Thomas Kuhn— Eu sou a esposa do próximo capo. — Bella fala de forma direta e o meu pai sorri. — Isso não muda nada. — Paul fala. — Luna vai ter que morar aqui, terá que ser aceita como parte da família, ela está gerando o próximo herdeiro! — Ordena. — Só depois do exame de DNA. — Eu digo de forma sucinta, — e claro, se ela se recusar a fazer, será acusada de traição. Você sabe o que acontece com traidores, não sabe, tio Paul? — Moleque… — Paul está praticamente rugindo a essa altura e isso me faz rir. — A minha gravidez é de risco, só depois que o bebê nascer que poderemos fazer. — Luna fala e passa uma das suas mãos na barriga, — eu me sinto suja com a sua dúvida, Tommy. — Me poupe do teatro, Luna, e como isso tudo é conveniente, não é? — Eu digo já bufando de raiva e estalando a língua resmungo — aproveitem a minha piedade e vão embora daqui de uma vez, eu estou cansado desse alvoroço desnecessário, minha esposa e eu acabamos de chegar e eu só quero respirar. — Vicente... t
Bella McNight— O que vamos fazer? — Ele me pergunta, porque sabe como as coisas funcionam na máfia. Eu teria que adotar a tal criança e cria-lo como meu. — O bebê não tem culpa, e a sua responsabilidade é com ele e não com ela. — Digo para acalmá-lo e também, porque é verdade. — Faça o seu papel de pai e deixemos todo o resto, para trás. — Você tem razão, mas a Luna não faz ideia de onde está se metendo. Ela está comprando briga com alguém que não pode vencer, — ele disse, — Luna podia ter causado uma guerra com uma declaração dessas, e se não for verdade, ela vai causar a própria morte. — Se esse for o caso, ela vai ter o que merece, — Eu falo e isso faz Thomas rir. — Eu gosto da Bella autoritária. — Ele diz. — Agora vem cá. Thomas me puxa e me beija, contra a porta do quarto. — Alguém pode nos ver. — Falo quando o empurro. — Eu posso dizer que estou te reconquistando. — Ele sussurra e me beija novamente. — Essa vai ser a sua desculpa? — Pergunto rindo e os lábios dele se
Luna Kuster— Brian… você não quer vir jantar comigo hoje? — Perguntei e ele bufou do outro lado da linha. — Pare de brincar comigo, Luna. — Por favor Brian, estou com saudades. — Murmuro no telefone, — você não faz ideia de como estou sozinha… — Você só está me usando. — Ele fala cheio de rancor, — acha que eu não sei o que está fazendo? Por acaso pensou que o bebê pode ser meu, se é que ele existe? Senti meu maxilar travar e mesmo assim, me forcei a sorrir para não transparecer em minha voz. — Claro que não, Brian… você sabe que eu não faria isso, — murmuro, — eu só estou sentindo a sua falta, estou me sentindo desamparada e completamente sozinha. Venha me ver, pelos velhos tempos... — Peço, mas ele suspira do outro lado e eu desligo, antes que ele tenha a chance de me dizer não. Brian é obediente. Ele é como um cachorrinho treinado e eu sei que se eu fizer direito, ele vem, mas as horas vão se passando e nada dele aparecer. Eu adormeci em dado momento e quando acordei, me
Bella McNight— A gente tem que fazer alguma coisa! Não podemos deixar ele sair depois de nos ameaçar, só porque ele quer. — Thomas fala junto de um semblante sério, o seu corpo praticamente avançando em direção a porta. — Eu já estou fazendo algo. — Vicente soltou ao colocar um dos braços em frente ao corpo do filho, para impedir a sua saída. — Eles vão ver que não se mexe com a nossa família. Nesse momento a campainha tocou, o que fez os empregados irem em direção a porta. — Senhor Kuhn, O senhor e a senhorita-... — a funcionária estava prestes a anunciar quem havia chegado (para provavelmente perguntar se podia deixar os mesmos entrarem), mas as portas haviam sido abertas de forma brusca, e tanto Luna quanto Paul, brotaram no lugar onde estávamos, com os braços dados. — Bom dia a todos. — Paul falou assim que os seus olhos repousaram em nós, com aquela expressão de poucos amigos. — Bom dia. — Vincent foi o único que respondeu, com um tom que também não disfarçava o seu de
