Cecília

Cada estrondo ecoando da sala, indicando objetos sendo arremessados e colidindo com o chão, gerava em mim desconforto e preocupação. Os ruídos evidenciavam que Liam estava mais uma vez perdendo o controle, deixando sua raiva extravasar de maneira nada saudável. Embora desejasse profundamente sair do quarto e confrontar essas explosões temperamentais, uma voz cautelosa dentro de mim insistia que este não era o momento adequado. O receio de intensificar ainda mais os ânimos me impedia de agir impulsivamente.

Era evidente que Liam precisava de ajuda. Não dava mais para ignorar o fato de que a raiva, o desespero e a frustração se tornaram sentimentos constantes para ele. Ansiava por ajudá-lo de alguma forma, mas a noção de que talvez isso ultrapassasse os limites por ele impostos mantinha-me em silêncio. A cada novo som, meu coração apertava-se um pouco mais, e uma sensação de impotência se instalava.

Entretanto, mesmo que não fosse o momento apropriado para me aproximar dele, fic