Alex estava parado do lado de fora da NYU com seu terno bem alinhado e óculos escuros. Algumas garotas olhavam para ele enquanto Amélia se aproximava sorridente.Assim que a viu, ele abriu um sorriso e a recebeu em seus braços com um beijo caloroso nos lábios.— Como foi o primeiro dia? — Ele questionou, abraçando-a pela cintura enquanto descia os lábios pelo pescoço dela ao provocar.— Foi ótimo! O professor Brown é excelente! — Amélia respondeu, notando as pessoas ao redor olharem para eles.— Alex.. Estão todos olhando.. — Ela o repreendeu, tentando se soltar do abraço, mas sem sucesso.Ele a segurou contra si, enfiando os dedos pela sua nuca e segurando-a. Uma pegada que deixou Amélia fraca.— E daí? — Ele perguntou, os olhos azuis fixos nos dela. — Você é minha mulher e eu quero beijá-la.— Nós dois sabemos que esses beijos e você me pegando assim, vamos acabar sem roupa. — ela respondeu baixinho. — E eu não quero ser expulsa no primeiro dia.Ele sorriu para ela, beijando seus lá
Rose buscava uma garrafa de água na bolsa para Amélia beber quando Sarah se alarmava.Se aquilo realmente fosse verdade, ela se recusaria a frequentar a aula do professor Brown, principalmente depois de tudo o que aconteceu com ela nos últimos meses.A respiração de Amélia ia sendo controlada conforme ela ia bebendo a água que Rose lhe ofereceu. Bryan e Hunter olhavam sem entender o que estava acontecendo e a reação de Amélia.— Eu.. — Amélia se levantava bruscamente. — Eu preciso ir ao banheiro.Ela se apressava, deixando os livros em cima da manta onde todos estavam sentados e começava a correr. Ainda se sentia desnorteada enquanto buscava o celular na bolsa, atravessando alguns corredores quando entrou no prédio de Literatura.Ela ligava para Elisa, tentando algum tipo de contato quando acabou esbarrando em alguém com força, sendo jogada no chão.Ao erguer os olhos esverdeados, encontrou a figura do professor Brown lhe estendendo a mão para ajudá-la a levantar.— Jones, você está b
A semana passou arrastada e lenta. Amélia estava cada vez mais envolvida com as aulas do professor Brown, e pouco a pouco, ela havia perdoado Sarah e Rose pela brincadeira que fizeram, se aproximando das garotas. Na sexta-feira, um burburinho corria por todo o campus de Literatura da NYU. Conforme caminhava pelo local, Amélia notava algumas pessoas comentando excitadas enquanto seguravam um envelope preto como se fosse ouro.Amélia sentou-se em um dos bancos do campus, olhando para um dos muitos livros que o Professor Brown havia passado para aquela semana. Ela mal percebia a movimentação próxima, porém quando os sussurros das pessoas ao redor se tornaram gritos, ela ergueu o olhar e buscou a origem da agitação. Um grupo de quatro pessoas cobertos por mantos pretos e máscaras douradas venezianas vinha caminhando em sua direção. Eles pareciam flutuar no ar, deixando-a apreensiva e particularmente impressionada. Os quatro paravam ao redor do banco onde ela estava, cercando-a ao não
Minutos depois, Alex e Amélia estavam semi nus sentados no chão da cozinha, ofegantes após o sexo.Ela olhava para o teto pensativa enquanto ele lhe chamava algumas vezes. Amélia demorou alguns minutos para perceber, olhando para Alex em seguida.— Você está distraída demais. — Ele falou. — Aconteceu alguma coisa? Não que eu me importe de ser o seu brinquedo sexual.. — Ele respondia em tom de diversão.— Eu recebi um convite hoje para um evento na universidade. Um sarau de poesia. — Ela começava a contar. — Mas não sei se devo ir.— Você não deve ou você não quer? — Ele perguntou curioso.Amélia ficou quieta, pensando.Por fim, Alexander levantou-se e estendeu a mão para ela, que levantou com a ajuda dele. — O que acha de tomarmos um banho e aí você me conta o que está rolando? — Ele sugeriu.Ela concordou, pegando a calcinha rasgada no chão e o blazer dele. Assim que chegaram ao banheiro da suíte, eles arrancaram o resto das roupas e foram para a banheira. Deitada no peito de Alex,
