capítulo três

Mais um dia naquele inferno, eu acordei sem esperanças, acordei me sentindo morta por dentro, eu havia desistido, e ele parecia saber disso.

Ele veio mais tarde naquele dia, ele me bateu de novo, mas dessa vez eu não gritei, enquanto ele me batia sempre ficava me chamando vadia, e de vários nomes ruins. Mas o'que realmente me afetava era quando ele falava que ninguém estava procurando por mim, e eu sabia que isso era verdade, tinha certeza que meus pais nem sentiram minha falta, então se eu não tinha ninguém porque lutar?

Então eu só parei, desisti, estava cansada, e quando ele percebeu que eu havia desistido ele veio até mim e disse que naquele dia ele teria o'que quis sempre .

Eu já estava nua, toda cheia de manchas, cheia de sangue, pensei que nada poderia ser pior que tudo que ele já havia feito, mas eu não podia estar mais enganada.

Então ele tirou as calças, e veio para cima de mim, tentei lutar, tentei me defender, mas eu não consegui, eu gritava, chorava, e pedia para ele parar com aquilo, mas ele sempre dizia as mesmas coisas.

"Você merece isso, você nunca passou de uma vadia que se achava melhor que todos, agora você vai ver que não é melhor que ninguém."

Quando ele se forçou para dentro de mim eu gritei pela dor que aquilo me causou, e ele apenas riu, ele viu o sangue e viu que eu era virgem, mas aquele animal não parou, aquilo instigou ele, e ele entrou de novo, e de novo, e mais fundo, me fazendo gritar e chorar cada vez mais, ele me bateu enquanto ainda estava dentro de mim.

Naquele dia ele fez tudo oque quis, ele me estuprou de novo, e outras várias vezes, mas sempre que ia gozar ele fazia isso em cima do meu corpo como uma forma de me humilhar ainda mais.

No final, eu era só um corpo sujo num canto daquele quarto, estava sangrando, ele se virou para mim e sorriu uma última vez, vestiu as calças e quando se virou para mim de novo, eu acreditei que fosse morrer ali, ele apontou a arma na minha direção, mas ele não queria que eu morresse de forma rápida, então atirou no meu abdômen, eu não senti dor alguma, já estava ferida demais para isso.

Ele saiu por aquela porta e nem se importou em trocar já que estava quase morta, ouvi o barulho do carro dele saindo então fui até a cama, ali eu peguei o lençol e me cobri com ele.

Naquele momento eu não estava disposta a desistir de mim, eu não faria que nem os meus pais, eu tinha que sobreviver para honrar a única pessoa que me amou.

E assim fui caminhando até a saída, nem me importei em olhar para trás, caminhei por entre as árvores, e fui me apoiando pelo caminho, mas eu consegui, acabei caindo já perto da rodovia, mas eu não podia desistir, eu tinha que continuar, eu estava viva e não desistiria agra.

Eu colocaria aquele homem nojento na cadeia, eu via vencer, eu iria fazer da minha vida a melhor, e com isso na cabeça consegui me arrastar até a beira da rodovia, e ali eu desmaiei, pensei que eu tivesse morrido, mas logo senti braços fortes me pegarem e quando abri meus olhos vi o homem que salvou a minha vida, e então pude descansar.

Quando acordei já estava no hospital, e após longas horas de cirurgia para as minhas costelas e pela hemorragia interna, as suturas nas minhas costas e no meu rosto, depois de três longos dias sem ninguém sabendo quem eu era, e nem se eu sobreviveria a tudo aquilo, eu finalmente acordei.

Eu estava viva, eu venci, eu consegui, e agora estou aqui sentada contando a minha história para vocês detetives.

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