Acordo e a primeira coisa que vejo é um teto de concreto sujo, logo já sei que não estou em casa, começo a me lembrar de tudo o'que aconteceu ontem, me lembro de desmaiar, tento me levantar e percebo que estou amarrada a cama, minhas mãos estão amarradas com uma corda na cabeceira da cama, meus pés estão presos por correntes,
Olho em volta tentando achar algo que possa me ajudar a saber a onde eu estou, mas ao que parece estou em um tipo de porão, as paredes são brancas, porém estão sujas, não vejo nenhuma janela, tudo o'que eu vejo é uma porta bem a minha frente, o porão não é grande, só tem a cama que eu estou e uma pia com um espelho na parede.Comecei a chorar, minha cabeça dói muito, mas eu não me importo, só quero sair daqui, pensei que seria só um assalto, mas pelo visto ele não queria apenas meu celular e dinheiro.Escuto um barulho de chave na porta, me desespero e tento me soltar, mas os nós feitos nas cordas está muito apertado, e eu não consigo sair. Ao entrar no quarto ele vê o meu desespero e começa a rir de mim.— Porque está chorando coelhinha? Eu ainda nem comecei a brincadeira- Ele diz isso de forma nojenta.Os pelos do meu corpo se arrepiam, sinto uma ânsia de vômito, mas tento segurar.— Por favor, não faça nada comigo, eu tenho dinheiro, se é isso que você quer eu entrego a você.- Antes de eu terminar de falar ele vem até mim e me b**e.— não quero dinheiro minha coelhinha, tudo o'que eu quero está bem aqui na minha frente, e eu vou ter.- ele diz isso e começa a passar a sua mão nojenta em mim.— Não faça isso, por favor.- grito desesperada enquanto choro.- seu rosto estava nos meus seios então ele os morde forte, como se quisesse arrancar um pedaço de mim, e de uma certa forma é o'que ele está fazendo.— Quanto mais você grita mais isso me excita, e essa mordida não foi nada, tenho outras coisas que vão fazer doer muito mais, mas se quiser continuar gritando por favor eu agradeço, isso está me dando muito tesão.(ele era um homem alto e forte, tinha cabelos escuros e olhos castanhos, a pele bronzeada, seria um homem lindo se não estivesse fazendo isso comigo,)— Eu conheço você, você era da mesma escola que eu estudei, porque está fazendo isso comigo?Me lembrava dele, ele era apenas uns 2 ou 3 anos mais velho do que eu, ele tinha me chamado para sair algumas vezes, mas eu não aceitei, estava focada demais nos estudos.— então você se lembra de mim, eu amava você, mas você sempre me ignorava, sempre se achando mais importante que todos, e olha você agora, toda amarrada, agora eu posso fazer oque eu quiser com você, e ninguém nunca irá saber de nada.- ele fala e me beija, acabo mordendo seus lábios e ele me b**e de novo. Ele rasgou a minha roupa me deixando apenas de lingerie, ele continuou me apalpando, tocando as minhas partes íntimas, eu pedia para ele parar, mas ele me mordia forte, ele me bateu mais e mais, me mordeu e me chamou de várias coisas, eu acreditava que ele iria me matar, mas não foi isso que ele fez, quando ele notou que eu ia desmaiar ele parou pensei que agora me deixaria ir, mas eu não podia estar mais enganada.— Nossa coelhinha, você é muito frágil, não será assim tão rápido para eu matar você, vou deixar você descansar um pouco logo logo eu volto não se preocupe.- ele veio até mim e deu um beijo nos meus lábios, eu já não tinha mais forças para lutar contra ele, então ele saiu e trancou a porta.Chorei e tentei me soltar, gritar não adiantaria e eu sabia disso, puxei as correntes, mas nada ajudava a me soltar, meus pulsos doíam, e pelo jeito já estavam marcados, eu corpo doía em todas as partes, minha boca sangrava, e eu só pensava“ poxa, pelo menos ele não me estuprou”, eu tinha esperança que isso não fosse acontecer.Ele era da mesma escola que eu, ele disse estar fazendo isso comigo apenas porque eu não queria sair com ele, como isso podia ser verdade.Depois de algumas horas eu acabei pegando no sono, mas isso não durou muito.Ele voltou, ele estava com raiva e eu nem sei o porque, mas sabia que aquilo era ruim para mim, ele veio até perto da cama e tudo começou de novo, ele me bateu de novo e de novo, e mais uma vez, eu desmaiei devido à dor, mas ele não pareceu satisfeito com tudo o'que ele fizera.Acordei com ele jogando água gelada em mim, meus cortes doeram e eu gritei, eu pedi para ele parar, eu implorei para que parasse com aquilo, ou que me deixasse morrer, mas ele apenas ria de mim, dizia que eu desespero era algo lindo, e que ele gostava que eu implorasse.Depois de um tempo percebi que eu não estava na cama e sim no chão, quando