ERICFui ao banheiro e deixei a água cair sobre a minha cabeça, Fiquei pensando que mesmo eu sendo padrinho de Helena, eu nunca fiquei sabendo da história de vida da Diana, afinal, a amiga dela era Thaís, eu só aparecia de vez em quando e ela nunca teve abertura suficiente para se abrir comigo.Quando já estava deitado, acabei enviando uma mensagem para Diana. Eu sei que ela disse que precisava se sentir preparada para me contar, mas eu precisava que Diana me confirmasse a história que minha irmã tinha me contado, caso contrário continuaria achando que podia ser uma invenção de Thaís.Antes que eu conseguisse pegar no sono, meu celular vibrou ao meu lado, olhei a barra notificações e era Renata. O que ela ainda queria comigo? Depois de tudo o que falei para ela no restaurante.“Você pode ter desistido de mim, mas eu não vou desistir de você porque sei que em algum momento você vai acabar parando na minha cama.”Renata estava pior que cachorro que caiu da mudança. Se bem que eu não pod
DIANA Quando o dia amanheceu, eu me sentia bem melhor e descansada, olhei o celular e havia uma mensagem de Eric. Meu coração quase parou. Pisquei e esfreguei os olhos para ver se era aquilo mesmo que eu estava vendo. Abri rapidamente e comecei a ler: “Bom dia, Di! Espero que me responda assim que vir essa mensagem. Não precisa ficar preocupada, pois não é nada muito importante. OBS: Adorei nossa tarde ontem.” Antes que eu pudesse responder a mensagem, Helena começou a resmungar, desliguei a babá eletrônica e me levantei. Assim que entrei, apaguei o abajur e abri as cortinas, Helena ficou de pé e segurava na grade do berço. — Bom dia, minha bonequinha! — Peguei-a e beijei sua bochecha. — Mã mã mã! — Bateu as mãozinhas. Com Helena no colo, voltei ao meu quarto e peguei meu celular em cima da cama, depois fui para a cozinha, coloquei-a no cadeirão e fui esquentar o leite. Estávamos deitadas no sofá, Helena estava com a cabeça em uma almofada e assitindo um desenho infantil. Pegue
ERIC Deixei Helena junto aos brinquedos e comecei a ajudar. Diana pôs dois lugares à mesa enquanto fui à cozinha pegar as travessas com o arroz cremoso e a quiche já desenformada. Diana colocou Helena sentada no cadeirão e em seguida nos sentamos. Servi um pouco de vinho em duas taças e lhe entreguei uma. Ela serviu um pouco de cada coisa em nossos pratos e antes de comer, dei uma olhada em sua direção. — Tudo parece estar delicioso! — São receitas da avó... As minhas duas comidas prediletas... Levei um pedaço da quiche à boca e fechei os olhos. Uma explosão de sabores e crocância numa única garfada. — E então, gostou? — Ela perguntou, mas dava para perceber a ansiedade em seus olhos. — Isso está divino, Diana! Suas bochechas coraram, afinal, eu nunca tinha provado um prato feito por ela. Talvez ela tivesse um pouco de medo por não me agradar devido ao fato de ser dono de restaurante. — É o tipo de comida que nos leva de volta ao passado, nas férias de verão passadas na casa
DIANA Eu fui pega de surpresa quando Eric me beijou. Realmente não imaginei que ele fosse fazer aquilo. Por um lado eu gostei, ele beija tão bem, mas eu também sabia que não devia ter qualquer tipo de envolvimento amoroso com Eric. Sempre achei Eric um homem muito bonito e atraente, mas Thaís sempre deixou claro que ele era um galinha e por isso não valia a pena tentar ter nada com ele. Por muito tempo tentei fingir indiferença quanto a presença dele. A verdade era que, por um tempo, até consegui fingir, mas ultimamente estava ficando bem difícil. Eu não queria ser só mais uma conquista na interminável lista de mulheres de Eric. — Desculpa, Diana! Eu não devia ter feito isso. — Ele falou enquanto se afastava. — Sei que é errado e... — Eric! — Sim? — Não precisa pedir desculpa... Eu gostei. Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa e antes que eu me arrependesse, foi a minha vez de unir nossos lábios. Helena resmungou no meu colo e então me afastei e falei que ia colocá-la
ERIC Quando entrei em casa com um baita sorriso estampado no rosto, percebi que Thaís estava sentada no sofá da sala e distraída mexendo no celular. Achei que ela me ignoraria depois da cena que fiz com o namoradinho dela, mas para minha surpresa, ela virou em minha direção e perguntou: — Onde você estava e por que esse sorriso grande no seu rosto? — Estava almoçando na casa da Diana. Por quê? Minha querida irmã se levantou do sofá num pulo e agarrando meu braço, praticamente me arrastou para o sofá. — Para que isso tudo, Thaís? — Você e a Diana almoçando juntos? Pode ir me contando tudo. — Não tenho nada a contar. — E por que nem pensaram em me chamar? — Foi só um almoço de negócios. — Negócios? Eu sei o tipo de negócios que um homem e uma mulher fazem. — Não aconteceu nada do que essa sua mente suja está pensando. — Você não me engana, irmãozinho. — Então por que não vai lá e pergunta para sua amiga? — É exatamente o que eu vou fazer — disse ela se levantando do sofá.
