CAPÍTULO 72 Rose Antero — Não estou te vendo, você não é o meu pai! — resmunguei com medo, me encostei mais no muro e ergui um pouco os pés. — Eu não morri, Rose! — tirou um óculos e reconheci os olhos, era mesmo o papai. O abracei forte com desespero, e ouvi um gemido. — Ai... — O que foi, papai? — Vamos, querida! Eu estou bem machucado ainda, e sinto dores. — Consegue andar? — Sim, mas vamos para outro lugar! Aqui não é seguro. — confirmei pra ele e fui andando ao seu lado, enquanto ele se apoiava na bengala. Papai ficava olhando para todos os lados, e do nada entramos numa portinha marrom que ficava numa rua ali perto. Não tinha portão, era só a porta direto na rua, e quando entrei era um corredor comprido. — Porquê está morando aqui, papai? — Um único amigo, me tirou de lá e me ajudou a se recuperar! Demorei para conseguir levantar, e só saí de casa porquê ele me falou da movimentação de hoje,
CAPÍTULO 73 Fernanda Antero Saímos apressados até Atenas. Pedi para a Pati que cuidasse do Cassino e olhasse as crianças que ainda não haviam sido levadas ao orfanato, pois eu mesma gostaria de ir lá, e ver as crianças que já residem no local. Quando chegamos na casa que cresci, não encontrei a Rose em lugar nenhum, então verifiquei que saiu pela porta dos fundos, haviam algumas marcas no muro que não é alto, e ela pulou com facilidade como da outra vez. Encostei na porta da cozinha, me lembrando de quantas coisas já vivi aqui, e percebi que recebi uma notificação no celular, era Rose. — “Nanda, eu estou bem. No final do dia vou te ligar para explicar tudo, pois os soldados devem ter me entregado para você e o Don, à essa altura!“ — O que ela está aprontando? — comentei com o Don, que fazia uma careta. — Podem ter pego ela, mas pela mensagem, acredito que não seja o caso... — Colocou rastreador no celular dela, também, né? — Sim,
CAPÍTULO 74 Maria Adélia (mãe da Fernanda e da Rose) Passei vários anos da minha vida com uma dor que parecia não ter fim... me enganaram, dizendo que a minha família toda, estava morta, depois de me raptarem em um acidente premeditado. E, agora eu fiquei sabendo que as minhas filhas não estão, mas infelizmente não pude ir com elas, pois o único que me ajudou e me tirou das mãos daquele homem asqueroso, está precisando de mim. Quando ouvi da Fernanda que a minha pequena Rose havia sumido, eu não aguentei, e viajei mesmo sozinha, para Creta. Cheguei já era de manhã, e a primeira que eu vi foi a Rose, estava no jardim, olhando para o céu, e como fui autorizada a entrar, corri ao encontro dela. — Rose! — a chamei ainda de longe, mas ela ficou me olhando sem muita reação. — Sou eu, a mamãe! — ela então, sorriu levemente e se levantou de onde estava para me abraçar. — Quase não te reconheci, mamãe... — ficou paradinha em mim, e as suas palavras
CAPÍTULO 75 Fernanda Antero — Eles estão demorando... — cochichei para o Pietro. — É normal, pequena... eles devem ter muito o que conversar. Eu no lugar do seu pai estaria furioso. Olhei para a Rose que também estava muito ansiosa puxando pedacinhos de grama sem parar. — Vá tomar um café, Rose... eles vão demorar. — me olhou por baixo. — Vou esperar, Nanda. Faz muito tempo que não temos a família reunida... — Rose... você sabe que as coisas estão um pouco complicadas, não sabe? — me sentei ao lado dela, e beijei o seu rosto a abraçando de lado. — A mamãe se casou de novo, eu sei... — Mais ou menos isso... — Olha, eu não queria assustar vocês, mas acho bom levar o seu pai até o hospital o quanto antes... você ouviu o que o médico disse, hoje bem cedo, né? Aquela perna precisa de cuidados, pode infeccionar. Mas, se ele pedir ficarei feliz em acabar com um ou outro para que ele fique livre com a sua mãe... — o Don
CAPÍTULO 76 Maria Adélia Já era noite, quando vi que a Rose não dormia, nem assistindo filme naquela sala. — Filha, deixa a mamãe conversar um pouquinho com o seu pai? — ela estava deitada no meu colo, com as pernas no Roberto. — Não vão embora, né? — Ela estava preocupada com isso. — Não. Hoje a mamãe vai passar a noite aqui. — Tudo bem... — ela levantou e se ajeitou no sofá, novamente e a cobri com a manta novamente. Notei que o Roberto estava com dificuldades em levantar. — Está tudo bem? — perguntei. — Aumentou bastante a dor. — Deixa que eu te ajudo. — segurei na mão dele para que levantasse, mas estava suando frio. Coloquei a mão na sua testa, e parecia com febre. — Vou ligar para a Fernanda... — Não precisa. Vem comigo? — levantou com o meu apoio e fomos até o jardim, mas ele mancava bastante. Só o segui até lá fora para que a Rose não ouvisse. — Quando pensa em ir ver essa perna, no médico?
