Assim que chegaram ao apartamento, Amélia encontrou Alex e Ethan sentados na sala jogando video-game com duas caixas de pizzas em cima da mesinha. — Boa noite, senhores. — Ela os cumprimentou enquanto deixava as sacolas ali próximo e se dirigia até Alex, beijando seus cabelos.Benjamin se jogava ao lado de Ethan e lhe roubava o pedaço de pizza enquanto o noivo perdia a partida.— Vim esperar o meu noivo aqui e aproveitamos para pedir uma pizza. — Ethan respondeu. — E desde então estou sendo duramente humilhado pelo meu irmão. — Ele dizia ao fazer drama.— Você quem quis jogar, eu estava lendo. — Alex respondeu, puxando Amélia para o seu colo em seguida.— Como foram as compras? — Ele perguntou. — Trouxe alguma coisa para mim?— Apenas amor. — Amy respondeu, beijando os lábios dele e sorrindo.— Então trouxe exatamente o que eu precisava. — Alex respondeu, roçando o nariz no dela e sorrindo.— Vocês dois me fazem querer vomitar. — Ethan respondeu ao fazer uma careta, arrancando um ris
Com o fim de agosto, Amélia se preparou diariamente em uma empolgação genuína para começar o seu curso de literatura na NYU. Alexander retornou ao escritório e em algumas vezes, ela aproveitou que estava pelo centro para visitá-lo em seu habitat natural, como ela mesma dizia todas às vezes.Ela continuava escrevendo em seu diário todos os dias e foi necessário até comprar um outro na última visita de Elisa. Elas aproveitaram para sair um pouco do apartamento e passear pelo Central Park.Amélia estava evoluindo bem ao longo das semanas e sempre que possível, Alexander e ela saíam para dar uma volta pela cidade em algum programa de casal.Quando o primeiro dia de setembro chegou, Amélia acordou tão empolgada que mal conseguiu disfarçar enquanto Alex tentava mantê-la na cama.— Fica mais um pouco.. — Ele pediu ao agarrar Amélia pela cintura, distribuindo beijos pelo seu pescoço e mordidas suaves.— Alex.. Vamos nos atrasar.. — Ela gemeu manhosa, quase se rendendo.Ele subia a mão pelo s
Alex estava parado do lado de fora da NYU com seu terno bem alinhado e óculos escuros. Algumas garotas olhavam para ele enquanto Amélia se aproximava sorridente.Assim que a viu, ele abriu um sorriso e a recebeu em seus braços com um beijo caloroso nos lábios.— Como foi o primeiro dia? — Ele questionou, abraçando-a pela cintura enquanto descia os lábios pelo pescoço dela ao provocar.— Foi ótimo! O professor Brown é excelente! — Amélia respondeu, notando as pessoas ao redor olharem para eles.— Alex.. Estão todos olhando.. — Ela o repreendeu, tentando se soltar do abraço, mas sem sucesso.Ele a segurou contra si, enfiando os dedos pela sua nuca e segurando-a. Uma pegada que deixou Amélia fraca.— E daí? — Ele perguntou, os olhos azuis fixos nos dela. — Você é minha mulher e eu quero beijá-la.— Nós dois sabemos que esses beijos e você me pegando assim, vamos acabar sem roupa. — ela respondeu baixinho. — E eu não quero ser expulsa no primeiro dia.Ele sorriu para ela, beijando seus lá
Rose buscava uma garrafa de água na bolsa para Amélia beber quando Sarah se alarmava.Se aquilo realmente fosse verdade, ela se recusaria a frequentar a aula do professor Brown, principalmente depois de tudo o que aconteceu com ela nos últimos meses.A respiração de Amélia ia sendo controlada conforme ela ia bebendo a água que Rose lhe ofereceu. Bryan e Hunter olhavam sem entender o que estava acontecendo e a reação de Amélia.— Eu.. — Amélia se levantava bruscamente. — Eu preciso ir ao banheiro.Ela se apressava, deixando os livros em cima da manta onde todos estavam sentados e começava a correr. Ainda se sentia desnorteada enquanto buscava o celular na bolsa, atravessando alguns corredores quando entrou no prédio de Literatura.Ela ligava para Elisa, tentando algum tipo de contato quando acabou esbarrando em alguém com força, sendo jogada no chão.Ao erguer os olhos esverdeados, encontrou a figura do professor Brown lhe estendendo a mão para ajudá-la a levantar.— Jones, você está b