DIANA Como era de se esperar, não consegui ninguém que pudesse ficar com Helena de última hora e quando enviei a mensagem para Eric, sentia como se etivesse jogando um balde de água gelada nos planos dele, seja lá quais forem. A minha filha está sempre em primeiro lugar e se ele quer uma, vai ter que levar as duas. Poucos segundos depois, meu celular vibrou e rapidamente olhei a tela: “Melhor ainda! Quero o pacote completo!” Não pude deixar de sorrir ao ler a mensagem. Ele estava mesmo disposto a me conquistar. “Que horas será o jantar?” “Às 20h.” “Ótimo! Estaremos aí!” Olhei o relógio e vi que ainda eram cinco horas, mas aproveitei que Helena estava dormindo e decidi tomar um banho e lavar o cabelo, pois ele teria tempo suficiente para secar natural e não ficar igual uma juba de leão. Decidi usar um vestido tubinho preto básico, que chegavam na altura do meu joelho, e um par de scarpins vermelhos, os cabelos soltos e de lado. Passei uma maquiagem bem leve, mas com um pouco d
ERIC Estar com Diana era tudo o que eu mais queria e ouvir ela dizer que me amava, me deu a certeza de que eu estava no caminho certo. Com ela, eu podia imaginar nós dois criando Helena como uma família, eu queria poder acordar todos os dias ao lado dela. Estávamos num clima tão bom até ouvir uma voz feminina e estridente gritar atrás de nós: — Que merda é essa que está acontecendo aqui? Não precisava olhar para saber que era Renata, mas, ainda sim, abri os olhos para me certificar. — O que você está fazendo aqui? — Como assim, o que estou fazendo aqui? — Foi você que me enviou mensagem dizendo que era para nos encontrarmos aqui — Não! Eu não enviei nada! — Vai bancar o esquecido na frente da sua nova peguete, Eric? — Eu não enviei mensagem nenhuma para você. — Eu tenho como provar. Renata tirou o celular da bolsa e me mostrou a mensagem enviada do meu telefone. Diana tinha lágrimas escorrendo pelo rosto. Droga! Agora que ela tinha admitido que me amava, tudo estava dando
DIANA Depois de confessar a Eric que eu estava, realmente, começando a me apaixonar por ele, eu esperava que acontecesse algo mais romântico e não o que realmente aconteceu. Ver aquela mulher entrar gritando e exigindo saber o que estava acontecendo, me deixou confusa. Eu não sabia quem ela era, mas ouvi-la falar que Eric havia lhe enviado uma mensagem, fez com que os ciúmes surgissem e as borboletas em meu estômago pareceram morrer. Eu queria acreditar que Eric não tinha enviado aquela mensagem, mas quando aquela mulher mostrou a mensagem na tela do celular, eu não tive dúvidas de que estava, apenas, sendo usada. Como eu podia ser tão burra? Era óbvio que Eric jamais sentiu alguma coisa por mim e tudo o que ele fez foi apenas entrar no personagem para ver como eu reagiria. Aquelas palavras carinhosas que tinha falado, era tudo uma farsa. Não suportando tal ideia, saí empurrando o carrinho de Helena as pressas do restaurante. Eu não queria mais ficar ali por mais nem um segundo s