eu desmaiei ele tinha me colocado no chão, me amarrou aos pés da cama, para eu ter que ficar de joelhos.Ele percebeu que eu estava quieta, e que eu havia parado de gritar eu apenas deixava as lágrimas escaparem em silêncio, mas ele não queria isso de mim, ele queria meus gritos, eu estava sem blusa então deixou tudo mais fácil, ele pegou um pedaço de fio, e bateu nas minhas costas, e então eu gritei, aquilo doeu mais-que-tudo que ele já tinha feito, e ele bateu de novo, e de novo, ficou difícil de respirar e então eu apaguei novamente.Quando acordei ele estava no quarto, sentado em uma cadeira ao lado da minha cama, com ele tinha uma bandeja de comida, eu estava desamarrada, mas não conseguia me mexer direito, minhas costas queimavam e estavam queimadas, quando me sentei na cama e olhei para onde eu estava deitada havia uma enorme mancha de sangue, aquilo me quebrou ainda mais.Ele veio até a cama e mandou eu comer aquela comida, era um pão com margarina e um pouco de arroz e feijão, mas o pão estava duro e a comida era horrível, mas eu não liguei, estava com muita fome, comi tudo, e ele me deu um copo de águaMais um dia naquele inferno, eu acordei sem esperanças, acordei me sentindo morta por dentro, eu havia desistido, e ele parecia saber disso.Ele veio mais tarde naquele dia, ele me bateu de novo, mas dessa vez eu não gritei, enquanto ele me batia sempre ficava me chamando vadia, e de vários nomes ruins. Mas o'que realmente me afetava era quando ele falava que ninguém estava procurando por mim, e eu sabia que isso era verdade, tinha certeza que meus pais nem sentiram minha falta, então se eu não tinha ninguém porque lutar? Então eu só parei, desisti, estava cansada, e quando ele percebeu que eu havia desistido ele veio até mim e disse que naquele dia ele teria o'que quis sempre .Eu já estava nua, toda cheia de manchas, cheia de sangue, pensei que nada poderia ser pior que tudo que ele já havia feito, mas eu não podia estar mais enganada.Então ele tirou as calças, e veio para cima de mim, tentei lutar, tentei me defender, mas eu não consegui, eu gritava, chorava, e pedia para ele par
Como eu perdi muito sangue e passei dias sem comer e a única água que eu bebia era a daquela pia suja, eu estou tomando bastante soro. A médica disse que eu ainda não posso comer comida pesada, mas que já pediu para me trazerem uma sopa, o'que vai me ajudar com a fome;Não deixei ninguém de fora saber o'que aconteceu comigo, não falei com os meus pais, e nem ninguém de fora do hospital, os únicos que sabem o'que realmente aconteceu comigo são os médicos e a enfermeira que estava aqui comigo quando tive que contar tudo o'que aconteceu.Contar o que houve comigo e lembrar de tudo foi muito difícil, não consigo acreditar que eu sobrevivi, e nem tudo o'que aquele monstro fez comigo, sei que eu não posso ter vergonha do que passei, mas é o que eu sinto.Sinto-me envergonhada e humilhada, todas aquelas coisas que ele me falou e que ele fez mexeram comigo, a doutora Tris chamou uma amiga dela psicóloga para conversar comigo e tentar me ajudar.Depois de alguns minutos deitada olhando pela ja
___ Esta tudo bem, logo eu estarei melhor e você não tem culpa de nada, outra coisa, o moço que me salvou na beira da estrada convidou-me para ficar no seu apartamento, óbvio que na hora eu disse que não queria, mas daí ele explicou-me que ficaria apenas eu e que ele vai ficar na casa da namorada dele. Ele sabe que eu não tenho ninguém para cuidar de mim, e agora não posso voltar para o meu apartamento. Então ele disse que se você quiser pode ir ficar comigo lá até eu melhorar e é lá no centro._ Disse para ela, querendo distrair nós duas___ Eu acho ótimo, ele tem cara de ser rico, o AP deve ser bem confortável, é claro que eu vou comer de graça quem não quer? _ Ela fala e começa a rir, não me aguento e dou risada junto com ela.___ Então Você vai comigo, parece que terei alta daqui uns dois dias, vou pedir para ele ir até o meu apartamento e pegar algumas roupas, não quero voltar lá, e não acho bom você ir, vai saber se aquele louco não está vigiando para saber se eu estou viva ou nã
Sonhei novamente com ele, e com aquele lugar e todas as coisas terríveis que ele me fez.acordo toda suada e percebo que meu rosto está molhado, eu estava chorando enquanto dormia, sei que agora será assim sempre, que talvez eu nunca mais consiga me relacionar com alguem, mas nao posso desistir, eu nao aguentei tudo aquilo para nada, eu não lutei tanto para desistir agora. Eu vou lutar por mim mesma.levantei da minha cama e fui tomar um banho, no caminho do banheiro avistei um relógio que marcava que estava quase na hora do café, o café era servido às 8:00 da manhã, então Me apressei para o banho, me banhei com água não muito quente, bom mesmo seria água fria para me acordar, mas como ainda estava me recuperando achei melhor nao arriscar.coloquei a minha linda camisola hospitalar, e sai do banheiro, me deitei e fiquei olhando tv, estou sentindo muita falta do meu celular, nem sempre passa coisas boas na tv, igual agora mesmo, está passando um jornal, a onde já foi noticiada mais de
