CecíliaDesperto de maneira repentina no meio da noite, tentando mudar minha posição para encontrar um pouco mais de conforto nas condições adversas. Estou deitada no chão do quarto de Liam, e a necessidade de ajeitar meu corpo torna-se inevitável. Ao procurar uma posição mais aconchegante, meu joelho se choca com algo sólido e, ao mesmo tempo, macio.Ainda sonolenta, forço o movimento, e percebo que acertei algo que, rapidamente, concluo não ser uma parede. Minha mente meio adormecida tenta processar a situação, e a confusão aumenta quando percebo que é um corpo. Um corpo sólido e macio, que não deveria estar ali, no chão do quarto.Com um movimento cauteloso, levanto-me um pouco, tentando entender a presença inesperada ao meu lado. Meus olhos se ajustam à escuridão, e percebo que é Liam, deitado ao meu lado no chão. A surpresa inicial cede lugar a uma mistura de emoções. Uma parte de mim questiona por que ele escolheu este lugar, no chão ao meu lado, quando a cama está à disposição.
CecíliaA pergunta de Liam pegou-me totalmente de surpresa. Naquele momento, eu já nem estava mais prestando atenção a nada ao meu redor. A ideia de que tínhamos nos entregado à paixão no chão duro, quando poderíamos ter aproveitado o conforto do colchão certamente macio de Liam, fez-me rir da tolice da situação. Sim, éramos dois bobos.Entre risos, olhei para Liam e percebi que sua expressão era uma mistura de confusão e diversão. A cena começou a fazer sentido, e a incredulidade tomou conta de nós dois.— E por que continuamos no chão, Cecília? — Ele perguntou novamente, agora também rindo.A sensação de estar completamente sem roupa não me incomoda; ao contrário, desfruto da liberdade que esse momento proporciona. Como uma forma de provocar Liam, me levanto de supetão, exibindo a ousadia com um sorriso travesso.— Parece que agora você é o único no chão, Liam — digo de maneira brincalhona, intensificando a provocação. Sem esperar por uma resposta, pego alguns lençóis e caminho des
LiamNós seguimos juntos em direção à garagem, e ao abrir a porta do carro para Cecília, não pude deixar de notar que suas bochechas se tingiram de cor, um sinal curioso após a noite intensa que compartilhamos. Contive um sorriso, optando por não comentar sobre isso. Ao sairmos da garagem, já dentro do carro, quebrei o silêncio, perguntando a Cecília como ela estava, estendendo minha mão para segurar a dela. No entanto, Cecília puxou bruscamente a mão, deixando-me perplexo. Encarei-a, sem entender, e questionei:— Alguma coisa errada?— Está tudo bem. — Respondeu Cecília, mas sua expressão contradizia suas palavras.— Não parece. Você parece evitar meu toque. Há algo errado. — Insisti, tentando desvendar o motivo de sua mudança de atitude.Cecília me encarou, visivelmente em conflito. Abriu a boca algumas vezes, como se estivesse prestes a falar algo, mas acabou desistindo. Repetiu que estava tudo bem, mas a tensão persistia. Decidi mudar o foco da conversa.— A noite passada foi incr
CecíliaEstava apreensiva diante da proposta de Liam de envolver Adriel na situação com Manu. Contudo, ao chegarmos à mansão de Adriel, que se assemelhava mais a uma base militar dada a intensidade da segurança ao redor da residência, comecei a reconsiderar. Talvez Liam estivesse correto. Não poderíamos simplesmente permanecer à mercê de bandidos como Marcão, que explorava a vulnerabilidade de Manu da mesma forma como fizera comigo, buscando se impor.Ao adentrar a sala de estar da casa de Adriel, senti uma mistura de respeito e nervosismo. A decoração extremamente luxuosa contrastava com a tranquilidade de Adriel, calmamente sentado em uma poltrona elegante, usando apenas uma bermuda e camisa, completamente à vontade em seus domínios.— Liam, Cecília, o que os traz até aqui? — perguntou Adriel, um sorriso tranquilo em seu rosto.Liam explicou a delicada condição de Manu e o envolvimento de Marcão. Ao observar a expressão decidida de Adriel, comecei a sentir uma ponta de esperança. Ta
