei do seu grandão, como você o chama... mal se casaram e já ganhou um celular! — Pati comentou. — Ele é mão aberta... embora você exagerou com essas coisas, e esse vestido vermelho nem tenho aonde usar... — Mas, como não? Vamos pra boate comigo, deixa o teu grandão trabalhar em paz, e vem conhecer um pouco da vida. — me parecia insano isso, mas se ela gosta, algo pode ter de bom, lá. — O que sente quando está com um homem? Digo assim... tendo relações com ele... — Ah, miga... sinto um comichão no meio das pernas, um fogo que queima dentro de mim, um prazer que não quero que acabe..., mas isso se for um homem de verdade, não os babacas que só comem e vão embora. — Nossa... — Eu sou intensa, amiga, deveria experimentar. Ainda não liberou a sua? — Não... — Quem sabe não é hoje, então... pelo menos vamos se divertir, tomar um vinho, uma bebida... — Então vamos, antes que eu me arrependa... me ajuda a se arrumar? — É pra já, amiga! A Pati
CAPÍTULO 16 Don Pietro Kosta Do mesmo jeito que perdi a paciência com essa mulher, eu a quis por inteira. Esse seu jeito maluco e ousado de ser me deixa louco, me atiça, me faz a querer ainda mais. Quando ela me beijou daquele jeito, acionou algo em mim, um desejo diferente que não sinto com ninguém. Foi como se o meu corpo tivesse necessidade dela, da sua pele nua sobre a minha, o barulho da nossa respiração trabalhando com dificuldades, a nossa mente delirando junto, enquanto o nossos corpos estremeceriam com o prazer. Perguntei por perguntar, e fiquei enlouquecido quando descobri que aquela mulher tão linda não era de ninguém, o corpo dela pertenceria a mim, e seria perfeito demais. Ela é quente, e parecia me querer demais, me beijava com vontade, ficava passando aquelas mãos pequenas nos meus grandes braços, e apertava me olhando diferente, era como se dissesse o quando gosta dos meus músculos enormes, e sentia prazer em fazer isso repetidas vezes. As minhas mãos foram para
CAPÍTULO 17 Fernanda Antero Fui esticando os braços e as pernas antes de abrir direito os olhos, mas me assustei quando vi que não estava sozinha. “Meu Deus, o grandão tá aqui!“ — pensei apavorada ao tentar levantar o corpo, mas percebi que era eu quem não estava no meu quarto, e não acreditei que dormi no quarto dele. A minha cabeça estava melhor que na noite passada, mas comecei a lembrar de tudo o que aconteceu, e entrei em desespero. Me deixei levar pela bebida e cedi, como isso pode acontecer? Será que cheguei a perder a virgindade? Levantei uma manta que nos cobria, mas só uma pontinha, pois o grandão estava agarrado em mim, e eu não conseguia levantar... e então confirmei que estava nua, e me desesperei. Nunca deixei nenhum homem se aproximar de mim depois do que aconteceu com o meu ex namorado, uma vez beijei um cara e senti náuseas, então depois disso eu fujo. Só não entendi o porquê a bebida me tirou essa sensação, não me lembrei do passado,mas agora lembro que eu de
CAPÍTULO 18 Don Pietro Kosta Depois de tudo o que aconteceu, tudo o que tivemos... fiquei com raiva da Fernanda me tratar assim. Nunca fui rejeitado antes, e essa mulher insiste em fazer pouco caso do que temos, e me irritei um pouco. Pensei que estava tudo bem, e não estava, então vou me afastar dela, que é o melhor. Bateram na porta, e era o Santiago. — Me chamou, chefe? — Sim, entre e feche a porta. — ele fechou. — Quero a Fernanda no caso do magnata das armas! É o Cairo, não é? — Sim, chefe. Mas, você tem certeza? — Vou explicar a ela o que ela precisa fazer e a deixar no comando. Porém, preciso que você vá com ela, fique por perto se caso ela precisar, e garanta que a operação seja concluída. — Se é a sua vontade, tudo bem. — Sim, é uma ordem! — Ok. — Agora vou ligar pedindo para que ela venha, e você se mantenha calado. Não a desrespeite, e nem diga que será vigiada. — Tá bom. Liguei na cozinha, e pedi a Mary que dissesse para a Fernanda vir até o escritório, e
