Na manhã seguinte, o aroma do café fresco se espalhava pela mansão enquanto Samara terminava de colocar a mesa para o café da manhã. A luz do sol entrava suavemente pelas janelas, iluminando o ambiente de forma acolhedora.Leonardo entrou na cozinha, ainda descalço, vestindo apenas a calça de moletom, com os cabelos levemente bagunçados. Ele se aproximou de Samara por trás, envolvendo-a em um abraço quente e pousando um beijo suave em sua nuca.— Bom dia, minha esposa linda — murmurou contra sua pele, sua voz rouca do sono.Samara sorriu, inclinando a cabeça para o lado para aproveitar o carinho.— Bom dia, meu amor. Dê bom dia para o papai, bebê — disse, passando a mão sobre a barriga que já começava a se destacar.Antes que Leonardo pudesse responder, vozes animadas ecoaram pela casa. Fernando e Fellipo entraram na cozinha como se estivessem em sua própria casa, o que, de certa forma, já era verdade pois Samara não abria mão deles em casa .— Cheiro de café e de um Don apaixonado no
Assim que terminaram o café da manhã, Samara pigarreou levemente para chamar a atenção dos três homens.— Antes de vocês sumirem para os assuntos da máfia, quero apresentar alguém.Leonardo arqueou a sobrancelha, curioso, enquanto Fernando e Fellipo se entreolharam. Samara sorriu e fez um gesto para que a jovem que esperava na porta da cozinha entrasse.A garota, de cabelos castanhos presos em um coque baixo e uma roupa social impecável, entrou com postura firme, mas os olhos demonstravam um misto de respeito e nervosismo.— Esta é Cecília — anunciou Samara. — A partir de hoje, ela será minha assistente pessoal e espero que nós tornemos mais que isso.Leonardo recostou-se na cadeira, observando a moça com atenção. Não era qualquer um que poderia ficar tão próximo de sua esposa, ainda mais agora que ela carregava seu filho. Mas antes que ele questionasse qualquer coisa, Fernando interveio.— Eu fiz uma checagem completa — garantiu o comandante. — Cecília é filha de Pietro Romano, um do
Samara e Cecília passaram o dia conversando e se conhecendo melhor. A cada nova história trocada, a conexão entre elas se fortalecia, e Samara tinha certeza de que havia feito a escolha certa ao trazer a jovem para perto de si.No final da tarde, enquanto tomavam um chá na varanda da mansão, Cecília abaixou a cabeça e respirou fundo antes de revelar algo que a machucava profundamente.— Samara… tem algo que preciso te contar sobre meu pai.Samara segurou sua xícara, atenta, percebendo o tom mais sério na voz da amiga e colocou sua mão no ventre.— Diga, Cecília. Pode confiar em mim.A jovem apertou as mãos no colo, tentando conter a emoção.— Ele tem Alzheimer. Descobrimos há pouco mais de um ano… No começo, eram esquecimentos bobos, coisas pequenas, mas agora… agora tem dias que ele não lembra nem quem eu sou.Os olhos de Samara marejaram, sentindo o peso daquela dor.— Oh, Cecília…Cecília forçou um sorriso trêmulo, mas logo as lágrimas começaram a escorrer por seu rosto.— A maior
Cecília tentava conter as lágrimas, mas a emoção era forte demais. Ela nunca imaginou que receberia tanto apoio assim. Desde que seu pai foi diagnosticado, carregava essa dor sozinha, tentando ser forte. Mas agora, olhando para Samara e os três homens poderosos à sua frente, sentiu-se acolhida como nunca antes.Leonardo apertou levemente a cintura de Samara, olhando-a nos olhos como se quisesse entender se ela estava bem. Ela sorriu para ele de forma e deu-lhe um beijo para tranquiliza-lo antes de voltar a atenção para Cecília.— Você não está sozinha nessa, amiga. Vamos dar um jeito de ajudar seu pai.Fernando se aproximou e disse em um tom prático:— Eu conheço um especialista muito bom que cuida de casos como o do seu pai. Vou providenciar tudo para que ele seja atendido o mais rápido possível.Os olhos de Cecília brilharam com gratidão.— Eu… eu não sei como agradecer…Fellipo deu de ombros e abriu um sorriso brincalhão.— Se quiser agradecer, pode fazer aquele tiramisù maravilho
