CAPÍTULO 17 Fernanda Antero Fui esticando os braços e as pernas antes de abrir direito os olhos, mas me assustei quando vi que não estava sozinha. “Meu Deus, o grandão tá aqui!“ — pensei apavorada ao tentar levantar o corpo, mas percebi que era eu quem não estava no meu quarto, e não acreditei que dormi no quarto dele. A minha cabeça estava melhor que na noite passada, mas comecei a lembrar de tudo o que aconteceu, e entrei em desespero. Me deixei levar pela bebida e cedi, como isso pode acontecer? Será que cheguei a perder a virgindade? Levantei uma manta que nos cobria, mas só uma pontinha, pois o grandão estava agarrado em mim, e eu não conseguia levantar... e então confirmei que estava nua, e me desesperei. Nunca deixei nenhum homem se aproximar de mim depois do que aconteceu com o meu ex namorado, uma vez beijei um cara e senti náuseas, então depois disso eu fujo. Só não entendi o porquê a bebida me tirou essa sensação, não me lembrei do passado,mas agora lembro que eu de
CAPÍTULO 18 Don Pietro Kosta Depois de tudo o que aconteceu, tudo o que tivemos... fiquei com raiva da Fernanda me tratar assim. Nunca fui rejeitado antes, e essa mulher insiste em fazer pouco caso do que temos, e me irritei um pouco. Pensei que estava tudo bem, e não estava, então vou me afastar dela, que é o melhor. Bateram na porta, e era o Santiago. — Me chamou, chefe? — Sim, entre e feche a porta. — ele fechou. — Quero a Fernanda no caso do magnata das armas! É o Cairo, não é? — Sim, chefe. Mas, você tem certeza? — Vou explicar a ela o que ela precisa fazer e a deixar no comando. Porém, preciso que você vá com ela, fique por perto se caso ela precisar, e garanta que a operação seja concluída. — Se é a sua vontade, tudo bem. — Sim, é uma ordem! — Ok. — Agora vou ligar pedindo para que ela venha, e você se mantenha calado. Não a desrespeite, e nem diga que será vigiada. — Tá bom. Liguei na cozinha, e pedi a Mary que dissesse para a Fernanda vir até o escritório, e
CAPÍTULO 19 Don Pietro Kosta Fernanda estava linda naquela roupa, e evitei olhar pra ela. Não posso misturar as coisas, ela não me quer como eu a quero, preciso me lembrar. Eu não fiquei tranquilo com ela em missão sem que eu esteja presente, mesmo com o Santiago junto, então fiquei andando de um lado para outro, até que vi que o Santiago não estava mais online e, então sem pensar duas vezes, peguei o carro e fui até o local. Parei em frente da grandiosa residência, e fiquei observando, logo depois voltei a tentar falar com o Santiago que não atendia, me deixando ainda mais inquieto, parece que pressinto algo de ruim. Estranhei a movimentação da casa, do nada muitos carros começaram a sair pelo grande portão, acelerando assim que atravessavam a rua, e quando vi o carro do Santiago saindo feito louco, eu sabia que tinha algo errado, só espero que isso não envolva a Fernanda. Sem pensar duas vezes, pisei fundo seguindo os carros, e não muito longe dali eles pararam, e quando vi a
CAPÍTULO 20 Don Pietro Kosta As horas não passavam, e eu não consegui sair de onde estava, fiquei olhando para aquelas portas grandes e brancas a todo instante, e ninguém aparecia para dar notícias. Ignorei o Santiago, e evitei um pouco conversar com o magnata das armas e a sua filha, eu estava muito nervoso. Quando o médico apareceu, eu fui depressa quando ouvi o chamado: — Familiares de Fernanda Kosta. — O nome dela não era Cecília? — a filha do Cairo me perguntou. — Cecília é apelido! — disse sério, e acredito que tenha entendido, pois não perguntou mais. — Eu sou o marido, doutor! — me aproximei do médico. O meu corpo estava tenso, eu ficava apertando as mãos para tentar manter o controle, e não estava resolvendo. — A bala foi retirada, e ela não corre mais riscos de vida, o senhor pode ficar tranquilo... — Nossa, isso é bom! — respirei profundamente. — Posso vê-la? — Eu também gostaria de vê-la, preciso tomar um banho, estou horrível assim, mas não posso deixar de ag
