CAPÍTULO 68 Soraia Sempre pensei que tinha tudo sob controle, que me beneficiaria com todos os chefes e ficaria tudo bem, para conseguir a posição que eu almejava, mas com o Lyan precisei controlar um pouco os amantes, pois começou a me cobrar exclusividade e o meu preferido se afastou de mim... o meu Don Pietro, gostoso. Agora que consegui a confiança do Lyan, ficou perfeito para voltar à minha vida de antes, e ter até o Don como amante. O problema é que aquela coisinha insignificante pretende tirá-lo de mim, e não vou deixar. Hoje trouxe um dos meus amantes e vim disposta para irritar aquela idiota, mas perdi o controle e a joguei da escada, sem jamais esperar que o meu Don chegaria bem na hora e me pegaria no flagra. — Você vai pagar muito caro por isso! — ele disse com ódio nos olhos e sem aviso me deu um soco no rosto. Régis, o meu amante tentou ir pra cima dele, mas não sei de onde surgiu tantos seguranças, e simplesmente começaram a nos render. — Você não disse que não
CAPÍTULO 69 Don Pietro Kosta Furioso não seria a palavra ideal para me descrever, pois fiquei muito mais irritado que isso. Entreguei todos os podres da Soraia ao Lyan e deixei que ele mesmo acabasse com ela, que se foda os planos de usar a ajuda dela. A ambulância saiu antes que eu resolvesse a situação toda, e ainda dei uma boa indenização para a loja pelo ocorrido, então agora que peguei o meu carro e fui acelerado até o hospital mais próximo, porém percebi que não foi pra lá que levaram a Nanda, e estranhei. — Moça... procure por Fernanda Antero Kosta em todos os hospitais de Creta, será bem recompensada se encontrar! — disse para a atendente do hospital, e ela logo começou a fazer algumas ligações. — Senhor... — Diga. — Ela não deu entrada em nenhum hospital de Creta. — Como assim, e a ambulância que eu chamei? — parei mais perto da mesa com as duas mãos na cintura. — Olha, a única informação que eu tenho é que teve uma ambulância à uns quinze minutos que saiu da rota,
CAPÍTULO 70 Fernanda Antero Quando voltei a abrir os olhos, me deparei com a cena encantadora do Pietro todo torto numa poltrona que estava encostada na cama, e a sua cabeça apoiada sobre mim, enquanto ele dormia. Toquei levemente no seu cabelo e suspirei emocionada. — Você tinha razão... — ouvi uma voz baixinha de uma menina que conheço muito bem... — Rose! — ela se levantou de um sofá no canto do quarto e veio correndo me abraçar. — Eu nem havia percebido que estava ali no cantinho e estava acordada. — comentei baixinho para não acordar o meu grandão. — Eu estava cuidando de você, mas vi que o Don estava muito empenhado e não quis atrapalhar... acho que eu não saberia cuidar tão bem... — segurei na sua mão. — Aposto que saberia, sim! Mas, no que dizia que eu tenho razão, quando acordei? — ela olhou para o Don Pietro e depois pra mim. — Ele gosta de você! Eu o analisei a noite toda, e se ele não gostasse não cuidaria de você como cuidou. — olhou para a janela, e tive dúvida
CAPÍTULO 71 Fernanda Antero Quando fui buscar a caixa de primeiros socorros no escritório, percebi que havia um desenho de vestido de noiva na mesa do Pietro. Um modelo lindo, feito a mão e aprimorado algumas vezes, com um design pronto do vestido atual, e sorri satisfeita quando li num cantinho: vestido da Nanda. Me perdi em pensamentos por um momento, mas se ele não me contou é porquê seria alguma surpresa, então simplesmente fingi que não vi, e voltei para ajudá-lo com a mão queimada, muito satisfeita com o homem que tenho. Horas depois... — Os soldados nos informarão de tudo, sobre a Rose não é? — perguntei para o meu grandão, enquanto ele acariciava os meus cabelos, na rede da varanda. — Sim, pequena... fique tranquila quanto a isso, vamos saber de tudo. — deslizou os dedos suavemente sobre o meu rosto. — Sabe que as vezes tenho a impressão que te conheço de uma outra vida... — falei pra ele, o olhei nos olhos e r
