Fazer crescer aquele pequeno escritório era muito simples desde o momento em que levava o nome de Nexa Sport Representation. Muito logo começaram a encher-se os escritórios, a chegar os atletas e a conseguir contratos com as principais agências publicitárias do país.Andrea se encarregava da ordem em geral, enquanto Zack se ocupava de treinar a equipe de representantes esportivos.Ele passava por elas cada manhã para levar Adriana à creche, e cada noite tinha que fazer um esforço enorme para separar seus lábios dos de Andrea e voltar para a casa de sua mãe.—Você soube algo de Loan? —perguntou ela com preocupação quase uma semana depois do retorno de Paris.—Só o que já sabíamos: não encontrou Danna em sua cidade e continuou procurando. A mãe da garota quase soltou os cachorros nele, mas ele não vai desistir —murmurou Zack.—Espero que ele a encontre logo —disse Andrea, sentindo-se triste e preocupada por ele.Zack a viu suspirar. Estavam passando por tempos difíceis, mas sabia que Loa
—Vou ligar para o Milo para que nos traga a Adriana —murmurou ele colando-se a Andrea na porta de entrada e ela estremeceu com seu calor.Passou a mensagem e então se aproximou de sua boca, beijando-a com aquela necessidade que não desaparecia.—Meu Deus, um dia desses vou entrar em combustão espontânea na porta da sua casa! —suspirou e acabou apertando-a contra a madeira e levantando sua saia para acariciar a pele de suas coxas.Um segundo depois recebia uma mensagem de volta, mas desta vez não era de Milo.—Oh oh! —disse Zack mostrando-lhe aquela mensagem de Luana."Estas não são horas de colocar um bebê na estrada! Irresponsável! Já estamos todos dormindo. Então nem bata que não vamos abrir."Andrea quase se engasgou de rir porque o coitado tinha ficado do lado de fora e abriu a porta de sua casa.—Tenho um sofá onde você pode ficar —convidou-o e ele mordeu os lábios antes de assentir.Entraram e Andrea apontou para o quarto.—Vou buscar alguns cobertores para você —disse, mas assim
Cinco minutos, apenas cinco minutos depois Zack saiu daquele edifício e Andrea sentiu uma raiva como há muito tempo não sentia. Especialmente porque olhou para o relógio e percebeu que há alguns dias Zack vinha desaparecendo da empresa mais ou menos naquela hora.Ela não tinha dado importância porque a verdade era que Zack jamais se sentava atrás de uma mesa, sempre estava em movimento; mas vendo aquilo essa peça em particular havia se encaixado no seu lugar.Nem sequer foi à empresa. Deu meia volta e foi para casa tentar se acalmar, e quando Zack chegou à tarde com Andrea não o recebeu precisamente com um beijo.—O que você estava fazendo com Giselle hoje em um prédio do centro da cidade? —perguntou-lhe diretamente e Zack arregalou os olhos.Já sabia que ela não era de rodeios, mas imediatamente negou.—Não sei do que você está falando, Andrea —disse-lhe olhando diretamente nos olhos e ela cerrou os punhos.—Eu vi você, Zack! Eu vi você hoje! Você entrou no prédio da rua Hinter com Fr
—Senhora Brand, pelo que vejo a senhora está precisando de tanta terapia quanto seu marido —sentenciou a doutora—. O que acha de ficar até o fim da sessão?Andrea engoliu em seco, mas a doutora parecia tão respeitável que não se atreveu a contradizê-la.—Bem... sim, claro... posso ficar.—Perfeito, mas deixe a arma na porta, por favor —disse apontando para o guarda-chuva e Andrea o soltou imediatamente.—Sim, claro... claro! Que vergonha! Então eu fico, não é?Deixou o guarda-chuva e seu casaco no cabide e sentou-se ao lado de Zack, que já tinha se levantado para lhe dar espaço.Andrea olhou-o de soslaio e ele apenas pegou sua mão e beijou o dorso antes de colocá-la sobre a testa e explodir em gargalhadas.Aquilo, que devia ser uma sessão individual, pelo menos naquele dia se transformou em uma pequena terapia de casal e enquanto ouvia Zack falar, Andrea não pôde evitar que seu coração se enchesse de calma, porque finalmente ele estava colocando para fora toda aquela dor que tinha guar
