ERIC Antes de embarcarmos no voo de volta para casa, eu ainda precisava resolver mais um assunto: a mãe de Diana. Por isso, decidi que passaríamos na casa dos pais dela. Primeiro eu precisava de um pretexto para ver se o pai dela estava bem e em segundo lugar, eu precisava ficar a sós com ele para terminarmos de resolver certos assuntos que tínhamos começado. Quando estacionei o carro em frente a casa, notei que era uma casa cinza com janelas brancas e a porta vermelha. A casa era de dois andares, cinza com janelas brancas e uma porta vermelha na entrada. Com um gramado bem cortado, flores coloridas plantadas na entrada. Não parecia em nada que o verdadeiro diabo morava ali dentro. — Tem certeza de que você vai querer entrar? — Sim — notei que ela ficou tensa no banco ao meu lado. — Quero conhecer a casa onde você cresceu, querendo ou não, faz parte da sua história. — Não estou a fim de olhar a cara da minha mãe. Eu sabia e entendia os motivos dela para não querer estar ali, mas
DIANA Depois que aceitei a ajuda de Eric, peguei Helena no colo e voltamos para a sala de estar. Meu pai já estava sentado em uma das poltronas, estava um pouco tenso, afinal não era nada fácil descobrir que sua esposa não era flor que se cheire. Já minha mãe estava sentada na extremidade do sofá próximo ao marido, havia retirado o avental e afofava os cabelos. — Que bom que chegaram, quero resolver isso logo. Eu, claramente, não estava entendendo nada e tive uma baita surpresa quando o meu pai expos a minha mãe. Eric sugeriu que eu se sentasse e pegou Helena do meu colo antes que meu pai começasse a falar. — Recentemente, alguém me deixou com uma pulga atrás da orelha sobre o que aconteceu com você, minha filha, e por isso decidi investigar as coisas por conta própria. — Do que está falando, Oswaldo? — Os olhos de Heloísa se arregalaram e percebi quando ela endireitou a postura. — Você sabe perfeitamente do que estou falando e, é por isso que, você vai pedir desculpas a Diana.
ERIC Depois que Diana aceitou minha ajuda, ajudei-a ficar de pé, ela pegou Helena no colo e voltamos para a sala de estar. Seu Oswaldo já estava sentado em uma das poltronas, estava um pouco tenso, afinal não era nada fácil descobrir que sua esposa não era flor que se cheire. Já Heloísa estava sentada na extremidade do sofá próximo ao marido, havia retirado o avental e afofava os cabelos. — Que bom que chegaram, quero resolver isso logo. Diana, claramente, não estava entendendo nada e teria uma baita surpresa quando o pai expusesse a mãe, não sabia se ela aguentaria ouvir tudo, por isso sugeri que ela se sentasse e por precaução, peguei Helena para o meu colo antes que Oswaldo começasse a falar. — Recentemente, alguém me deixou com uma pulga atrás da orelha sobre o que aconteceu com você, minha filha, e por isso decidi investigar as coisas por conta própria. — Do que está falando, Oswaldo? — Os olhos de Heloísa se arregalaram e percebi quando ela endireitou a postura. — Você sab
DIANA Depois de ser confortada por Eric, sequei as lágrimas com o dorso da mão e me pus de pé. Quando entrei em casa, encontrei meu pai sentado no chão da sala, quase não acreditei que na televisão estava passando galinha pintadinha. — Pai — chamei-o e ele rapidamente olhou para trás. — Será que podemos conversar? — Claro, minha filha. Sente-se aqui conosco. Me aproximei e sentei do outro lado de uma Helena dançante. — Eu sinto muito por você ter descoberto as coisas dessa maneira, eu nunca te contei nada porque eu tinha medo de que ela te colocasse contra mim. — Sou eu que tenho que te pedir desculpas, eu achava que você tinha ido embora só por causa daquele idiota, nunca imaginei que sua mãe tivesse algo haver com isso. — Eu tenho que te contar mais uma coisa, mas promete que não vai ficar chateado comigo? — Claro que não! — Eu e Eric... — exitei em contar a verdade. — Nós não somos casados e ele não é o pai de Helena. — Mas por que você mentiu para todo mundo? — Porque f
