Cecília era o tipo de pessoa que iluminava o ambiente sem nem perceber. Meiga, divertida e inteligente, ela tinha uma doçura natural, mas também um jeito forte, moldado pelas dificuldades que enfrentava. O amor pelo pai doente a fazia amadurecer um pouco mais a cada dia, mas ela nunca perdia o brilho nos olhos, especialmente quando estava cercada por duas de suas paixões: os livros de romance e seu fiel companheiro de quatro patas.Sempre que tinha um tempo livre, Cecília se refugiava nas páginas de seus romances favoritos. Gostava das histórias intensas, daquelas que arrancavam suspiros e faziam o coração acelerar. E quando não estava perdida nos livros, era com Thor, seu enorme rottweiler, que ela passava os dias.Apesar da aparência intimidadora, com seu porte robusto e olhar sério, Thor era um verdadeiro amor. Cecília costumava brincar que ele tinha "coração de filhote", pois bastava um carinho para ele deitar de barriga para cima, pedindo mais.— Seu brucutu mimado — ela dizia, r
Samara está se preparando para mais uma consulta de pré-natal e percebe que sua escolta já está pronta para acompanhá-la. Como de costume, Leonardo, Fellipo e Fernando estarão no consultório para fazer inúmeras perguntas à médica, algo que já se tornou uma tradição divertida. Cecilia, que presenciou essa cena uma vez, brincou que a médica é uma santa por lidar com tantos questionamentos, o que arrancou risadas de Samara. Hoje, a situação promete se repetir, garantindo mais um momento leve e divertido.Samara estava na sala, terminando de ajeitar os últimos detalhes da roupa, enquanto se olhava no espelho. A barriga começava a ganhar forma e parecia que ia ter um barrigão, e ela não conseguia evitar o sorriso ao deslizar a mão suavemente sobre ela. Era um misto de emoção e ansiedade, típico dos dias de consulta.Quando saiu, percebeu que sua escolta já estava pronta, como sempre, impecáveis e atentos. Ela suspirou, já acostumada com aquele nível de proteção, mas ainda achava engraçado
Leonardo entrelaçou os dedos nos dela e, juntos, seguiram para mais um momento que, com certeza, seria marcado por amor, proteção exagerada e, claro, muitas perguntas futuras gargalhadas na hora do jantar.No caminho até o carro, Samara sentiu a mão de Leonardo segurando a sua com firmeza, como se quisesse ter certeza de que ela estava ali, segura ao seu lado. Ele abriu a porta para ela, ajudando-a a entrar com um cuidado que a fazia sorrir.— Você ainda vai me tratar como se eu fosse feita de vidro até o final da gravidez? — ela brincou, ajeitando-se no banco.Leonardo entrou no carro e lançou-lhe um olhar divertido, mas ao mesmo tempo sério.— Vou tratar você como a mulher o amor da minha vida e que carrega o meu bem mais precioso. E se isso significa te proteger até do vento, então eu vou fazer.Samara revirou os olhos, mas não conseguiu conter o sorriso. Amava esse lado possessivo e protetor dele, ainda que, às vezes, fosse exagerado.O carro partiu escoltado por outros quatros v
Após a consulta, ainda emocionados por ouvirem o coração do bebê, Fellipo bateu palmas animado.— Agora vamos para a segunda parte do dia!Samara o olhou com curiosidade.— Segunda parte?Fernando sorriu e jogou o braço sobre os ombros dela.— Você acha que a gente ia perder a chance de mimar esse bebê? Já escolhemos uma loja para encomendar os móveis do quartinho, e adivinha? É presente nosso o primeiro de muitos.Ela arregalou os olhos, surpresa.— Espera, vocês querem dar os móveis do bebê?— E você achou que não? — Fellipo fingiu indignação. — Nós somos os tios preferidos, temos que deixar nossa marca.Samara riu e olhou para Leonardo, que observava tudo com um meio sorriso.— Você sabia disso amor?Ele apenas deu de ombros.— Eles insistiram. E eu não vou negar nada que faça você e o bebê felizes.Samara sentiu o coração derreter e abraçou Fellipo e Fernando ao mesmo tempo.— Vocês são os melhores!— Isso nós já sabíamos — Fernando brincou. — Agora vamos antes que você tenha outr