LiamA manhã chegado ao fim quando Cecília e eu chegamos à empresa. A primeira coisa que notei foi que Marta estava agitada em sua mesa. Seus olhos refletiam preocupação, e ela parecia ansiosa, como se estivesse esperando por algo. Cumprimentei-a com um aceno de cabeça, mas antes mesmo de podermos trocar algumas palavras, ela se apressou em dizer:— Eu estava esperando vocês. Preciso falar com você, Liam, é urgente.Franzi a testa, surpreso com a urgência em sua voz. — O que aconteceu, Marta? — questionei, preocupado com a expressão aflita em seu rosto.— Minha irmã teve um problema de saúde repentino. Ela acabou de ser hospitalizada, e eu preciso ir até lá. Não sei por quanto tempo vou ficar ausente.Sem hesitar, disse a ela: — Vá imediatamente, Marta. Não se preocupe com o trabalho. Família vem em primeiro lugar. Avise-me se precisar de algo.Cecília, ao meu lado, concordou com um aceno, mostrando compreensão diante da situação. Marta agradeceu e partiu apressadamente, deixando-no
CecíliaApós o almoço no refeitório, Liam e eu retornamos ao escritório, dando início ao restante do dia de trabalho. Apesar da peculiaridade do dia, sinto-me como se estivesse flutuando nas nuvens, uma sensação um tanto boba, eu admito. No entanto, aquele dia havia sido completamente diferente de todos os outros. Nem mesmo quando Liam e eu compartilhamos nosso momento mais íntimo, experimentei uma conexão tão profunda com ele. Ainda assim, mesmo envolvida nesse estado de euforia, concentro-me ao máximo no meu trabalho. A ausência da eficiente Marta me deixa receosa quanto à possibilidade de cometer erros graves.Liam, apesar de mais sereno, ainda é exigente em relação ao desempenho no trabalho. Ele pode até estar mais tranquilo hoje, mas isso não significa que reagirá bem a erros grotescos em minhas funções como secretária.Ao final do expediente, enquanto me preparo para voltar ao apartamento, prestes a ligar para o motorista para confirmar seus serviços naquela tarde, sou surpreend
Liam Qando a campainha tocou e Cecília sugeriu a possibilidade de um convidado surpresa, eu apenas ri. Eu acreditava mais na possibilidade de que pudesse ser Frederico, talvez numa tentativa desesperada de levar a minha mãe de volta para casa. Se eu estivesse no lugar dele, certamente faria algo assim. Mas ao abrir a porta, meu rosto expressou uma surpresa genuína ao deparar-me com Caíque do outro lado. Aquele não era um bom momento para meu primo vir perturbar a minha paz. — O que você quer aqui, Caíque? — perguntei, tentando conter a irritação que começava a borbulhar dentro de mim.— Apenas sendo educado em aceitar um convite feito a mim — Caíque afirmou com tranquilidade. Eu mal podia acreditar nesse absurdo. Dei-lhe um olhar de desconfiança e pretendia dizer claramente que ele não era bem-vindo em meu apartamento, quando a minha mãe, sempre expansiva e, por vezes, completamente alheia à realidade, apareceu no hall de entrada.— Caíque! Que bom que você chegou! — exclamou Valen
CecíliaO ambiente parece congelar diante da revelação de Valentina sobre a paternidade do bebê que Leila espera. Liam, surpreso e perplexo, olha para mim buscando algum tipo de apoio. Eu, por minha vez, sinto um nó se formar no estômago, incapaz de processar completamente o que acaba de ser revelado.— Chega, Caíque. Não vou mais permitir que você prejudique meu filho e a relação que ele está construindo com Cecília. — Valentina, isso é um absurdo! — protesta Caíque, tentando manter sua postura desafiadora.No entanto, Valentina não se abala e responde com firmeza:— A verdade veio à tona, e não vou permitir mais mentiras. Observo atentamente, ainda incrédula, enquanto Valentina revela os detalhes sobre os planos de Caíque para complicar a vida de Liam e convencer Frederico a destituí-lo do cargo de CEO da Laser Inc. — Após a cena protagonizada por Caíque em Angra, durante o fim de semana, eu decidi que precisava entender o que estava acontecendo diante dos meus olhos — Valentina