Debbie Ward
Um mês trabalhando para NexTech Dynamics, aperto o botão do elevador freneticamente para o décimo quinto andar. Sr. Butler está com um humor péssimo e acabou de demitir a Paula, ela atrasou cinco minutos para fazer a entrega dos papéis para o Sr. Jenkins e sem piedade alguma ele demitiu ela. Aos choros Paula pegou suas coisas e foi embora, a responsabilidade foi passada para mim e agora sou eu com medo de ser demitida por causa desse elevador.
Talvez esteja um pouco desesperada e não esteja demorando tanto para o elevador chegar no andar desejado.
Porém, não quero ser a próxima a ser mandada embora, confesso que estou assustada. Desde nossa última conversa, não tivemos mais nenhuma troca de palavra, todos os trabalhos eram direcionados para Martina ou para Paula e por um momento fiquei preocupada que a nossa conversa tenha assinado a minha demissão sem eu saber. Os dias haviam se passado e aqui estou.
As portas se abrem e praticamente sai correndo do elevador, mantenho a minha postura e respiro fundo enquanto caminho em passos rápidos até a sala do Sr. Jenkins. Cumprimento algumas pessoas durante o caminho, havia até saído com algumas pessoas desse andar para um bar na esquina.
Converso com a sua secretária, uma pessoa incrível e muito animada. Ela me tranquiliza dizendo que o Sr. Jenkins estava me esperando e não precisava se preocupar que estava de bom humor.
Thomas Jenkins é braço direito e administrador empresarial. Seu cabelo é ondulado em um tom castanho com mechas grandes fazendo com que ele passe a mão pelo cabelo constantemente, aqueles braços fortes e firmes desenham perfeitamente o seu terno. Tem os traços marcados como seu amigo e chefe. Seus olhos em um castanho-claro e uma barba por fazer, ele adora conversar e expor aquele belo sorriso. É um homem lindo, não havia tido oportunidade de falar com ele, apenas o via de longe.
— Sr. Jenkins, a senhorita Ward está aqui. — A secretária abre a porta e me dá passagem.
Agradeço e passo por ela. Thomas se levanta de sua cadeira e vem até mim, fico um pouco surpresa com a sua aproximação e aperto sua mão quando ele estende para mim. O sorriso no seu rosto é contagiante e me faz querer sorrir também, e assim faço.
— É um prazer te conhecer, Srta. Ward.
— Digo o mesmo, Sr. Jenkins. — Entrego a pasta para ele.
Thomas começa a olhar os papeis voltando para sua mesa.
— Por favor, Srta. Ward, sente-se. — Ele ocupa sua cadeira.
Faço o que ele me pediu, não acho que seria uma boa ideia voltar sem esses papéis. Havia alterações no orçamento de um dos projetos que o Sr. Butler fez e Sr. Jenkins terá que olhar novamente, antes de voltar para o Sr. Butler e ele assinar.
— Imagino que nosso chefe não esteja de bom humor hoje. — Comenta enquanto começa a digitar no seu notebook. Ele me olha quando fico em silêncio. Seu sorriso aumenta. — Tudo bem, Srta. Ward. Não estamos falando nada de mais além do que já estão falando nos corredores.
Começo a me sentir à vontade com ele.
— Pode me chamar de Debbie.
Seu olhar, que demora mais que o normal em meu rosto, desce mais abaixo e finjo não perceber. Porque com toda a certeza duas ações são bem diferentes do Sr. Butler.
— Debbie. — Testa meu nome em sua voz. A voz firme e confiante, faz eu gostar do som. — E você pode me chamar de Thomas…
— Não acho que…
— Na frente dos outros nos cumprimentamos formalmente e a sós pelo primeiro nome, o que acha? — sua pergunta está bastante sugestiva, mas não sei as verdadeiras intenções nessa pergunta.
Os homens dessa empresa são bem bonitos, uns com suas belezas mais internas, mas todos parecem ter sido escolhidos a dedo em um catálogo de modelos sensuais.
— O que faz você pensar que estaremos a sós novamente? — Pela primeira vez, encolho um pouco os ombros, sentindo a vontade de morder o canto da boca. — Bem, pode demorar.
