Luna Kuster— Brian… você não quer vir jantar comigo hoje? — Perguntei e ele bufou do outro lado da linha. — Pare de brincar comigo, Luna. — Por favor Brian, estou com saudades. — Murmuro no telefone, — você não faz ideia de como estou sozinha… — Você só está me usando. — Ele fala cheio de rancor, — acha que eu não sei o que está fazendo? Por acaso pensou que o bebê pode ser meu, se é que ele existe? Senti meu maxilar travar e mesmo assim, me forcei a sorrir para não transparecer em minha voz. — Claro que não, Brian… você sabe que eu não faria isso, — murmuro, — eu só estou sentindo a sua falta, estou me sentindo desamparada e completamente sozinha. Venha me ver, pelos velhos tempos... — Peço, mas ele suspira do outro lado e eu desligo, antes que ele tenha a chance de me dizer não. Brian é obediente. Ele é como um cachorrinho treinado e eu sei que se eu fizer direito, ele vem, mas as horas vão se passando e nada dele aparecer. Eu adormeci em dado momento e quando acordei, me
Bella McNight— A gente tem que fazer alguma coisa! Não podemos deixar ele sair depois de nos ameaçar, só porque ele quer. — Thomas fala junto de um semblante sério, o seu corpo praticamente avançando em direção a porta. — Eu já estou fazendo algo. — Vicente soltou ao colocar um dos braços em frente ao corpo do filho, para impedir a sua saída. — Eles vão ver que não se mexe com a nossa família. Nesse momento a campainha tocou, o que fez os empregados irem em direção a porta. — Senhor Kuhn, O senhor e a senhorita-... — a funcionária estava prestes a anunciar quem havia chegado (para provavelmente perguntar se podia deixar os mesmos entrarem), mas as portas haviam sido abertas de forma brusca, e tanto Luna quanto Paul, brotaram no lugar onde estávamos, com os braços dados. — Bom dia a todos. — Paul falou assim que os seus olhos repousaram em nós, com aquela expressão de poucos amigos. — Bom dia. — Vincent foi o único que respondeu, com um tom que também não disfarçava o seu de
Bella McNight— Por que você não me contou? — Perguntei junto de uma das minhas sobrancelhas arqueadas. — O meu pai me avisou a pouco tempo, — ele falou de um jeito um tanto despreocupado, — eu deveria ter te avisado na hora, sinto muito, mas não achei que seria relevante. — Tudo bem, você provavelmente logo me contaria. — Eu respirei fundo, vendo que eu acabei tendo uma reação que veio antes de eu saber todos os fatores, — mas… quem fez isso? — Vincent. — Thomas falou sem emoção alguma, — eu te avisei que o meu pai era doído. — Céus… — eu respirei fundo, a minha mão levando os meus cabelos para trás. — Eu preciso falar com o Charles, se não ele não vai acreditar que ainda não me lembro de nada. — Você não vai sozinha. — Thomas se levantou, os seus olhos me encarando de forma intensa, — aquela coisa quase te matou. — Eu sei, mas precisamos manter as aparências. — Falei de modo sucinto, porque aquela era a realidade, nós precisávamos daquilo. — Bella, você não vai sozinha. —
Bella McNight— Eu vi as fotos num jornal. — Ele soltou ao bufar, — mas o tal do Thomas não é o namorado da Jenny? — Ele obviamente acabou perguntando. — Sim, ele é. — Jenny finge estar abalada, colocando uma de suas mãos sobre o rosto, — mas… motivos maiores surgem quando você é de uma família renomada, não é? Sendo assim… ele e Bella tiveram que se casar. — E como você se sente com tudo isso, Jenny? Está bem? — Ele pergunta, parecendo completamente preocupado, — afinal… estamos no mesmo barco, e… deve estar sendo tão difícil pra você, quanto está sendo pra mim. — Olha Charles, não vou negar que isso está me incomodando, mas… fazer o quê? Foi preciso… — Jenny como sempre, usou as suas habilidades de mentirosa nata, soando a mais natural e sentida possível. — Então… se for para sustentar esse teatro, eles terão (isso se já não estiverem), que morar juntos, certo? — Charles logo soltou, os seus olhos vindos até mim, — como… eu vou poder confiar em você com ele? Antes que eu t