ERIC Depois de Diana, praticamente, me arrastar para a sala para conversar com o pai dela e ter me contado que tinha falado toda a verdade para ele, fiquei nervoso por entrar lá. Não sabia como o pai dela reagiria, se ia querer me esfolar vivo ou se ia ficar tranquilo. — Acho bom mesmo porque ainda tenho muito para viver. — Larga de ser bobo. Logo que entramos na sala de estar, vi seu Oswaldo sentado com a neta, Diana sentou-se ao lado da filha e eu, cautelosamente, sentei-me na extremidade do sofá que ficava mais afastado do pai dela, só por segurança. — Então, Eric... — Ele começou a falar, mas sem tirar os olhos da neta. — Diana me contou toda a verdade. — Peço desculpas por mentir para o senhor, mas a decisão de contar a verdade era toda dela. — Não precisa pedir desculpas, filho. Diana me contou que, na verdade, vocês não são casados, mas que estão... Como é que se diz mesmo? Ah, lembrei, estão se pegando. — É isso mesmo. — Não vou fazer objeções quanto a pegação de você
DIANAQuando desembarcamos, encontramos Thaís nos esperando atrás das fitas que separam a área de desembarque. Assim que nos viu, ela saiu correndo em nossa direção, sem se importar se estava infringindo alguma norma do aeroporto, e me deu um abraço apertado.— Que bom que vocês voltaram, já estava achando que ficariam por lá de vez.— Nem sonhando que volto a morar naquela cidade, amiga.— Já estava até calculando quanto teria que gastar para ir atrás de vocês três.— Olha o drama, irmãzinha. — Eric bagunçou os cabelos dela. — Acha mesmo que deixaria você se livrar de mim assim tão fácil?— Vocês dois podem parar? — reclamei. — Eu só quero chegar em casa.Thaís pegou Helena do colo do irmão e saiu pulando, fazendo minha pequena dar gargalhadas. Quando chegamos ao estacionamento, Thaís jogou as chaves do carro para o irmão e preferiu ir no banco de trás, segundo ela, matando a saudade da afilhada.Durante todo o caminho até o nosso prédio, Thaís quis saber tudo o que tinha acontecido,
ERICNo caminho do aeroporto de volta para casa, a tagarela da minha irmã não parou de falar um minuto sequer, ela quis saber de tudo que tínhamos feito enquanto estivemos na cidade natal de Diana.Estava reticente em contar, mas para minha sorte, Diana parecia lidar muito bem com a louquinha da minha irmã e rapidinho tratou de fazer ela mudar de assunto.Uma coisa que Thaís contou me deixou preocupado. Oliver. Achei que tivesse me livrado dele e pensei que não o veria nem tão cedo, mas parece que ele resolveu mostrar que eu estava errado.— Ah meu Deus. Não vá me dizer que ele reapareceu e tentou te ameaçar?— Não. Não é nada disso.— O que você está me escondendo, Thaís?— Ele apareceu acompanhado daquela piranha da sua ex, os seguranças barraram a entrada deles e ele acabou fazendo o maior escândalo, o que, obviamente acabou atraindo a atenção de alguns paparazzis.— Atenção negativa. Isso é fácil de reverter.Se a única coisa que ele fez foi atrair atenção negativa, não consigo ne
DIANAQuando chegamos no meu apartamento, destranquei a porta e Eric me ajudou a carregar as malas até o meu quarto. Aproveitei e me joguei na cama, como era bom estar de volta na minha casa e poder deitar na minha cama. Meus poucos segundos de sossego acabaram quando Thaís entrou com Helena e me encontrou no quarto.— Amiga, vou precisar a sua ajuda.— Ajuda para que?— O Gustavo finalmente me pediu em namoro.— E você aceitou, né?— Aceitei, mas tô com medo de contar para o Eric porque não sei como meu irmão vai reagir.— Eu acho que ele vai aceitar de boas.— Será?— Com certeza. Até porque o Gustavo já ajudou ele várias vezes.Antes que Thaís pudesse falar mais alguma coisa, Eric apareceu na porta do quarto e, com as mãos dentro dos bolsos, ficou apoiado na soleira da porta.— Sobre o que vocês estão conversando?Olhei para Thaís e chamei-o para sentar-se com a gente, sem pensar duas vezes, ele se jogou ao meu lado na cama. Fez cócegas na barriguinha de Helena, que estava sentada