PRINCESA... DE DIA.Capítulo 8. Um guarda-costas pouco convencionalDandara respirou fundo e ergueu o queixo porque jamais alguém a tinha tirado do sério como aquele homem era capaz de fazer. Na verdade, sempre era ela quem acabava enlouquecendo os guarda-costas que seu pai contratava, então ainda tinha um ás na manga que estava disposta a usar."Muito bem... Nesse caso, você dirige," sentenciou caminhando na frente dele e Cameron olhou para frente por cima da cabeça dela, lembrando a si mesmo que não era profissionalmente correto olhar para a bunda da filha do seu chefe.O problema é que era realmente muito difícil! Porque embora durante o dia ela se vestisse como uma princesa de contos de fadas para suas crianças, com vestidos soltos e vaporosos, com aquela roupa justa que usava à noite, todas as curvas certas ficavam marcadas.Então fez das tripas coração e indicou o caminho até uma van que já tinha se certificado de tirar da casa. Abriu a porta traseira com toda a deferência possív
PRINCESA... DE DIA.Capítulo 9. Um guarda-costas pouco convencionalE é claro que a raiva de Dandara não era suficiente para ir a lugar nenhum, pelo menos não com ele e menos ainda com aquele jeito de conquistador mandão... menos ainda depois que ele tinha apertado suas tetas e... porra, só as tetas!Cameron nem se abalou quando ela deu meia volta com a van e pouco depois estavam na casa novamente. Viu ela descer ruminando sua frustração e Cameron parou ao lado do muro oferecendo sua mão."Quer que eu ajude a subir?" ofereceu como se fosse o guarda-costas mais prestativo do mundo."Pra quê? Pra pegar na minha bunda dessa vez?" resmungou ela."Essa já tive na cara, não é grande coisa," lembrou ele e a viu ficar vermelha de raiva.Dandara passou por ele dando um tapa em sua mão para que se afastasse e com um impulso preciso subiu pelo muro, pelo mesmo lugar por onde tinha saído.Cameron respirou fundo e caminhou devagar até uma das entradas de serviço, abrindo a porta e depois guardando
PRINCESA... DE DIA.Capítulo 10. O kit da mulher inteligenteDandara queria que a terra se abrisse aos seus pés e engolisse aquele homem de qualquer forma, da pior possível, porque tinha jurado que ninguém conseguiria segurá-la na vida, e em vez disso aquele maldito guarda-costas, que nem profissional era, agora se mostrava o único esperto o suficiente para não perder ela de vista nem por um segundo.No entanto não teve escolha além de subir na van, porque já era a segunda noite que se ausentaria de... onde quer que fosse, e não podia se permitir isso.Então lançou ao seu querido guarda-costas um olhar assassino e se acomodou no banco traseiro, emburrada, enquanto ele sem nenhuma vergonha colocava o cinto e depois se sentava atrás do volante."Aonde, senhorita Hopkins?" perguntou com um sorriso atrevido."Você dirige, Cameron," rosnou ela pegando seu telefone e começando a mandar mensagem para sua pior cúmplice. "Eu te conto aonde vamos quando chegarmos."O homem sorriu de lado e se pe
JANEIROSEATTLE— Como você foi capaz de fazer isso?! — O rugido furioso de Zack Keller deteve sua namorada na porta de casa assim que a viu chegar.Giselle viu um papel em sua mão e nem sabia do que ele estava falando, mas nunca o tinha visto tão alterado como naquele momento.— Não sei do que você está falando...— Claro que sabe! Você abortou meu filho! Você o perdeu de propósito! — ele a acusou com raiva. — Você ao menos tinha a maldita intenção de me contar alguma coisa?!A mulher à sua frente ficou pálida.— Como... como você sabe...?Zack jogou aquele papel na direção dela e a olhou com decepção.— Você esquece que está no plano de saúde da minha empresa? — ele cuspiu, aproximando-se dela. — Assim que seu sobrenome apareceu nos registros de pagamento, me avisaram. Imagine minha alegria quando soube que o seguro tinha pago por um teste de gravidez e depois por uma ultrassonografia!Giselle se afastou dele com o rosto vermelho de vergonha, mas Zack não era do tipo que da
