XX

(1978)

“Há esperança...”, disse-lhes o psiquiatra, o último de uma lista com doze nomes. Chegaram a se questionar se aquele sujeito sentado ali era de fato um psiquiatra ou algum pregador de autoajuda. “Há esperança” não é o tipo de frase que se aprende nos livros de Psicologia, pensou Nestor Tenner enquanto observava o médico. Ao seu lado, arrumada de modo a parecer “impecavelmente distinta, Nestor!”, a senhora Tenner torcia a alça da bolsa repetidas vezes. Podiam até não admitir, mas queriam aquela esperança.

Ao menos, uma gota dela.

O pequeno Clint chegara muito cedo. “Cedo demais”, eles confessariam anos mais tarde). Isa tinha apenas 15 anos, Nestor, 17. Não estavam preparados. Em tese, com essa idade, ninguém estaria. Para piorar, o jovem casal tinha alguns diferenciais: viviam em um

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