Quando acabou de falar, Amélia estava ofegante, sentindo seu rosto queimar e seu peito pesado. Ela olhava para as pessoas ali, todos calados enquanto absorviam as palavras ditas por ela sobre a sua dor do filho que ela nunca mais iria sentir. O professor Brown observava-a com atenção, os olhos azuis analíticos fixos, as movimentações corporais de Amélia, em como o seu corpo tremia as próprias palavras ditas tão ferozmente e cheias de rancor.Quando ela saiu da espiral, os outros alunos ao redor ficaram observando-a conforme ela caminhava até o bar, onde avistou Rose ali segurando uma taça de vinho.— Toma. — Ela ofereceu a taça para Amy. — Você precisa mais do que eu.Amélia não pestanejou quando virou todo o líquido em goles longos e urgentes, enchendo a taça mais uma vez.— Vai com calma, Amy. — Rose pediu, mas Amélia sentia-se como se não bebesse água há anos, sua garganta completamente seca.Na quarta taça, ela parou finalmente para respirar enquanto Rose a observava confusa.—
Ao chegar em casa, ela tentava não fazer barulho para não acordar ninguém.Silenciosa, ela subia até o quarto onde Alexander já estava dormindo quieto na cama, tão tranquilo que ela segurou o nó na garganta para não chorar ali mesmo.Amélia foi até o banheiro, arrancando toda a roupa e a jaqueta do professor Brown que ainda estava cobrindo-a. Quando a retirou, notou as marcas dos dedos dele em seus braços e se recusou a chorar. Seus joelhos também estavam ralados por conta da queda quando ele lhe jogou no chão.Ela sempre chorava.Já havia chorado tanto naquele ano, já tinha sido a vítima tantas vezes que não se permitiu daquela vez ser de novo.Não poderia ser a vítima de outro abusador.Enquanto entrava no box do banheiro e deixava a água gelada correr pelo seu corpo, Amélia limpava todas as sujeiras que aquele homem havia causado nela. Foi então que notou a própria mão. A aliança não estava mais em seu dedo.Ela havia perdido a aliança que Alexander havia lhe dado.Precisava recup
Era a semana do aniversário de Amélia e ela estava ainda mais tensa.Benjamin estava trabalhando arduamente para conseguir denunciar o professor Brown. Alexander havia fechado um barzinho para festejar o aniversário de Amélia, mesmo a contra-gosto dela, já que a mesma havia insistido em não comemorar nada. — Bom, não é como se tivesse muita escolha, Amélia Jones. — Alex dizia ao abraçá-la pela cintura, repousando o queixo em seu ombro e lhe beijando o pescoço. — Vamos comemorar o seu aniversário sim, e vamos ficar terrivelmente bêbados. Ela sorriu ao escutá-lo, sabendo que era uma batalha perdida. — Ok, mas prometa que vai ser algo pequeno. — Ela pediu, virando-se para ele e lhe beijando os lábios.— Eu não prometo nada. — Ele respondeu, sorrindo para ela.Quando a noite chegou, Amélia arrumou-se junto de Alexander. Usando um vestido simples, mas elegante, e com seus cabelos cuidadosamente arranjados, Amélia sentia uma mistura de ansiedade e animação. Ela estava grata por ter alg
Amélia ficou calada durante todo o percurso para casa enquanto Alex dirigia. Ele apoiava a mão em sua coxa, dando a ela o tempo que precisava para contar o que quer que estivesse acontecendo envolvendo aquele homem. Quando chegaram a garagem do prédio, Amélia fez menção de descer do carro, mas Alexander não permitiu. Ele precisava saber o que estava acontecendo.— Me conta, o que aquele homem fez? — Ele perguntou de imediato.Amélia fitou os olhos azuis e sérios do namorado, respirando fundo ao tentar juntar as palavras.— No dia da Nox Daemonum ele me atacou. — Ela falou por fim.Alex segurou o volante com força, furioso e prestes a quebrar o mesmo.— Porra Amélia! Você devia ter me contado! — Ele falou furioso.— Eu sei.. — Ela respondeu de cabeça baixa.— Aquele verme ainda teve a audácia de ir ao seu aniversário! — Eu perdi a aliança na noite que ele me atacou, eu sabia que estava com ele, mas eu não queria questioná-lo por medo dele tentar mais alguma coisa.. — Ela dizia baixin