Capítulo 87

Descemos do carro com cautela, o coração batendo acelerado, e seguimos o homem que nos conduzia. Ele era alto e magro, mas seus músculos definidos sugeriam que ele estava mais do que preparado para qualquer confronto. Seus movimentos eram rápidos e precisos, e ele não parecia se importar se estávamos nervosas ou não. Seu rosto estava parcialmente escondido pela sombra de um boné, mas dava para ver as marcas de vida que levava estampadas em sua expressão séria.

Cada passo que dávamos parecia nos levar mais fundo na realidade daquele lugar. As casas eram amontoadas umas sobre as outras, separadas por becos estreitos e tortuosos, onde crianças brincavam alheias ao perigo constante. O cheiro de comida misturava-se ao de esgoto, e as paredes grafitadas testemunhavam uma vida de luta e resistência. Eu tentava não me deixar intimidar, mas era impossível não sentir um frio na espinha. Era como se cada esquina escondesse um perigo à espreita.

Enquanto caminhávamos, eu não conseguia parar de pe
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