Liam

A noite transcorreu como um pesadelo lento e interminável. A necessidade de falar com Cecília pairava sobre mim, mas o medo do desconhecido me mantinha paralisado. Com o raiar do dia, decidi que precisava enfrentar a situação de frente, mas não tinha a menor ideia de como faria isso quando Cecília parecia tão inflexível. Acabei por deixar a porta do meu quarto entreaberta, na esperança de que Cecília se sentisse à vontade o suficiente para sair de seu refúgio e, quem sabe, me procurar para conversar.

Aguardei, tenso, qualquer sinal vindo do quarto dela, na esperança de que enfim pudéssemos conversar e eu a convencesse sobre a insignificância do passado para a nossa relação. Não poderia ser considerado culpado de algo que eu não tinha culpa alguma. Não havia nenhum termo sobre fidelidade em nosso acordo anterior. Claro que tudo havia mudado ontem, depois dos nossos momentos juntos. No entanto, o silêncio persiste por horas.

A manhã daquele feriado passou tão lentamente quanto a n