CAPÍTULO 19 Don Pietro Kosta Fernanda estava linda naquela roupa, e evitei olhar pra ela. Não posso misturar as coisas, ela não me quer como eu a quero, preciso me lembrar. Eu não fiquei tranquilo com ela em missão sem que eu esteja presente, mesmo com o Santiago junto, então fiquei andando de um lado para outro, até que vi que o Santiago não estava mais online e, então sem pensar duas vezes, peguei o carro e fui até o local. Parei em frente da grandiosa residência, e fiquei observando, logo depois voltei a tentar falar com o Santiago que não atendia, me deixando ainda mais inquieto, parece que pressinto algo de ruim. Estranhei a movimentação da casa, do nada muitos carros começaram a sair pelo grande portão, acelerando assim que atravessavam a rua, e quando vi o carro do Santiago saindo feito louco, eu sabia que tinha algo errado, só espero que isso não envolva a Fernanda. Sem pensar duas vezes, pisei fundo seguindo os carros, e não muito longe dali eles pararam, e quando vi a
CAPÍTULO 20 Don Pietro Kosta As horas não passavam, e eu não consegui sair de onde estava, fiquei olhando para aquelas portas grandes e brancas a todo instante, e ninguém aparecia para dar notícias. Ignorei o Santiago, e evitei um pouco conversar com o magnata das armas e a sua filha, eu estava muito nervoso. Quando o médico apareceu, eu fui depressa quando ouvi o chamado: — Familiares de Fernanda Kosta. — O nome dela não era Cecília? — a filha do Cairo me perguntou. — Cecília é apelido! — disse sério, e acredito que tenha entendido, pois não perguntou mais. — Eu sou o marido, doutor! — me aproximei do médico. O meu corpo estava tenso, eu ficava apertando as mãos para tentar manter o controle, e não estava resolvendo. — A bala foi retirada, e ela não corre mais riscos de vida, o senhor pode ficar tranquilo... — Nossa, isso é bom! — respirei profundamente. — Posso vê-la? — Eu também gostaria de vê-la, preciso tomar um banho, estou horrível assim, mas não posso deixar de ag
CAPÍTULO 21 Fernanda Antero (dois dias depois) — Não estou acostumada com essas coisas... — disse até envergonhada, quando o Don, me ajudava a comer. — Eu já falei que vou cuidar de você. E foi sério quando eu disse que esperaria, você ainda vai ter sentimentos por mim, Nanda... eu sinto que temos uma conexão, não sei explicar, é como se eu já te conhecesse de um outro lugar ou uma outra vida. — sorriu. — Agora abre a boca que vou te dar a sobremesa. — Hum... chocolates com creme e uvas? Já vi que vou engordar assim. — Se esse é o seu plano para se ver livre de mim eu não ligo. Saiba que essa missão também falhou, vou te achar linda de todas as formas... — ele colocou uma colherada de sobremesa na minha boca e ficou olhando descaradamente para o movimento dos meus lábios, parecia desejar muito me beijar, o seu semblante era todo diferente. — Não sei como conseguiu trazer esse tipo de sobremesa num hospital, Don... aqui é completamente proibido isso. — mudei o assunto antes que e
CAPÍTULO 22 Don Pietro Kosta Depois que a Fernanda veio para a minha vida, tudo ficou muito diferente, e não posso negar o quanto tenho sentido a sua falta na viagem. Buscamos armas e drogas, fizemos melhores acordos, e agora temos trabalho por um bom tempo. Estranhei que antes de viajar voltando para casa o meu celular ficou sem sinal e não consegui avisar a Nanda que eu já estava indo. Quando entrei pelo estacionamento do hospital, haviam carros de polícia por toda a parte, muitas pessoas estavam em volta de algo, parecendo um formigueiro, e achei melhor averiguar antes de subir, poderia ser importante. — Com licença, o que aconteceu aqui? — perguntei enquanto me expremia para chegar aonde eu queria. — Um homem suicidou-se, parece que se jogou do décimo andar, depois de ser pego tentando matar uma das pacientes! — uma moça falou e na mesma hora lembrei que a Nanda estava no décimo andar, e preferi nem pensar mais nada, simplesmente saí empurrando todo o mundo e entrando no ho