CAPÍTULO 72 Rose Antero — Não estou te vendo, você não é o meu pai! — resmunguei com medo, me encostei mais no muro e ergui um pouco os pés. — Eu não morri, Rose! — tirou um óculos e reconheci os olhos, era mesmo o papai. O abracei forte com desespero, e ouvi um gemido. — Ai... — O que foi, papai? — Vamos, querida! Eu estou bem machucado ainda, e sinto dores. — Consegue andar? — Sim, mas vamos para outro lugar! Aqui não é seguro. — confirmei pra ele e fui andando ao seu lado, enquanto ele se apoiava na bengala. Papai ficava olhando para todos os lados, e do nada entramos numa portinha marrom que ficava numa rua ali perto. Não tinha portão, era só a porta direto na rua, e quando entrei era um corredor comprido. — Porquê está morando aqui, papai? — Um único amigo, me tirou de lá e me ajudou a se recuperar! Demorei para conseguir levantar, e só saí de casa porquê ele me falou da movimentação de hoje,
CAPÍTULO 73 Fernanda Antero Saímos apressados até Atenas. Pedi para a Pati que cuidasse do Cassino e olhasse as crianças que ainda não haviam sido levadas ao orfanato, pois eu mesma gostaria de ir lá, e ver as crianças que já residem no local. Quando chegamos na casa que cresci, não encontrei a Rose em lugar nenhum, então verifiquei que saiu pela porta dos fundos, haviam algumas marcas no muro que não é alto, e ela pulou com facilidade como da outra vez. Encostei na porta da cozinha, me lembrando de quantas coisas já vivi aqui, e percebi que recebi uma notificação no celular, era Rose. — “Nanda, eu estou bem. No final do dia vou te ligar para explicar tudo, pois os soldados devem ter me entregado para você e o Don, à essa altura!“ — O que ela está aprontando? — comentei com o Don, que fazia uma careta. — Podem ter pego ela, mas pela mensagem, acredito que não seja o caso... — Colocou rastreador no celular dela, também, né? — Sim,
CAPÍTULO 74 Maria Adélia (mãe da Fernanda e da Rose) Passei vários anos da minha vida com uma dor que parecia não ter fim... me enganaram, dizendo que a minha família toda, estava morta, depois de me raptarem em um acidente premeditado. E, agora eu fiquei sabendo que as minhas filhas não estão, mas infelizmente não pude ir com elas, pois o único que me ajudou e me tirou das mãos daquele homem asqueroso, está precisando de mim. Quando ouvi da Fernanda que a minha pequena Rose havia sumido, eu não aguentei, e viajei mesmo sozinha, para Creta. Cheguei já era de manhã, e a primeira que eu vi foi a Rose, estava no jardim, olhando para o céu, e como fui autorizada a entrar, corri ao encontro dela. — Rose! — a chamei ainda de longe, mas ela ficou me olhando sem muita reação. — Sou eu, a mamãe! — ela então, sorriu levemente e se levantou de onde estava para me abraçar. — Quase não te reconheci, mamãe... — ficou paradinha em mim, e as suas palavras
CAPÍTULO 75 Fernanda Antero — Eles estão demorando... — cochichei para o Pietro. — É normal, pequena... eles devem ter muito o que conversar. Eu no lugar do seu pai estaria furioso. Olhei para a Rose que também estava muito ansiosa puxando pedacinhos de grama sem parar. — Vá tomar um café, Rose... eles vão demorar. — me olhou por baixo. — Vou esperar, Nanda. Faz muito tempo que não temos a família reunida... — Rose... você sabe que as coisas estão um pouco complicadas, não sabe? — me sentei ao lado dela, e beijei o seu rosto a abraçando de lado. — A mamãe se casou de novo, eu sei... — Mais ou menos isso... — Olha, eu não queria assustar vocês, mas acho bom levar o seu pai até o hospital o quanto antes... você ouviu o que o médico disse, hoje bem cedo, né? Aquela perna precisa de cuidados, pode infeccionar. Mas, se ele pedir ficarei feliz em acabar com um ou outro para que ele fique livre com a sua mãe... — o Don