NOVEMBROVANCOUVER— Andrea! Na minha sala! Agora!O grito de seu chefe, um gerente médio na empresa SportUnike, a fez pular na cadeira, angustiada, porque sabia que ele estava de muito mau-humor naquele dia.— Isso é uma maldita piada? — rosnou, jogando uma pasta de documentos em seu rosto. — Eu disse claramente que precisava dos relatórios de orçamento da divisão de esportes aquáticos do mês passado!Andrea arregalou os olhos.— Mas... senhor Trembley... tenho certeza de que o senhor me disse que queria os deste mês...— Não discuta comigo, sua inútil! — vociferou o chefe. Aos cinquenta anos, Peter Trembley era tão desagradável quanto sua barriga inchada, mas Andrea tinha que suportá-lo porque mal tinha conseguido um emprego como sua assistente e disso dependiam ela e sua filha para viver. — Você não percebe o que está acontecendo? A SportUnike desapareceu! Um suíço filho da mãe a comprou e agora seremos apenas uma filial da empresa dele! Sabe o que isso significa?Andrea sab
Mas se Zack achava que algo naquela empresa estava errado, seu instinto disparou quando desceu ao estacionamento e viu Andrea encostada em uma das paredes. Ela tentava trocar os sapatos de salto por tênis baixos, mas suas mãos tremiam.Ele ficou tentado a ir falar com ela, mas algo nele ainda resistia a se envolver nos problemas alheios. Tinha uma nova empresa para dirigir, e se queria que Andrea se sentisse melhor, só precisava consertar sua empresa, não a vida pessoal dela.Por fim, viu ela ajustar o casaco e sair para o frio da rua.Observou-a de longe e percebeu que ela não pegava um táxi nem um ônibus, então provavelmente morava perto. Mas Zack não fazia ideia de quão errado estava, porque Andrea não morava nem remotamente perto; simplesmente não podia se dar ao luxo de pagar nenhum tipo de transporte.Durante quarenta minutos, a moça caminhou no frio de um inverno canadense, e quando finalmente chegou ao seu prédio, já estava quase escurecendo.— Boa tarde, senhora Wilson —
O rosto de Trembley ficou visivelmente vermelho e a dureza em seus olhos permaneceu.— Esperando Andrea? — rosnou. — Você está brincando ou acabou de chegar e não sabe que relacionamentos interpessoais são proibidos nesta empresa?— Bom, sou de aprendizado lento, mas tendo a imitar — replicou Zack com sarcasmo. — Talvez eu tenha me confundido quando vi o senhor se agarrando a ela como uma iguana com falta de sol.O velho cerrou os dentes e soltou Andrea bruscamente antes de caminhar até ele.— Não se meta no meu caminho, moleque. Você é só um recém-chegado e eu posso...— O quê? Me demitir? — interrompeu Zack com voz gélida. — Bem... pode tentar, mas verá que meu trabalho aqui não depende do senhor. Faço parte da equipe dos sonhos desta companhia e só ele pode me demitir. Tenho certeza de que não veria com bons olhos o gerente de plantão tentando me demitir sem justa causa.Trembley cerrou os punhos e o encarou com uma expressão maldosa e desafiadora.— Talvez seu emprego esteja
Furioso... não, mas frustrado e muito. Ele não conseguia entender como Andrea podia ser tão submissa com um sujeito tão desprezível. Sabia que ele era o chefe, mas que um raio caísse direto na cabeça dele se algum dia tratasse seus funcionários daquela maneira!Andrea não só se esforçava ao máximo, como fazia um bom trabalho. Era preciso ser cego para não ver que o idiota do Trembley só a diminuía daquela forma para mantê-la sob controle. E Zack não sabia por que ficava irritado com ela por permitir isso, mas o incomodava vê-la tão dócil com o chefe.Assim que a viu menos vigiada, ele a seguiu até a sala de cópias e fechou a porta atrás de si.— Ei, você nasceu com algum problema no pescoço? — perguntou, fazendo-a parar. Andrea o olhou confusa.— Como? — murmurou sem entender.— É que sua cabeça só se move pra frente e pra trás, dizendo sim. Não vi você balançar nem uma vez para os lados pra dizer não! —sibilou Zack. A moça apertou os lábios, com as bochechas coradas.— Porque nã