Zack fechou os olhos e respirou fundo enquanto sentia os dedos de Andrea delineando cada uma das tatuagens em suas costas, e cada pelo de seu corpo se arrepiou quando esses dedos foram substituídos por sua boca.—Você quer que eu não vá trabalhar hoje, não é? —murmurou e se virou para capturá-la entre seus braços.Ele a levantou até o balcão da cozinha e se colocou entre suas pernas com um gesto possessivo.—Bem, sua chefe hoje vai pular o horário de escritório, e de quebra te dá o dia livre para fazer o que quiser —disse Andrea sobre sua boca.—Nesse caso, acho que há algo muito especial que quero fazer com minha chefe —sorriu ele.Ter um café da manhã "empolgante" foi apenas a primeira parte desse dia. Depois Zack pediu que ela colocasse roupas de frio após deixar o bebê com seus avós, que já passavam dos limites em mimar, e a levou a um de seus lugares favoritos na cidade.—Não olhe para baixo, não olhe para baixo! —murmurava Andrea enquanto subiam no teleférico e se agarrava ao bra
A coqueteria durou além da decisão ou de tudo o que se seguiu. A verdade era que fizessem o que fizessem, para os dois tanto fazia desde que estivessem juntos. Finalmente Zack deixou sua reincorporação para nunca e preferiu transformar Adriana na próxima campeã mundial.Andrea quase desmaiou de amor com aqueles mini esquis, e estava certa de que assim que o bebê desse o primeiro passo, logo iria se lançar com ela montanha abaixo.A vida era boa, a vida era linda e durante vários meses finalmente puderam se acoplar exatamente como precisavam. Os encontros se transformaram em namoro, a convivência os tornou um casal mais forte, até que um dia o grito de Zack tirou Andrea da cama.—Docinhoooo! Corraaaa! Corra ou você vai perder!Andrea quase voou sobre o corrimão da escada, recém-acordada e com o cabelo despenteado, e quando chegou embaixo Zack estava com os olhos lacrimejantes enquanto via Adriana se balançar sobre seus pezinhos mas sem se segurar em nada.—Venha com o papai, meu amor...
Ele tinha que pensar em algo impressionante, algo lindo porque seu pai estava certo, aquela seria sua última proposta de casamento e tinha que ser perfeita.Então Zack alugou a mesma cabana onde tinham ficado no Natal, o lugar onde ambos haviam passado dias maravilhosos. Fez todos os preparativos necessários para criar o cenário perfeito. Ele sabia que Andrea adoraria as lembranças que tinham ali, sobretudo o ambiente relaxado e romântico do lugar.Uma vez que tudo estava pronto, deixou Adriana com os avós e passou por uma floricultura. A esperança e o nervosismo se misturavam com seu entusiasmo enquanto escrevia aquele bilhete para Andrea. Era muito sexy isso de chamá-la para fora da cidade, e enviar o convite com uma dúzia de rosas vermelhas era ainda melhor.Estava tão ansioso que quase seguiu o entregador até a casa, mas em vez disso se manteve firme e foi ao escritório, para deixar tudo arrumado para que nenhum dos dois tivesse que voltar em dois ou três dias.Assinou alguns docum
Ansiosa era pouco para descrevê-la. Estava prestes a desistir e voltar à cidade para procurá-lo quando finalmente viu as luzes de sua caminhonete estacionando perto e Zack entrando pela porta, com o cabelo despenteado de tanto mexer nele e uma expressão visivelmente alterada.—Zack! Amor, o que aconteceu? —perguntou Andrea assustada, correndo para abraçá-lo.Ele a apertou com mais força que nunca e depois respirou fundo para olhá-la nos olhos.—Sinto muito, docinho, não trago boas notícias —murmurou.—Por quê? Do que você está falando? —ela o questionou.Zack olhou ao redor e de seu peito saiu um grunhido de frustração.—Esta noite eu tinha planejado pedir que você fosse minha esposa —disse com um suspiro.Andrea ficou atônita sem saber o que dizer. Zack sorriu com tristeza, aproximou-se dela e beijou sua bochecha.—Mas não posso mais fazer isso, Andrea. Não posso me casar com você.Andrea sentiu que suas pernas enfraqueciam e teve que se apoiar em um móvel próximo para não cair no chã