Não quero que Sr. Jenkins pensa que estou flertando com ele. Depois de um mês consegui ter um contato direto com esse homem. Talvez o Sr. Butler só me mandasse novamente após um ou dois meses.
— Fiquei sabendo que você gosta de fazer amizades, podemos ser amigos também.
Ri e Thomas me acompanha, era tão nítido a malícia em sua voz e ele não disfarça. Se soubesse que tinha chance com ele, teria tentado uma aproximação antes, não sou de ferro e estou precisando de uma diversão. Thomas Jenkins parece ser alguém que ama diversão.
— É, quem sabe. — Não dou muita corda para o assunto.
Temos que trabalhar e Thomas parece pensar o mesmo, voltando sua atenção para o notebook. Após revisado e alterado os documentos, Thomas me leva até a porta.
— Até logo, nova amiga. — Sorri para ele. — Tenha um ótimo dia.
— Você também, amigo.
Pisca para mim e torço para que sua secretária não tenha percebido. Não sei se Thomas é assim com todo mundo, mas não quero comentários sobre a gente. Em passos rápidos e sem parecer desesperada, volto para o vigésimo andar. Não encontro com Martina, fui em direção à sala do Sr. Butler. A porta se abre no exato momento que iria abrir após ouvir ele liberar minha passagem, pega de surpresa dou um passo para trás e me desequilibro. Sr. Butler agir com rapidez ao passar o braço pela minha cintura evitando a minha queda.
Coloco minha mão em seu peito, os olhos arregalados e respiração ofegante. O movimento rápido me deixa tonta, fecho meus olhos. Em vez de levar um tombo feio, agora estou nos braços do meu chefe.
— Você está bem? — O hálito fresco b**e em meu rosto.
Ergo minha cabeça, olhando-o.
— Eu…, sim, a tontura passou. Não comi ainda. — Confesso.
Sr. Butler parece ficar mais sério. Engoli em seco, mantendo o braço ao meu redor, ele me guia para dentro do seu escritório. É agora? Agora que serei demitida? Não é possível, ele poderia ter me deixado cair no chão se evitasse minha demissão.
— Não imaginava que você fosse tão irresponsável. — Me faz sentar em um dos sofás que tem disponível no canto do seu enorme escritório.
— Irresponsável? — Fico sem entender com a pasta em meu colo.
Sr. Butler dá a volta em sua mesa e pega o telefone fazendo dois pedidos de comida. Ele… ele estaria pedindo para mim? Não sei se fico horrorizada ou estou vendo coisa onde não tem. Quero voltar para minha mesa e ficar quietinha terminando o meu trabalho. Finalizando a ligação, Sr. Butler dá a volta em sua mesa com os passos pesados.
— Por que não comeu? — Pega a pasta em meu colo.
— Hum, o dia foi bem corrido.
Não vou falar que ele chegou muito irritado e de repente surgiram mais de vinte coisas para fazer ao mesmo tempo, e depois que demitiu a Paula todos estavam fazendo tudo na velocidade da luz com medo de ser o próximo. Todos agindo na base do medo hoje.
Será que não percebeu? Não sou tão ousada em perguntar.
— É motivo para descuidar da saúde? — Olha os papéis, concentrado.
É a saúde ou ser demitida? Melhor não debochar ou ser irônica agora.
— Acabei me descuidando. — Me levanto. — Não irá se repetir. Precisa de algo a mais? Posso…
— Sente-se. — Senta na poltrona de couro do lado do sofá que estou. — Irá almoçar comigo.
Terei mais tempo com ele? Me sento. Faz uma hora que terminou o horário do almoço, a manhã foi agitada, passando praticamente por cada andar. Não estou reclamando, trabalhei tanto que não percebi a hora passar e agora que meu corpo resolveu reagir. Dividimos a sua mesa para poder almoçar, o silêncio me incomoda, mas não queria ser a primeira a falar.
Está sendo fora do normal almoçar com meu chefe, não quero acabar falando algo de errado.
— Deve ser difícil para você ficar tanto tempo quieta.
O olho e seu olhar já estava em mim.