Luna KusterJá tem alguns dias que não vejo o Tommy e é obvio que ninguém desta casa gosta de mim. Eu já sabia disso, mas eles poderiam ao menos disfarçar. A minha gravidez é falsa, mas para todos os efeitos? É uma gravidez de risco e nenhuma daquelas pessoas, parecia se importar. Já liguei várias vezes para o meu pai e nada dele atender. Eu comecei a me preocupar nessa altura do campeonato, porque as minhas atitudes não deveriam afetar o meu pai. Mas eu precisava me aproximar de alguém na casa. Precisava de algo, e foi aí que vi uma chance, uma porta aberta no corredor principal. — Posso entrar? — Pergunto quando vejo a porta do quarto do Pietro aberta, e aqueles olhos azuis me fitam com irritação pura. — O que você quer? — Até ele está me tratando mal, não que em algum momento aquele moleque tenha gostado de mim, mas isso era um pouco demais. — O seu irmão. Pietro está deitado na cama mexendo no seu celular e finge que eu nem mesmo importo. — O que tem o Thomas? — Ele pergu
Bella McNight— É sério? — Eu a encaro, porque sinceramente não acredito nisso. — Sim, querida. Infelizmente, quando se faz parte da família, as coisas funcionam diferente, — ela diz e olhando para minhas malas, parece triste, — Já estão indo? Pensei que teríamos um pouco mais de tempo com vocês por aqui… — Sim. — Eu falo rindo, — mas nós voltaremos, mamma, não daremos chance de se sentir solitária. Só precisamos dos nossos momentos juntos. — Eu falo e o me celular começa a tocar. Assim que pego o meu celular na mesa de quarto, eu olho no visor e vejo que é o Charles. Droga. De novo isso? — Quem é? — Thomas pergunta e eu só franzo o cenho como resposta. — Sério que é ele? Balanço a cabeça como resposta e isso parece irritar o Thomas. — Oi, Charles, — eu falo atendendo e ele parece nervoso do outro lado. — Bella, é uma hora ruim? — ele me pergunta e eu tenho que me segurar para não dizer que sim. — Não, claro que não. — Minto. — Pode falar. — Você pode vir aqui em cas
*** Luna Kuster ***— Deus… ainda não tivemos tempo, — falo suspirando, — meu marido me deu um papel com a senha, e eu estava tentando achá-lo pelo carro. — Isso é normal. — Ele fala e eu olho no crachá da sua blusa o seu nome. — Deve ser, Antoni. — Digo e ele sorri mais uma vez. — A senha provisória é do 1 até o 6, não se preocupe muito com isso. — Obrigada. — Eu acabo sorrindo e ele libera a minha passagem. A casa deles é a última do condomínio, é como se fosse a “última da rua”, e eu tenho certeza que de lá, dá para ver todos que entram e saem do lugar. Deus, como aquele homem sempre me surpreende? — Oi, Luna. — Charles, preciso de um favor seu. — Eu digo e ele suspira. — Pode pedir. — Diz soltando o ar dos pulmões. — Liga para a Bella e inventa qualquer coisa, diga que é uma emergência, mas você não pode deixar que ela venha para casa agora! Eu preciso de um momento com o Thomas, — explico e ele bufa. — Eu não sei se vou conseguir enrolar ela por muito tempo. — diz e
Bella McNight— Regazze. — Thomas me chama mais uma vez e eu acabo me virando com raiva, para encará-lo. — O que você quer? — Eu quero conversar, Bella! — Ele diz subindo as escadas atrás de mim. Nesse momento eu gostaria que o nosso quarto fosse no terceiro andar, — você precisa me ouvir, não pode acreditar que eu chamei aquela maluca para a nossa casa! Bufei, ignorando suas palavras, mas quando entro no nosso quarto, dou de cara com algumas coisas jogadas, fora os porta-retratos que estão quebrados no chão, e a nossa cama está toda bagunçada, havia roupas minhas e até mesmos itens como perfumes, espalhados pelo chão. Eu não conseguia acreditar que aquela piranha tinha chegado no meu quarto! Eu tinha mandado os funcionários trazerem grande parte das minhas coisas no dia anterior e o meu closet que estava perfeitamente organizado, agora era uma zona. — Que porra, aconteceu aqui? — Falo e me viro para ele, e Thomas me encara, parecendo mais surpreso que eu. — Bella, eu não sei,