Bella McNight— Por que você não me contou? — Perguntei junto de uma das minhas sobrancelhas arqueadas. — O meu pai me avisou a pouco tempo, — ele falou de um jeito um tanto despreocupado, — eu deveria ter te avisado na hora, sinto muito, mas não achei que seria relevante. — Tudo bem, você provavelmente logo me contaria. — Eu respirei fundo, vendo que eu acabei tendo uma reação que veio antes de eu saber todos os fatores, — mas… quem fez isso? — Vincent. — Thomas falou sem emoção alguma, — eu te avisei que o meu pai era doído. — Céus… — eu respirei fundo, a minha mão levando os meus cabelos para trás. — Eu preciso falar com o Charles, se não ele não vai acreditar que ainda não me lembro de nada. — Você não vai sozinha. — Thomas se levantou, os seus olhos me encarando de forma intensa, — aquela coisa quase te matou. — Eu sei, mas precisamos manter as aparências. — Falei de modo sucinto, porque aquela era a realidade, nós precisávamos daquilo. — Bella, você não vai sozinha. —
Bella McNight— Eu vi as fotos num jornal. — Ele soltou ao bufar, — mas o tal do Thomas não é o namorado da Jenny? — Ele obviamente acabou perguntando. — Sim, ele é. — Jenny finge estar abalada, colocando uma de suas mãos sobre o rosto, — mas… motivos maiores surgem quando você é de uma família renomada, não é? Sendo assim… ele e Bella tiveram que se casar. — E como você se sente com tudo isso, Jenny? Está bem? — Ele pergunta, parecendo completamente preocupado, — afinal… estamos no mesmo barco, e… deve estar sendo tão difícil pra você, quanto está sendo pra mim. — Olha Charles, não vou negar que isso está me incomodando, mas… fazer o quê? Foi preciso… — Jenny como sempre, usou as suas habilidades de mentirosa nata, soando a mais natural e sentida possível. — Então… se for para sustentar esse teatro, eles terão (isso se já não estiverem), que morar juntos, certo? — Charles logo soltou, os seus olhos vindos até mim, — como… eu vou poder confiar em você com ele? Antes que eu t
Luna KusterJá tem alguns dias que não vejo o Tommy e é obvio que ninguém desta casa gosta de mim. Eu já sabia disso, mas eles poderiam ao menos disfarçar. A minha gravidez é falsa, mas para todos os efeitos? É uma gravidez de risco e nenhuma daquelas pessoas, parecia se importar. Já liguei várias vezes para o meu pai e nada dele atender. Eu comecei a me preocupar nessa altura do campeonato, porque as minhas atitudes não deveriam afetar o meu pai. Mas eu precisava me aproximar de alguém na casa. Precisava de algo, e foi aí que vi uma chance, uma porta aberta no corredor principal. — Posso entrar? — Pergunto quando vejo a porta do quarto do Pietro aberta, e aqueles olhos azuis me fitam com irritação pura. — O que você quer? — Até ele está me tratando mal, não que em algum momento aquele moleque tenha gostado de mim, mas isso era um pouco demais. — O seu irmão. Pietro está deitado na cama mexendo no seu celular e finge que eu nem mesmo importo. — O que tem o Thomas? — Ele pergu
Bella McNight— É sério? — Eu a encaro, porque sinceramente não acredito nisso. — Sim, querida. Infelizmente, quando se faz parte da família, as coisas funcionam diferente, — ela diz e olhando para minhas malas, parece triste, — Já estão indo? Pensei que teríamos um pouco mais de tempo com vocês por aqui… — Sim. — Eu falo rindo, — mas nós voltaremos, mamma, não daremos chance de se sentir solitária. Só precisamos dos nossos momentos juntos. — Eu falo e o me celular começa a tocar. Assim que pego o meu celular na mesa de quarto, eu olho no visor e vejo que é o Charles. Droga. De novo isso? — Quem é? — Thomas pergunta e eu só franzo o cenho como resposta. — Sério que é ele? Balanço a cabeça como resposta e isso parece irritar o Thomas. — Oi, Charles, — eu falo atendendo e ele parece nervoso do outro lado. — Bella, é uma hora ruim? — ele me pergunta e eu tenho que me segurar para não dizer que sim. — Não, claro que não. — Minto. — Pode falar. — Você pode vir aqui em cas