CAPÍTULO 19 Don Pietro Kosta Fernanda estava linda naquela roupa, e evitei olhar pra ela. Não posso misturar as coisas, ela não me quer como eu a quero, preciso me lembrar. Eu não fiquei tranquilo com ela em missão sem que eu esteja presente, mesmo com o Santiago junto, então fiquei andando de um lado para outro, até que vi que o Santiago não estava mais online e, então sem pensar duas vezes, peguei o carro e fui até o local. Parei em frente da grandiosa residência, e fiquei observando, logo depois voltei a tentar falar com o Santiago que não atendia, me deixando ainda mais inquieto, parece que pressinto algo de ruim. Estranhei a movimentação da casa, do nada muitos carros começaram a sair pelo grande portão, acelerando assim que atravessavam a rua, e quando vi o carro do Santiago saindo feito louco, eu sabia que tinha algo errado, só espero que isso não envolva a Fernanda. Sem pensar duas vezes, pisei fundo seguindo os carros, e não muito longe dali eles pararam, e quando vi a
CAPÍTULO 20 Don Pietro Kosta As horas não passavam, e eu não consegui sair de onde estava, fiquei olhando para aquelas portas grandes e brancas a todo instante, e ninguém aparecia para dar notícias. Ignorei o Santiago, e evitei um pouco conversar com o magnata das armas e a sua filha, eu estava muito nervoso. Quando o médico apareceu, eu fui depressa quando ouvi o chamado: — Familiares de Fernanda Kosta. — O nome dela não era Cecília? — a filha do Cairo me perguntou. — Cecília é apelido! — disse sério, e acredito que tenha entendido, pois não perguntou mais. — Eu sou o marido, doutor! — me aproximei do médico. O meu corpo estava tenso, eu ficava apertando as mãos para tentar manter o controle, e não estava resolvendo. — A bala foi retirada, e ela não corre mais riscos de vida, o senhor pode ficar tranquilo... — Nossa, isso é bom! — respirei profundamente. — Posso vê-la? — Eu também gostaria de vê-la, preciso tomar um banho, estou horrível assim, mas não posso deixar de ag
CAPÍTULO 21 Fernanda Antero (dois dias depois) — Não estou acostumada com essas coisas... — disse até envergonhada, quando o Don, me ajudava a comer. — Eu já falei que vou cuidar de você. E foi sério quando eu disse que esperaria, você ainda vai ter sentimentos por mim, Nanda... eu sinto que temos uma conexão, não sei explicar, é como se eu já te conhecesse de um outro lugar ou uma outra vida. — sorriu. — Agora abre a boca que vou te dar a sobremesa. — Hum... chocolates com creme e uvas? Já vi que vou engordar assim. — Se esse é o seu plano para se ver livre de mim eu não ligo. Saiba que essa missão também falhou, vou te achar linda de todas as formas... — ele colocou uma colherada de sobremesa na minha boca e ficou olhando descaradamente para o movimento dos meus lábios, parecia desejar muito me beijar, o seu semblante era todo diferente. — Não sei como conseguiu trazer esse tipo de sobremesa num hospital, Don... aqui é completamente proibido isso. — mudei o assunto antes que e
CAPÍTULO 22 Don Pietro Kosta Depois que a Fernanda veio para a minha vida, tudo ficou muito diferente, e não posso negar o quanto tenho sentido a sua falta na viagem. Buscamos armas e drogas, fizemos melhores acordos, e agora temos trabalho por um bom tempo. Estranhei que antes de viajar voltando para casa o meu celular ficou sem sinal e não consegui avisar a Nanda que eu já estava indo. Quando entrei pelo estacionamento do hospital, haviam carros de polícia por toda a parte, muitas pessoas estavam em volta de algo, parecendo um formigueiro, e achei melhor averiguar antes de subir, poderia ser importante. — Com licença, o que aconteceu aqui? — perguntei enquanto me expremia para chegar aonde eu queria. — Um homem suicidou-se, parece que se jogou do décimo andar, depois de ser pego tentando matar uma das pacientes! — uma moça falou e na mesma hora lembrei que a Nanda estava no décimo andar, e preferi nem pensar mais nada, simplesmente saí empurrando todo o mundo e entrando no ho