Debbie Fico quente rapidamente, não deveria acontecer isso. Meu corpo não deveria me trair desse jeito, o homem é lindo, mas não muda o fato de ser meu chefe. Passo a língua pelo lábio inferior querendo pensar no que dizer, mas percebo que seu olhar percorreu cada movimento que minha língua fez. Um leve sorriso surge em seus lábios.— Você está atraída por mim. — diz e volta a comer.Arregalo os meus olhos.— O que?! Ao terminar de mastigar, bebe um pouco do seu suco natural.— Você aperta a mão constantemente na minha presença, sua respiração fica falha quando me aproximo e você me olha mais tempo que o necessário. — as palavras saem tranquilamente daqueles malditos lábios. — Seu corpo te trai facilmente.Não sabia onde enfiar minha cabeça, já é ruim eu pensar desse jeito, mas ele pensa e vê… Droga! Procuro manter a calma. A demissão não veio, mas não posso me dar ao luxo de dar uma resposta atrevida. Tenho que pensar antes de agir — Sentir atração é normal, mas pode ficar tranqui
Thomas Jenkins Depois de uma passada rápida no escritório para conseguir o número de uma certa pessoa, fui para casa do Nicholas. Em mais uma tentativa de fazer um mal-humorado sair de casa e quando chego não ficou surpresa em encontrá-lo no escritório de sua casa.— Sabe, você já é rico. — comento entrando no luxuoso escritório que é tão bem sofisticado quanto na sua empresa.Sento no sofá, mexendo no meu celular.— Bilionário é a melhor palavra para ser usada. — Nicholas não faz nem questão de tirar os olhos da tela do notebook ao me responder.— Dinheiro para cacete. — Me repreendo com um olhar, ele finalmente me olha. — O quê? Ah, esqueci que não posso xingar na sua casa.Nicholas é um chato, na maioria das vezes sendo politicamente correto e isso enche a porra do saco. Entro no WhatsApp e entro na mensagem com a Debbie, peguei o número dela no seu registro. Esse tal Frank é um empatada foda, mesmo achando que não existe gato nenhum. Debbie é uma mulher linda e muito atraente. Al
Debbie WardConsegui! Ah, sempre consigo o que quero. Temos que viver e correr atrás do que queremos constantemente, foi o que fiz e agora consegui um emprego como secretária da NexTech Dynamics. Deixando um passado de merda para trás! Crescer na empresa e aproveitar todas as oportunidades que me surgirem, assim aumento meu currículo e chegando a mais empresas de sucesso. Olho para o enorme prédio na minha frente e sorri, animada com o que me espera.Na entrada, me apresento e ganho meu crachá. Preciso fingir costume e não parecer uma desesperada, estando no meio de peixes grandes tenho que ficar atenta a tudo constantemente. Sou conduzida por uma mulher mais velha, carregando um olhar severo me acompanha pela empresa, me levando até o vigésimo andar onde fica a sala do Sr. Nicholas Butler. Ela explica um pouco sobre como a empresa funciona.— Você será uma das secretárias do Sr. Butler. — As portas do elevador se abrem. — Tendo duas que estão aqui há uns meses. O trabalho tem sido gr
Debbie— Mas alguma coisa? — A voz grossa combina perfeitamente com a aparência física do homem.Pisco e saio do transe.— Aqui está o orçamento que pediu para o Sr. Jenkins. — Entrego a pasta azul.Impaciente, ele pega a pasta de minha mão.— Pode se retira.— Sim…, sim, Sr. Butler.Passo a mão pela saia e me viro saindo de sua sala. Não saio apressada, ou demonstro desconforto. Só não poderia negar que está em sua presença mexeu comigo. E mais uma vez preciso ser uma ótima atriz, absorvendo tudo ao meu redor e não deixando transparecer.— Uau. — Ouço a voz debochada da Martina. — Não saiu chorando da sala do chefe? Não é que é durona mesmo.A outra secretaria ri.— Não haveria motivo. — Certifico que a porta esteja fechada, não quero dar motivo algum para Sr. Butler seja o monstro que as pessoas o vê. Volto para minha mesa. — Vocês o descrevem como um monstro que a qualquer momento fosse atacar, mas é uma pessoa como qualquer outra.Nicholas não foi a pessoa mais gentil do mundo e s