Bella McNightDepois da conversa que tive com Thomas, a gente resolveu tirar a dúvida de uma vez por todas, então, após o nosso almoço em um dos deques a beira mar, resolvemos, ir até a área comercial. Thomas estava ansioso para me mostrar como a cidade ficava para o festival do vinho. O primeiro domingo de outubro estava para chegar e Thomas disse que queria ter certeza sobre a gravidez, antes que ele chegasse. — Seria uma pena te privar de provar bons vinhos, por uma gravidez que não está acontecendo, — ele disse, mas parecia mais ansioso para saber se era ou não verdade, então eu concordei. Já estaríamos próximos de farmácias, não fazia mal checar. Fomos a um laboratório e uma farmácia, — fiz ambos os exames, — e para minha surpresa, todos, deram negativo. Eu oficialmente, não estava grávida. Mas Thomas parecia triste com isso, ou ao menos, cabisbaixo. — Não fique assim, — eu falo para o Thomas quando saímos da emergência de um dos hospitais daqui. — Eu já estava ficando feliz
Luna KusterFaço parte de um pequeno número de mulheres que é apaixonada por alguém desde a infância e esse amor nunca foi e nunca será correspondido. Não vou negar que gosto um pouquinho do Brian, e que o tempo que passamos juntos foi maravilhoso. Mas sim, eu apenas me aproveitei dele para fazer ciúmes no Thomas. Só que não deu muito certo, e quando eu percebi que o Brian estava começando a se apaixonar por mim, resolvi terminar e ficar com outro cara. Naquele momento era o melhor a se fazer, mas isso continuou não me ajudando com Thomas. Após alguns anos reencontrei o Thomas, e fiquei sabendo que ele estava noivo e isso não fazia o menor sentido pra mim. Deus, o que o meu tio não faz pela família?! Ou eu deveria dizer por si mesmo? Por que o meu papá não tem o poder que a família daquela sem-sal tem?! Isso é frustrante, mas vou virar o jogo, ou o Thomas fica comigo, ou ele fica comigo. Não existe a possibilidade de ele estar ao lado de outra mulher. Mas quando conheci aquela noi
Thomas KuhnDepois do incidente da possível gravidez de Bella, tudo se tornou relativamente comum em nossa lua de mel, — então, eu resolvi dar uma nova experiência pra minha esposa, — e me esforcei para mostrar para ela, tudo que havia para se ver no festival do vinho. Das danças, música e degustações, até o processo geral para a preparação do vinho. Foi incrível ver Bella rindo e dançando com pessoas que trabalhavam naquele vinhedo a mais de 10 anos. Ela até mesmo aceitou o convite para entrar com as outras mulheres em uma daquelas bacias de uvas, onde estavam pisando para amassar as uvas recém-colhidas. Mas claro, coisas assim duram pouco, e ao fim da quarta semana, estava na hora de voltarmos para casa. Nós tínhamos que sustentar um novo teatro em frente a todos, porque a segurança da Bella dependia disso, e suspirando pesadamente, eu estendi minha mão para ela, quando descemos do carro. — Pronta? — Pergunto para a Bella quando paramos na frente da porta da casa dos meus pais.