Depois de um almoço animado e cheio de brincadeiras, o grupo seguiu para o estacionamento. Samara caminhava ao lado de Leonardo, sentindo a mão firme dele na sua cintura, enquanto Fellipo e Fernando seguiam atrás, ainda discutindo sobre o melhor prato que tinham comido.Assim que chegaram ao carro, Leonardo abriu a porta para Samara entrar, mas antes que ela o fizesse, ele segurou sua mão, chamando sua atenção.— Amor, em dois dias teremos um evento importante — ele disse, com aquele tom sério e firme que sempre usava quando falava de assuntos da máfia. — Um baile em minha homenagem, para reforçar alianças e mostrar que estamos mais fortes do que nunca.Os olhos de Samara brilharam.— Um baile? Tipo aqueles bem formais, com vestidos longos e tudo?Ele assentiu, com um sorriso discreto.— Exatamente.Ela sorriu, empolgada, já imaginando o tipo de vestido que usaria. Então, algo lhe ocorreu.— Posso levar Cecília?Antes que Leonardo pudesse responder, Fellipo se manifestou imediatamente
Assim que chegaram à mansão, Leonardo segurou o rosto de Samara e depositou um beijo carinhoso em sua testa.— Vou para o escritório resolver algumas coisas. Só volto para o jantar, então se precisar de algo, me ligue.Ela sorriu, segurando a mão dele por um momento antes de soltá-lo.— Certo. Mas não exagere no trabalho, Don.Ele riu baixo, balançando a cabeça antes de se afastar. Samara observou o carro sumir pelo portão e, assim que entrou na casa, soube exatamente o que queria fazer: contar as novidades para Cecília.Percorreu os corredores até a ala dos empregados e logo avistou a amiga no jardim lateral, coordenando algumas tarefas. Cecília estava com as mãos na cintura, observando dois funcionários ajeitarem um arranjo de flores na entrada. Assim que viu Samara, abriu um sorriso caloroso.— Finalmente voltou! — disse, indo até ela. — Como foi a consulta? Está tudo bem com o bebê e com você ?— Sim! Está tudo ótimo. — Samara segurou a mão dela, animada. — E tenho várias novidad
No escritório, Leonardo estava imerso nas tarefas do dia a dia, com Fellipo e Fernando ao seu lado, discutindo assuntos de grande importância para a máfia. As pilhas de papéis sobre a mesa eram provas de que o trabalho nunca cessava, e o ambiente estava carregado de tensão, como sempre quando se tratava de negócios.— Precisamos garantir que o chefe da máfia dos Estados Unidos seja recebido com toda a pompa que ele merece — Leonardo disse, analisando alguns documentos com atenção. — Ele e a esposa estarão no baile, e temos que garantir que tudo esteja impecável pois quero essa aliança por muito anos ainda.Fellipo, que estava em pé ao lado da mesa, ficou visivelmente tenso ao ouvir o nome do chefe americano.— Claro, Don Leonardo. A segurança precisa ser redobrada. O senhor sabe que as ameaças aumentaram desde que as nossas alianças se expandiram. Não podemos correr riscos.Fernando, sempre calmo e pragmático, cruzou os braços e olhou para Leonardo com seriedade.— Já tratei da segura
Na manhã seguinte, o café da manhã estava servido na grande mesa da mansão, e todos estavam reunidos. O cheiro de café fresco e pães recém-saídos do forno se misturava ao som tranquilo da porcelana tilintando enquanto Samara, Leonardo, Fellipo, Fernando e Cecília aproveitavam a refeição.Samara, ainda um pouco sonolenta, passava manteiga em uma fatia de pão enquanto observava a interação ao seu redor. Foi então que um dos empregados entrou e se dirigiu a Cecília.— Senhora Cecília, os responsáveis pela entrega dos móveis acabaram de chegar.Cecília assentiu, limpando delicadamente a boca com um guardanapo.— Com licença, vou verificar.Samara não pôde deixar de notar que, no instante em que Cecília se levantou, Fellipo ergueu os olhos e acompanhou cada um de seus movimentos com atenção quase obsessiva. Ele fingia estar concentrado no café, mas era evidente que seu foco estava totalmente nela.Com um sorriso divertido, Samara mordeu um pedaço do pão e lançou um olhar rápido para Leonar