CAPÍTULO 21 Fernanda Antero (dois dias depois) — Não estou acostumada com essas coisas... — disse até envergonhada, quando o Don, me ajudava a comer. — Eu já falei que vou cuidar de você. E foi sério quando eu disse que esperaria, você ainda vai ter sentimentos por mim, Nanda... eu sinto que temos uma conexão, não sei explicar, é como se eu já te conhecesse de um outro lugar ou uma outra vida. — sorriu. — Agora abre a boca que vou te dar a sobremesa. — Hum... chocolates com creme e uvas? Já vi que vou engordar assim. — Se esse é o seu plano para se ver livre de mim eu não ligo. Saiba que essa missão também falhou, vou te achar linda de todas as formas... — ele colocou uma colherada de sobremesa na minha boca e ficou olhando descaradamente para o movimento dos meus lábios, parecia desejar muito me beijar, o seu semblante era todo diferente. — Não sei como conseguiu trazer esse tipo de sobremesa num hospital, Don... aqui é completamente proibido isso. — mudei o assunto antes que e
CAPÍTULO 22 Don Pietro Kosta Depois que a Fernanda veio para a minha vida, tudo ficou muito diferente, e não posso negar o quanto tenho sentido a sua falta na viagem. Buscamos armas e drogas, fizemos melhores acordos, e agora temos trabalho por um bom tempo. Estranhei que antes de viajar voltando para casa o meu celular ficou sem sinal e não consegui avisar a Nanda que eu já estava indo. Quando entrei pelo estacionamento do hospital, haviam carros de polícia por toda a parte, muitas pessoas estavam em volta de algo, parecendo um formigueiro, e achei melhor averiguar antes de subir, poderia ser importante. — Com licença, o que aconteceu aqui? — perguntei enquanto me expremia para chegar aonde eu queria. — Um homem suicidou-se, parece que se jogou do décimo andar, depois de ser pego tentando matar uma das pacientes! — uma moça falou e na mesma hora lembrei que a Nanda estava no décimo andar, e preferi nem pensar mais nada, simplesmente saí empurrando todo o mundo e entrando no ho
CAPÍTULO 23 Don Pietro Kosta — Parece que chegamos! — Nanda me falou cortando o nosso beijo. — Não estou com pressa... — passei a língua no canto direito da sua boca, e ela sorriu. O segurança desceu, nos dando privacidade, mas então me lembrei que tenho contas a acertar com ele. — Bom... melhor a gente descer, não é? — sorri pra ela que ficou vermelha. — Tudo bem você ficar no meu quarto? Vou precisar cuidar de você. — Tá... — parecia com receio, mas não negou. Eu a coloquei na cama, a deixando confortável. — Vou precisar resolver umas coisas, mas eu não demoro! — dei um beijo rápido nela, e saí. E então pedi para a Mary a ajudar e também buscar de novo as coisas dela no outro quarto. Encontrei o Santiago no caminho, e pedi para chamar o segurança que estava cuidando da Nanda no hospital, então ele veio para a sala de treinamento. — O que tem a me dizer, soldado? — fiquei na frente dele, tentando respirar. Haviam muitos homens na sala, eles sabem como me irrito quando algum
CAPÍTULO 24 Pati Sales Gosto da vida que levo... tenho dinheiro e sexo. Só que não quero viver assim a minha vida toda, sonho em ter filhos, uma casa de família, e alguém para implicar, se não, não tem graça. Venho de uma família humilde, que em um passeio de barco todos morreram, e eu só sobrevivi porquê não pude ir por estar com febre e fiquei com a vizinha, eu tinha treze anos quando a minha luta começou. Quando completei dezesseis anos, o marido da vizinha começou a tentar fazer coisas comigo, e como eu morava com eles até fiquei na dúvida se estava certo ou errado, então quando vi que não conseguiria fugir por muito tempo, fugi de lá e fui morar com uma amiga. Essa amiga era garota de programa, e me incentivou a perder a virgindade, e a vendi por um preço alto, que consegui comprar alguns móveis e pagar uns meses de aluguel adiantado, e até então não dependo de ninguém e tenho sexo, embora a maioria dos homens não se importem comigo, e dê para contar nos dedos os que me fize