CAPÍTULO 66 Don Pietro Kosta A minha cunhadinha ainda está confusa e me vê como uma ameaça, mas acredito que em breve as coisas irão melhorar. Fui para o escritório resolver algumas coisas, até que a minha pequena bateu na porta. — Grandão, podemos entrar? — falou do lado de fora. — Sempre, minha linda! — ela já entrou com um sorriso e a irmã dela não. — A Rose veio lhe dizer algo, não é Rose? — Sim, me desculpe! — a menina falou meio amarrada, com as mãos para trás e o corpo fazia uns movimentos de vai e vem. Claramente não estava ali por vontade própria. — Você não falou o motivo, Rose... — Nanda insistiu. — Confesso que derrubei o leite de propósito, mas não vou mais fazer isso. — confessou ainda de cara feia e olhava para baixo. — Tudo bem, Nanda! Ela ainda está se adptando à nova vida, eu estou tranquilo e também à disposição para conversar se ela quiser. — levantei da minha cadeira e me aproximei um pouco. — Acho uma boa ideia! Vou deixar vocês conversarem e vou li
CAPÍTULO 67 Fernanda Antero Foi uma pena o Pietro não poder vir, mas acredito que a Rose esteja se divertindo por ele também, pois o sorriso não sai do seu rosto. Ela ficou maravilhada com as roupas da boutique, nunca pode comprar roupas tão caras, e muito menos, em grande quantidade como hoje. Chegou um momento em que começou a desfilar e se exibir quando saía do provador, e deslumbrada parou aonde estava quando viu uma roupa do outro lado da loja, que estavam em exposição num manequim, porém dentro da cabine de vidro e com cadeado. — Gostou daquele modelo, Rose? — perguntei o que era óbvio, pelo semblante dela. — Eu nunca vi uma roupa tão linda, mas acho que aquela deve ser cara, Nanda. — Eu acredito que seja sim, mas nós temos dinheiro agora, podemos comprar se quisermos. — falei, mas ela continuava com a expressão preocupada. — Não quero que use o dinheiro do Don. Não devemos dever favores à ele. — ela comentou e então me abaixei para conversar com ela. — Querida, eu ago
CAPÍTULO 68 Soraia Sempre pensei que tinha tudo sob controle, que me beneficiaria com todos os chefes e ficaria tudo bem, para conseguir a posição que eu almejava, mas com o Lyan precisei controlar um pouco os amantes, pois começou a me cobrar exclusividade e o meu preferido se afastou de mim... o meu Don Pietro, gostoso. Agora que consegui a confiança do Lyan, ficou perfeito para voltar à minha vida de antes, e ter até o Don como amante. O problema é que aquela coisinha insignificante pretende tirá-lo de mim, e não vou deixar. Hoje trouxe um dos meus amantes e vim disposta para irritar aquela idiota, mas perdi o controle e a joguei da escada, sem jamais esperar que o meu Don chegaria bem na hora e me pegaria no flagra. — Você vai pagar muito caro por isso! — ele disse com ódio nos olhos e sem aviso me deu um soco no rosto. Régis, o meu amante tentou ir pra cima dele, mas não sei de onde surgiu tantos seguranças, e simplesmente começaram a nos render. — Você não disse que não
CAPÍTULO 69 Don Pietro Kosta Furioso não seria a palavra ideal para me descrever, pois fiquei muito mais irritado que isso. Entreguei todos os podres da Soraia ao Lyan e deixei que ele mesmo acabasse com ela, que se foda os planos de usar a ajuda dela. A ambulância saiu antes que eu resolvesse a situação toda, e ainda dei uma boa indenização para a loja pelo ocorrido, então agora que peguei o meu carro e fui acelerado até o hospital mais próximo, porém percebi que não foi pra lá que levaram a Nanda, e estranhei. — Moça... procure por Fernanda Antero Kosta em todos os hospitais de Creta, será bem recompensada se encontrar! — disse para a atendente do hospital, e ela logo começou a fazer algumas ligações. — Senhor... — Diga. — Ela não deu entrada em nenhum hospital de Creta. — Como assim, e a ambulância que eu chamei? — parei mais perto da mesa com as duas mãos na cintura. — Olha, a única informação que eu tenho é que teve uma ambulância à uns quinze minutos que saiu da rota,