A semana passou arrastada e lenta. Amélia estava cada vez mais envolvida com as aulas do professor Brown, e pouco a pouco, ela havia perdoado Sarah e Rose pela brincadeira que fizeram, se aproximando das garotas. Na sexta-feira, um burburinho corria por todo o campus de Literatura da NYU. Conforme caminhava pelo local, Amélia notava algumas pessoas comentando excitadas enquanto seguravam um envelope preto como se fosse ouro.Amélia sentou-se em um dos bancos do campus, olhando para um dos muitos livros que o Professor Brown havia passado para aquela semana. Ela mal percebia a movimentação próxima, porém quando os sussurros das pessoas ao redor se tornaram gritos, ela ergueu o olhar e buscou a origem da agitação. Um grupo de quatro pessoas cobertos por mantos pretos e máscaras douradas venezianas vinha caminhando em sua direção. Eles pareciam flutuar no ar, deixando-a apreensiva e particularmente impressionada. Os quatro paravam ao redor do banco onde ela estava, cercando-a ao não
Minutos depois, Alex e Amélia estavam semi nus sentados no chão da cozinha, ofegantes após o sexo.Ela olhava para o teto pensativa enquanto ele lhe chamava algumas vezes. Amélia demorou alguns minutos para perceber, olhando para Alex em seguida.— Você está distraída demais. — Ele falou. — Aconteceu alguma coisa? Não que eu me importe de ser o seu brinquedo sexual.. — Ele respondia em tom de diversão.— Eu recebi um convite hoje para um evento na universidade. Um sarau de poesia. — Ela começava a contar. — Mas não sei se devo ir.— Você não deve ou você não quer? — Ele perguntou curioso.Amélia ficou quieta, pensando.Por fim, Alexander levantou-se e estendeu a mão para ela, que levantou com a ajuda dele. — O que acha de tomarmos um banho e aí você me conta o que está rolando? — Ele sugeriu.Ela concordou, pegando a calcinha rasgada no chão e o blazer dele. Assim que chegaram ao banheiro da suíte, eles arrancaram o resto das roupas e foram para a banheira. Deitada no peito de Alex,
Quando acabou de falar, Amélia estava ofegante, sentindo seu rosto queimar e seu peito pesado. Ela olhava para as pessoas ali, todos calados enquanto absorviam as palavras ditas por ela sobre a sua dor do filho que ela nunca mais iria sentir. O professor Brown observava-a com atenção, os olhos azuis analíticos fixos, as movimentações corporais de Amélia, em como o seu corpo tremia as próprias palavras ditas tão ferozmente e cheias de rancor.Quando ela saiu da espiral, os outros alunos ao redor ficaram observando-a conforme ela caminhava até o bar, onde avistou Rose ali segurando uma taça de vinho.— Toma. — Ela ofereceu a taça para Amy. — Você precisa mais do que eu.Amélia não pestanejou quando virou todo o líquido em goles longos e urgentes, enchendo a taça mais uma vez.— Vai com calma, Amy. — Rose pediu, mas Amélia sentia-se como se não bebesse água há anos, sua garganta completamente seca.Na quarta taça, ela parou finalmente para respirar enquanto Rose a observava confusa.—
Ao chegar em casa, ela tentava não fazer barulho para não acordar ninguém.Silenciosa, ela subia até o quarto onde Alexander já estava dormindo quieto na cama, tão tranquilo que ela segurou o nó na garganta para não chorar ali mesmo.Amélia foi até o banheiro, arrancando toda a roupa e a jaqueta do professor Brown que ainda estava cobrindo-a. Quando a retirou, notou as marcas dos dedos dele em seus braços e se recusou a chorar. Seus joelhos também estavam ralados por conta da queda quando ele lhe jogou no chão.Ela sempre chorava.Já havia chorado tanto naquele ano, já tinha sido a vítima tantas vezes que não se permitiu daquela vez ser de novo.Não poderia ser a vítima de outro abusador.Enquanto entrava no box do banheiro e deixava a água gelada correr pelo seu corpo, Amélia limpava todas as sujeiras que aquele homem havia causado nela. Foi então que notou a própria mão. A aliança não estava mais em seu dedo.Ela havia perdido a aliança que Alexander havia lhe dado.Precisava recup