CAPÍTULO 77 Fernanda Antero — Tem certeza que o Santiago está resolvendo a questão da Pati? — perguntei ao Don, quando nós saímos do quarto em que o meu pai estava. — Sim, o Roney está ajudando! Se consegue dar conta aqui, vou sair para resolver a situação da Soraia, preciso encontrá-la e dar um fim nisso, pois não quero ter nenhuma outra surpresinha! — encostou na parede, e me apoiei levemente, nele. — Claro, querido! A Rose também ficará aqui, parece que todos já estão acostumados com ela... — sorri levemente. — Ok, pequena. Se precisar me liga, estarei observando o celular. — ele disse me beijando, e retribuí. Voltei para o quarto e o papai não estava nada bem. Vão precisar fazer alguns procedimentos de raspagem e está com muita febre, e a Rose com um semblante apavorado me olhando. — Nanda... a mamãe não ligou quando chegou. — Rose comentou. — Provavelmente ela ligue, amanhã! Não se preocupe, criança. — Eu não sei
CAPÍTULO 78 Don Pietro Kosta Eu mesmo desenhei o modelo do vestido de noiva que a Nanda vai usar. Fiz vários desenhos, até chegar no que eu queria, e ela só vai ver quando estiver pronto, quero uma festa à altura dela, que é perfeita demais para receber menos que isso. Então assim que saí do hospital, passei no ateliê para mandar fazer, e contratei um cerimonialista para cuidar do restante. Não tenho gostado de nada de como as coisas tem acontecido. Tive a impressão que o chefe tinha más intenções quando me chamou, então vim melhor preparado e trouxe vários dos meus homens para executar a missão. A minha equipe descobriu muitas coisas, entre elas que é mesmo o Beto e aquele general de merda que estão ajudando a Soraia, inclusive desconfio dos motivos que me trouxeram aqui, então estou em alerta. Em alguns momentos notei homens me seguindo e me observando, mas ninguém ousou se aproximar, e me assustei quando o Santiago ligou dizendo que a Sorai
CAPÍTULO 79 Fernanda Antero Ainda no carro fico olhando para a minha barriga, e imaginando se realmente tem um bebê ali. Como pode ser tão pequeno? Eu ainda não vejo nada, mas agora que a médica contou sobre ele, percebi tantos sentimentos novos em mim, que mal posso me conter. Pietro trouxe uma enfermeira no carro para cuidar do meu pai, e veio correndo abrir a porta quando chegamos. Estranhei quando entrei na sala e haviam tantas pessoas lá, todos um do lado do outro. — Quem são eles? — cochichei para o Pietro. — Querida, contratei dois nutricionistas diferentes para termos uma melhor adaptação e melhorias à sua saúde, já que a médica nem explicou muito sobre isso. — Mas, dois? Eu poderia ir até o hospital... — ele me abraçou e me beijou. — Você não precisa se preocupar com essas coisas, vou cuidar de tudo pra você! Olha, contratei uma cozinheira extra, assim não lhe faltará nada, agora precisa se alimentar melhor. També