Cecília era o tipo de pessoa que iluminava o ambiente sem nem perceber. Meiga, divertida e inteligente, ela tinha uma doçura natural, mas também um jeito forte, moldado pelas dificuldades que enfrentava. O amor pelo pai doente a fazia amadurecer um pouco mais a cada dia, mas ela nunca perdia o brilho nos olhos, especialmente quando estava cercada por duas de suas paixões: os livros de romance e seu fiel companheiro de quatro patas.Sempre que tinha um tempo livre, Cecília se refugiava nas páginas de seus romances favoritos. Gostava das histórias intensas, daquelas que arrancavam suspiros e faziam o coração acelerar. E quando não estava perdida nos livros, era com Thor, seu enorme rottweiler, que ela passava os dias.Apesar da aparência intimidadora, com seu porte robusto e olhar sério, Thor era um verdadeiro amor. Cecília costumava brincar que ele tinha "coração de filhote", pois bastava um carinho para ele deitar de barriga para cima, pedindo mais.— Seu brucutu mimado — ela dizia, r
Samara está se preparando para mais uma consulta de pré-natal e percebe que sua escolta já está pronta para acompanhá-la. Como de costume, Leonardo, Fellipo e Fernando estarão no consultório para fazer inúmeras perguntas à médica, algo que já se tornou uma tradição divertida. Cecilia, que presenciou essa cena uma vez, brincou que a médica é uma santa por lidar com tantos questionamentos, o que arrancou risadas de Samara. Hoje, a situação promete se repetir, garantindo mais um momento leve e divertido.Samara estava na sala, terminando de ajeitar os últimos detalhes da roupa, enquanto se olhava no espelho. A barriga começava a ganhar forma e parecia que ia ter um barrigão, e ela não conseguia evitar o sorriso ao deslizar a mão suavemente sobre ela. Era um misto de emoção e ansiedade, típico dos dias de consulta.Quando saiu, percebeu que sua escolta já estava pronta, como sempre, impecáveis e atentos. Ela suspirou, já acostumada com aquele nível de proteção, mas ainda achava engraçado
Leonardo entrelaçou os dedos nos dela e, juntos, seguiram para mais um momento que, com certeza, seria marcado por amor, proteção exagerada e, claro, muitas perguntas futuras gargalhadas na hora do jantar.No caminho até o carro, Samara sentiu a mão de Leonardo segurando a sua com firmeza, como se quisesse ter certeza de que ela estava ali, segura ao seu lado. Ele abriu a porta para ela, ajudando-a a entrar com um cuidado que a fazia sorrir.— Você ainda vai me tratar como se eu fosse feita de vidro até o final da gravidez? — ela brincou, ajeitando-se no banco.Leonardo entrou no carro e lançou-lhe um olhar divertido, mas ao mesmo tempo sério.— Vou tratar você como a mulher o amor da minha vida e que carrega o meu bem mais precioso. E se isso significa te proteger até do vento, então eu vou fazer.Samara revirou os olhos, mas não conseguiu conter o sorriso. Amava esse lado possessivo e protetor dele, ainda que, às vezes, fosse exagerado.O carro partiu escoltado por outros quatros v
Após a consulta, ainda emocionados por ouvirem o coração do bebê, Fellipo bateu palmas animado.— Agora vamos para a segunda parte do dia!Samara o olhou com curiosidade.— Segunda parte?Fernando sorriu e jogou o braço sobre os ombros dela.— Você acha que a gente ia perder a chance de mimar esse bebê? Já escolhemos uma loja para encomendar os móveis do quartinho, e adivinha? É presente nosso o primeiro de muitos.Ela arregalou os olhos, surpresa.— Espera, vocês querem dar os móveis do bebê?— E você achou que não? — Fellipo fingiu indignação. — Nós somos os tios preferidos, temos que deixar nossa marca.Samara riu e olhou para Leonardo, que observava tudo com um meio sorriso.— Você sabia disso amor?Ele apenas deu de ombros.— Eles insistiram. E eu não vou negar nada que faça você e o bebê felizes.Samara sentiu o coração derreter e abraçou Fellipo e Fernando ao mesmo tempo.— Vocês são os melhores!— Isso nós já sabíamos — Fernando brincou. — Agora vamos antes que você tenha outr