Tomei meu café com leite e bastante açúcar, também comi dois pães de queijo, que estavam quentinhos e muito macios, sinceramente estava com muita saudade de comer um pãozinho de queijo, com certeza é uma das minhas comidas favoritas.Estava quase no final do meu café quando uma doida já chega gritando no meu quarto, acabo levando um susto e quase viro meu café sobre a cama. Quando olho para a porta começo a rir ao perceber quem era a louca que entrou gritando no meu quarto.— Sua doida, quase virei todo o meu café.- falei rindo olhando para Samanta, ela me mostra a língua e vem até mim.— Menina, eu to muito feliz, um menino com quem eu queria sair há muito tempo finalmente me chamou para sair.- Fala e dá, uma reboladinha comemorando— Meu deus, e você está adorando isso né safada.- caio na risada quando ela faz uma cara de falsa inocência.— Eu? Eu to só um pouquinho feliz.- fala séria, mas logo começa a rir também.Coloco a bandeja do meu café em cima da mesinha que fica ao lado da
Hoje, mais de 2 semanas depois que fui encontrada, finalmente estou tendo alta, mas só por que eu insisti muito para a doutora Tris, e também porque o Davi garantiu que eu não irei fazer nenhum esforço, tudo isso porque minhas costelas ainda não estão bem curadas e minhas costas ainda doem demais, mesmo eu já tendo retirado os pontos.(Agora minha vida finalmente irá começar.) Davi está assinando os papéis da minha alta, ainda não entendi como ele ficou responsável por mim, realmente achei que teria que ligar para a minha mãe, mas de novo Davi salvou a minha pele, estou gostando dele, ele respeita o meu espaço e nunca tentou nada de mais ou se aproximou mais do que devia. Semana passada, sem querer ouvi uma conversa dele com a namorada, pelo que eu ouvi ela não está nada feliz por ele estar me ajudando, ela disse a ele para me deixar na rua, que esse devia ser o meu lugar, ele me defendeu, mas mesmo assim pretendo ficar o mínimo possível em sua casa.Já estou me preparando para co
— Eu sinto muito pela sua perda.- Disse, e logo depois se calou.Ficamos em silêncio até chegarmos em um condomínio muito chic, meus pais eram ricos, mas algo me diz que eles não chegam nem perto dessa família.Davi estacionou na garagem de um prédio enorme, descemos do carro e fomos até o elevador.Assim que entramos percebi que seu apartamento era no último andar, “ porque será que isso não me surpreende, não é mesmo” Adentramos o apartamento e era muito bonito, e muito grande,mas claramente masculino, a decoração era rústica e as paredes escuras.Davi foi muito gentil comigo, me mostrou todos os cômodos e me disse que escolheu o último quarto do corredor para que eu possa me sentir mais segura já que seu quarto é do outro lado da casa, mas pediu para que eu ficasse tranquila que ele raramente está em casa.Entrei no meu quarto, era um quarto simples de hóspede, era bonito mas nada ali me lembrava a minha casinha, a saudade das minhas coisas e da minha vida, antes tudo era tão calm
Já passava das 16h da tarde quando Samanta chegou aqui, eu já estava entediada, passei o dia todo sozinha e olhei uns 3 filmes e até comecei uma série, me sentia desconfortável estando no apartamento de outra pessoa, mas eu tinha que aceitar isso por enquanto.Meus machucados ainda doíam, principalmente os das costas que demorariam para cicatrizar, e provavelmente ficaria a cicatriz, isso me incomodava, meu corpo ainda estava todo marcado mas eu sabia que a maioria das marcas sumiram, mas aquelas não, elas seriam um lembrete eterno do que aconteceu.— Caralho! Esse lugar é incrível! _ Disse Samanta assim que abriu a porta— Meu Deus Samanta! Quase me mata de susto! _ Digo e começo a rir, Samanta não se aguenta e começa a rir também — Menina me desculpa, eu me empolguei tanto que esqueci de bater na porta pra avisar que eu já tinha chegado._ Disse tentando parar de rir— Entra vai, vamos lá no meu quarto colocar as suas coisas e depois podemos olhar alguma coisa._ Disse já que ela ain