CAPÍTULO 70 Fernanda Antero Quando voltei a abrir os olhos, me deparei com a cena encantadora do Pietro todo torto numa poltrona que estava encostada na cama, e a sua cabeça apoiada sobre mim, enquanto ele dormia. Toquei levemente no seu cabelo e suspirei emocionada. — Você tinha razão... — ouvi uma voz baixinha de uma menina que conheço muito bem... — Rose! — ela se levantou de um sofá no canto do quarto e veio correndo me abraçar. — Eu nem havia percebido que estava ali no cantinho e estava acordada. — comentei baixinho para não acordar o meu grandão. — Eu estava cuidando de você, mas vi que o Don estava muito empenhado e não quis atrapalhar... acho que eu não saberia cuidar tão bem... — segurei na sua mão. — Aposto que saberia, sim! Mas, no que dizia que eu tenho razão, quando acordei? — ela olhou para o Don Pietro e depois pra mim. — Ele gosta de você! Eu o analisei a noite toda, e se ele não gostasse não cuidaria de você como cuidou. — olhou para a janela, e tive dúvida
CAPÍTULO 71 Fernanda Antero Quando fui buscar a caixa de primeiros socorros no escritório, percebi que havia um desenho de vestido de noiva na mesa do Pietro. Um modelo lindo, feito a mão e aprimorado algumas vezes, com um design pronto do vestido atual, e sorri satisfeita quando li num cantinho: vestido da Nanda. Me perdi em pensamentos por um momento, mas se ele não me contou é porquê seria alguma surpresa, então simplesmente fingi que não vi, e voltei para ajudá-lo com a mão queimada, muito satisfeita com o homem que tenho. Horas depois... — Os soldados nos informarão de tudo, sobre a Rose não é? — perguntei para o meu grandão, enquanto ele acariciava os meus cabelos, na rede da varanda. — Sim, pequena... fique tranquila quanto a isso, vamos saber de tudo. — deslizou os dedos suavemente sobre o meu rosto. — Sabe que as vezes tenho a impressão que te conheço de uma outra vida... — falei pra ele, o olhei nos olhos e r
CAPÍTULO 72 Rose Antero — Não estou te vendo, você não é o meu pai! — resmunguei com medo, me encostei mais no muro e ergui um pouco os pés. — Eu não morri, Rose! — tirou um óculos e reconheci os olhos, era mesmo o papai. O abracei forte com desespero, e ouvi um gemido. — Ai... — O que foi, papai? — Vamos, querida! Eu estou bem machucado ainda, e sinto dores. — Consegue andar? — Sim, mas vamos para outro lugar! Aqui não é seguro. — confirmei pra ele e fui andando ao seu lado, enquanto ele se apoiava na bengala. Papai ficava olhando para todos os lados, e do nada entramos numa portinha marrom que ficava numa rua ali perto. Não tinha portão, era só a porta direto na rua, e quando entrei era um corredor comprido. — Porquê está morando aqui, papai? — Um único amigo, me tirou de lá e me ajudou a se recuperar! Demorei para conseguir levantar, e só saí de casa porquê ele me falou da movimentação de hoje,
CAPÍTULO 73 Fernanda Antero Saímos apressados até Atenas. Pedi para a Pati que cuidasse do Cassino e olhasse as crianças que ainda não haviam sido levadas ao orfanato, pois eu mesma gostaria de ir lá, e ver as crianças que já residem no local. Quando chegamos na casa que cresci, não encontrei a Rose em lugar nenhum, então verifiquei que saiu pela porta dos fundos, haviam algumas marcas no muro que não é alto, e ela pulou com facilidade como da outra vez. Encostei na porta da cozinha, me lembrando de quantas coisas já vivi aqui, e percebi que recebi uma notificação no celular, era Rose. — “Nanda, eu estou bem. No final do dia vou te ligar para explicar tudo, pois os soldados devem ter me entregado para você e o Don, à essa altura!“ — O que ela está aprontando? — comentei com o Don, que fazia uma careta. — Podem ter pego ela, mas pela mensagem, acredito que não seja o caso... — Colocou rastreador no celular dela, também, né? — Sim,