Thomas Kuhn— Eu sou a esposa do próximo capo. — Bella fala de forma direta e o meu pai sorri. — Isso não muda nada. — Paul fala. — Luna vai ter que morar aqui, terá que ser aceita como parte da família, ela está gerando o próximo herdeiro! — Ordena. — Só depois do exame de DNA. — Eu digo de forma sucinta, — e claro, se ela se recusar a fazer, será acusada de traição. Você sabe o que acontece com traidores, não sabe, tio Paul? — Moleque… — Paul está praticamente rugindo a essa altura e isso me faz rir. — A minha gravidez é de risco, só depois que o bebê nascer que poderemos fazer. — Luna fala e passa uma das suas mãos na barriga, — eu me sinto suja com a sua dúvida, Tommy. — Me poupe do teatro, Luna, e como isso tudo é conveniente, não é? — Eu digo já bufando de raiva e estalando a língua resmungo — aproveitem a minha piedade e vão embora daqui de uma vez, eu estou cansado desse alvoroço desnecessário, minha esposa e eu acabamos de chegar e eu só quero respirar. — Vicente... t
Bella McNight— O que vamos fazer? — Ele me pergunta, porque sabe como as coisas funcionam na máfia. Eu teria que adotar a tal criança e cria-lo como meu. — O bebê não tem culpa, e a sua responsabilidade é com ele e não com ela. — Digo para acalmá-lo e também, porque é verdade. — Faça o seu papel de pai e deixemos todo o resto, para trás. — Você tem razão, mas a Luna não faz ideia de onde está se metendo. Ela está comprando briga com alguém que não pode vencer, — ele disse, — Luna podia ter causado uma guerra com uma declaração dessas, e se não for verdade, ela vai causar a própria morte. — Se esse for o caso, ela vai ter o que merece, — Eu falo e isso faz Thomas rir. — Eu gosto da Bella autoritária. — Ele diz. — Agora vem cá. Thomas me puxa e me beija, contra a porta do quarto. — Alguém pode nos ver. — Falo quando o empurro. — Eu posso dizer que estou te reconquistando. — Ele sussurra e me beija novamente. — Essa vai ser a sua desculpa? — Pergunto rindo e os lábios dele se
Luna Kuster— Brian… você não quer vir jantar comigo hoje? — Perguntei e ele bufou do outro lado da linha. — Pare de brincar comigo, Luna. — Por favor Brian, estou com saudades. — Murmuro no telefone, — você não faz ideia de como estou sozinha… — Você só está me usando. — Ele fala cheio de rancor, — acha que eu não sei o que está fazendo? Por acaso pensou que o bebê pode ser meu, se é que ele existe? Senti meu maxilar travar e mesmo assim, me forcei a sorrir para não transparecer em minha voz. — Claro que não, Brian… você sabe que eu não faria isso, — murmuro, — eu só estou sentindo a sua falta, estou me sentindo desamparada e completamente sozinha. Venha me ver, pelos velhos tempos... — Peço, mas ele suspira do outro lado e eu desligo, antes que ele tenha a chance de me dizer não. Brian é obediente. Ele é como um cachorrinho treinado e eu sei que se eu fizer direito, ele vem, mas as horas vão se passando e nada dele aparecer. Eu adormeci em dado momento e quando acordei, me
Bella McNight— A gente tem que fazer alguma coisa! Não podemos deixar ele sair depois de nos ameaçar, só porque ele quer. — Thomas fala junto de um semblante sério, o seu corpo praticamente avançando em direção a porta. — Eu já estou fazendo algo. — Vicente soltou ao colocar um dos braços em frente ao corpo do filho, para impedir a sua saída. — Eles vão ver que não se mexe com a nossa família. Nesse momento a campainha tocou, o que fez os empregados irem em direção a porta. — Senhor Kuhn, O senhor e a senhorita-... — a funcionária estava prestes a anunciar quem havia chegado (para provavelmente perguntar se podia deixar os mesmos entrarem), mas as portas haviam sido abertas de forma brusca, e tanto Luna quanto Paul, brotaram no lugar onde estávamos, com os braços dados. — Bom dia a todos. — Paul falou assim que os seus olhos repousaram em nós, com aquela expressão de poucos amigos. — Bom dia. — Vincent foi o único que respondeu, com um tom que também não disfarçava o seu de
Bella McNight— Por que você não me contou? — Perguntei junto de uma das minhas sobrancelhas arqueadas. — O meu pai me avisou a pouco tempo, — ele falou de um jeito um tanto despreocupado, — eu deveria ter te avisado na hora, sinto muito, mas não achei que seria relevante. — Tudo bem, você provavelmente logo me contaria. — Eu respirei fundo, vendo que eu acabei tendo uma reação que veio antes de eu saber todos os fatores, — mas… quem fez isso? — Vincent. — Thomas falou sem emoção alguma, — eu te avisei que o meu pai era doído. — Céus… — eu respirei fundo, a minha mão levando os meus cabelos para trás. — Eu preciso falar com o Charles, se não ele não vai acreditar que ainda não me lembro de nada. — Você não vai sozinha. — Thomas se levantou, os seus olhos me encarando de forma intensa, — aquela coisa quase te matou. — Eu sei, mas precisamos manter as aparências. — Falei de modo sucinto, porque aquela era a realidade, nós precisávamos daquilo. — Bella, você não vai sozinha. —