Se não fosse porque o equipamento pesava demais, e porque não podia fazer barulho, Jhon teria se feito lançar com um canhão por cima do muro exterior. Mas em vez disso Billy voltou a se encarregar das câmeras e ele escalou o mais silenciosamente que pôde.Vinte minutos depois, em meio à mais perfeita escuridão, Jhon atravessava a janela do terraço e entrava no quarto.Chiara estava sentada no sofá, com as pernas cruzadas sob o corpo e atitude expectante. As luzes estavam apagadas, só uma pequena luminária próxima permitia que se vissem, e Jhon se aproximou devagar, como se temesse assustá-la.—Oi —sussurrou muito baixo enquanto se sentava em frente a ela e lhe estendia um pacote que a fez sorrir.—Chocochips —murmurou Chiara e ele assentiu.—Tenho uns cinquenta pacotes em casa desde que você disse que era um dos seus desejos —replicou Jhon—. Se não for verdade me diga e deixarei que os rapazes os roubem, não é como se já não tivessem tentado.Chiara acariciou o pacote de biscoitos que
—E você não vai ter que se preocupar porque papai vai matar todos os homens maus do mundo, e os monstros, e os fantasmas, e os namorados...—Ou seja, genocídio.—Me deixa, ela é minha, ninguém vai levá-la, vai ser freira —replicou Jhon fechando as mãos sobre seus quadris e apoiando sua testa sobre o abdômen de Chiara com um gesto que a fez estremecer.Durante um breve segundo Jhon a acariciou, e seus lábios roçaram sua pele até que sentiu a tensão em cada músculo de Chiara.—Papai vai cuidar sempre de você, bebê, de você e da mamãe, tá bom? —sussurrou enquanto levantava o olhar para encontrar o da mulher diante dele—. Me desculpa, me desculpa, meu amor, me desculpa de verdade!Abraçou sua cintura com angústia e Chiara não pôde fazer outra coisa senão envolver os braços ao redor dele. Sentiu suas lágrimas silenciosas molhando seu pijama e depois esse gesto suave e tentativo, inseguro, que terminou em um arroubo de coragem.—Me desculpa... —murmurou Jhon tomando seus lábios desesperadame
Chiara não podia ir embora. Já havia tomado uma decisão quanto a isso, não iria fugir para ser uma fugitiva pelo resto da vida. No entanto, isso não era a única coisa que podia fazer para ter seu filho fora dali, mas precisava pensar na estratégia correta.—Não se preocupe —murmurou olhando nos olhos de Jhon—. Preciso pensar no que vou fazer, mas por enquanto está tudo bem se você me ajudar com o médico.Viu ele assentir, respeitando seus desejos mesmo ainda preocupado, mas sabia que ele não ficaria totalmente tranquilo.Jhon voltou a beijar suas mãos e olhou ao redor, para aquela caixa que estava sobre a mesa. Aproximou-a com um movimento suave e sorriu.—Quer jogar?Chiara sorriu fracamente e assentiu. Ele não queria ir embora, mas não podiam ficar sozinhos no mesmo quarto enquanto o ambiente se tornava tenso e desconfortável, então jogar era o mais lógico.A primeira partida, infelizmente, terminou antes do que Jhon esperava e ele disse a si mesmo que da próxima vez que fosse, trari
Jhon entrou furtivamente pela janela, esperando que tudo estivesse bem, mas com o coração batendo aceleradamente por causa da ansiedade. Ela havia desligado a câmera muito empolgada e Jhon apenas orava para que nada de ruim tivesse acontecido, mas, em vez disso, foi o gemido sufocado de Chiara que o recepcionou ao entrar.Jhon paralisou-se de medo apenas de imaginar que algo estivesse errado ou que ela estivesse ferida. Correu até a cama e nem se deteve para pensar enquanto a chamava.— Chiara! Chiara, o que aconteceu?...O silêncio se quebrou no mesmo instante em que ela o viu, e o seu grito ecoou na pequena sala.— Aaaaaaaaaaahhhhh!Chiara se cobriu novamente apressada e lhe atirou o que tivesse mais próximo, que, por sorte, era apenas um livro de capa mole e não muito pesado.— Jesus! —gruñiu Jhon, esquivando-o e girando-se para não a ver.— Ah, agora por que eu vou me dar a volta? Tu...? Como se te ocorreu...?Jhon se aproximou da cama para repreendê-la, mas antes de que pudesse di