CAPÍTULO 23 Don Pietro Kosta — Parece que chegamos! — Nanda me falou cortando o nosso beijo. — Não estou com pressa... — passei a língua no canto direito da sua boca, e ela sorriu. O segurança desceu, nos dando privacidade, mas então me lembrei que tenho contas a acertar com ele. — Bom... melhor a gente descer, não é? — sorri pra ela que ficou vermelha. — Tudo bem você ficar no meu quarto? Vou precisar cuidar de você. — Tá... — parecia com receio, mas não negou. Eu a coloquei na cama, a deixando confortável. — Vou precisar resolver umas coisas, mas eu não demoro! — dei um beijo rápido nela, e saí. E então pedi para a Mary a ajudar e também buscar de novo as coisas dela no outro quarto. Encontrei o Santiago no caminho, e pedi para chamar o segurança que estava cuidando da Nanda no hospital, então ele veio para a sala de treinamento. — O que tem a me dizer, soldado? — fiquei na frente dele, tentando respirar. Haviam muitos homens na sala, eles sabem como me irrito quando algum
CAPÍTULO 24 Pati Sales Gosto da vida que levo... tenho dinheiro e sexo. Só que não quero viver assim a minha vida toda, sonho em ter filhos, uma casa de família, e alguém para implicar, se não, não tem graça. Venho de uma família humilde, que em um passeio de barco todos morreram, e eu só sobrevivi porquê não pude ir por estar com febre e fiquei com a vizinha, eu tinha treze anos quando a minha luta começou. Quando completei dezesseis anos, o marido da vizinha começou a tentar fazer coisas comigo, e como eu morava com eles até fiquei na dúvida se estava certo ou errado, então quando vi que não conseguiria fugir por muito tempo, fugi de lá e fui morar com uma amiga. Essa amiga era garota de programa, e me incentivou a perder a virgindade, e a vendi por um preço alto, que consegui comprar alguns móveis e pagar uns meses de aluguel adiantado, e até então não dependo de ninguém e tenho sexo, embora a maioria dos homens não se importem comigo, e dê para contar nos dedos os que me fize
CAPÍTULO 25 Fernanda Antero Sabe quando você sente um vazio dentro de você... esse vazio te parece gelado, sem vida, inacessível, mas daí de repente você consegue sentir ele esquentando, como se algo que te esquenta começasse a preenchê-lo, e a tirar o seu aspecto gelado? Me senti assim hoje, com os beijos do Don. Não senti mais náuseas com o beijo, foi como se tivesse apagado grande parte do meu sofrimento, e gostei de beijá-lo, me senti excitada com ele. Quando me tocou nas cicatrizes senti medo, não vou negar..., mas depois as suas carícias foram apagando as imagens ruins que eu tinha dali, tirando a dor e me trazendo de volta daquele sofrimento que o infeliz me causou. Foi estranho quando ele deitou do meu lado na cama, o único dia que passei a noite com um homem foi no dia em que bebi, então não sei como será. Ele veio bem perto e tocou os meus lábios com o dedo enquanto me olhava. — Como está? — Estou bem. — Então descanse, você precisa fazer repouso. — acariciou os me
CAPÍTULO 26 Santiago Velmont Que merda... eu bem que gostei da loira da boutique, eu não queria que fosse prostituta, evito esse tipo de mulher, só venho na boate quando tem virgens, se não, esquece. Quando descobri que a Pati era uma delas, iria embora..., mas aquela vadia já tinha me excitado demais, e as virgens lá de cima já não serviriam para resolver, então fiquei. Não a beijei mais, apenas me satisfiz como cliente, já que percebi que me abordou pelo dinheiro da noite. Ainda estou engasgado com a história do pó de mico, e hoje quando a vi saindo da casa do Don, toda se achando naquele vestido de puta minúsculo, decidi que será hoje, vou lá na boate e pagar a noite toda, quero humilhar, deixar tão acabada, que não vai querer me provocar de novo, e assim também tiro aquela boca da minha cabeça, não vou beijá-la outra vez, isso só se faz com mulher direita, aquela é vadia. — Don. — Sim. — Essa noite preciso de folga, vou na boate, tudo bem? — Sim, tranquilo..., mas toma cuid