—Bem, te aviso que eu não vou resistir —sussurrou ele enquanto fechava os olhos e sentia as mãos de Chiara acariciando seu membro prestes a explodir.Não disse mais nada, apenas sorriu enquanto ela o libertava de sua calça e sua cueca. Era tão magnífico que Chiara ficou hipnotizada por alguns segundos.—Caramba, senti falta disso! —gemeu ela com um suspiro antes de colocá-lo em sua boca como se fosse o melhor pirulito do mundo.Sua boca era intensa e sua garganta era profunda enquanto seus dedos continuavam explorando o resto de sua pele com urgência.—Aposto que você sentiu mais falta disso do que de mim! —rosnou ele, levantando-a para beijá-la em meio a suspiros contidos.Caiu sobre Chiara na cama e levantou uma de suas pernas para envolver sua cintura com ela e, com um movimento decidido, abriu caminho lentamente em seu interior. Sentiu-a arquear-se e gemer debaixo dele, e a beijou com desespero, como se aquele fosse o último momento que lhe restava para estar com ela.Chiara não pa
E então chegou. Um orgasmo explosivo para os dois. O clímax mais selvagem que ambos poderiam ter imaginado.Chiara pareceu escorregar entre seus braços e Jhon se deitou atrás dela, abraçando-a enquanto tentavam se recompor.Os minutos seguintes passaram aconchegados enquanto recuperavam lentamente o fôlego e seus corações voltavam ao normal. Os dois tinham lembrado como era estar juntos e o que podiam conquistar um do outro.No entanto, quando Jhon menos esperava, algo molhou seu braço e ele virou Chiara assustado para olhá-la. Ela não estava chorando, mas havia lágrimas molhando seus cílios.—Por Deus, me diz que isso é felicidade, satisfação ou algo assim —suplicou com um fio de voz.—Nem sei o que é —murmurou ela—. Ou sim, são os hormônios. Ultimamente choro muito sem motivo.Jhon apertou os lábios e negou.—Não, você tem motivos suficientes para chorar, só que não quer dizê-los em voz alta —murmurou—. Nem vou te pedir para deixar isso para trás, porque sei que você não pode esquece
Jhon se apoiou contra o vidro do chuveiro enquanto esperava que a água esquentasse e sua mente mergulhou em todas aquelas lembranças. Ainda tinha seu suor grudado na pele, talvez por isso duvidasse tanto em entrar debaixo da água. Tinha sentido falta de seu cheiro mais do que qualquer coisa no mundo, a amava tanto quanto antes e embora ela tivesse se encarregado de culpar os hormônios, Jhon não podia evitar se perguntar se ela ainda sentia o mesmo por ele.Finalmente entrou debaixo do chuveiro, sentindo o calor da água quente relaxar seus músculos. Desejava poder fechar os olhos e abri-los novamente para encontrar-se com ela. Desejava poder tê-la ao seu lado todos os dias, mas sabia que isso não seria uma realidade tão cedo. Não podia se esgueirar na prisão todos os dias sem risco de ser descoberto, por isso estava consciente de que seus encontros só podiam ser fugazes.Perguntou-se como se sentiria ao estar sempre com ela novamente, desfrutar de cada momento, de sua filha, de cada ato
Jhon não estava seguro se devia atender ou não, mas três ligações depois a insistência era demais. Finalmente alcançou aquele telefone e atendeu.—Hopkins, quem fala?Do outro lado uma vozinha melodiosa lhe respondeu."Agente Hopkins, código e número de acesso, por favor".Durante um segundo Jhon ficou pensativo.—Não tenho —respondeu secamente e quase pôde sentir a dúvida do outro lado."Acho que não o ouvi, agente. Seu código e número de acesso para poder comunicá-lo, por favor".—Me ouviu perfeitamente, disse "Não tenho". Não tenho código nem número de acesso.A vozinha de repente se tornou irritada."Agente, sem a informação solicitada não poderemos comunicá-lo" repreendeu a mulher.—Pois isso me parece perfeito, porque para começar não fui eu quem ligou para vocês —respondeu ele e imediatamente desligou a chamada.Não tinham passado nem cinco minutos quando o telefone voltou a tocar e do outro lado ouviu um tom rouco e irritado que já conhecia muito bem."Que diabos acontece com v