Amanda
Como eu sou burra. Burra, burra, eu fui uma completa idiota em cair na lábia desse alemão. Desde a primeira vez que o vi, fiquei atraída por ele, um fato que até então era normal porque sempre fiquei atraída por caras bonitos, e o Adam é lindo demais. Sua altura, seu corpo e seus olhos são um conjunto de pura perfeição e perdição. Por ele ser meu chefe, não agi como faço normalmente. Nunca fiz o tipo donzelinha ou gostei de joguinhos, se eu estivesse a fim, deixava bem claro. Cabia ao cara aceitar ou não, e graças a Deus nesse quesito sempre fui bem-sucedida.
A Anne é diferente de mim. Ela teve uma vida fodida e nunca quis desviar do foco, seus estudos sempre foram prioridade e ela também sempre teve o sonho de se entregar à pessoa certa. Sexo para ela é muito complicado por causa de umas merdas que aconteceram
AnneSempre fui muito realista. A minha vida diária não me permite ter sonhos românticos como a maioria das garotas tem, na minha cabeça não há espaço para fantasias e muito menos para me apegar à ilusão de encontrar o homem perfeito, porque todas nós sabemos que ele só existe no nosso imaginário. Desde que iniciei minha residência, senti admiração pelo Klaus e pelo Adam, dois excelentes profissionaisque dedicam seu tempo para ajudar pessoas sem receber nada em troca. Depois que nosso relacionamento saiu do âmbito profissional. pude ver como eles são pessoas especiais no seu dia-a-dia. Principalmente o Klaus, nossa afinidade foi instantânea, com o seu jeito observador ele foi me conquistando aos poucos. Seu carinho, sua amizade e seu cuidado comigo fazem eu me sentir amada e o querer sempre próximo a mim.Klaus chegou para
JoãoQuem é a porra desse alemão?Essa cara atrapalhou meus planos. Desde que eu e a Anne saímos, sabia que tinha alguma coisa errada. Ela não estava tão à vontade como da primeira vez que nos vimos e, depois que ela começou a beber, só falava nesse tal de alemão. Para mim era coisa da bebida, o pior é que eu estava enganado. Pelo o que eu vi, ela está apaixonada por ele, e é recíproco. Isso torna tudo mais difícil. Tenho que conseguir um jeito de ela assinar a procuração, esse dinheiro tem que ser meu.Cada dia que passa, meu prazo vai se esgotando e daqui a pouco vou ter que prestar contas ao meu pai. O coroa é esperto e pode descobrir que já encontrei a Anne e, se ele souber antes de que ela assine a procuração, estou ferrado, adeus herança. Tenho que bolar um plano para tirar esse alemã
AnneFaz quinze dias que eu e Klaus dormimos juntos, e, desde então, não ficamos mais juntos porque dois dias depois ele precisou ir para Los Angeles. Uma celebridade, que não sei o nome por ser confidencial, o contratou para fazer uma cirurgia reparadora de um procedimento malsucedido. Estou morrendo de saudades. Todos os dias ele me manda mensagem durante a manhã e me liga à noite. Ficamos horas conversando e, a cada vez que ouço sua voz, desejo tê-lo ao meu lado.Sem que o Klaus soubesse, me matriculei em um curso para aprender a falar alemão. Desde que o conheci, ele fala coisas na sua língua natal que eu não sei o significado e fica chato ter que ficar toda hora perguntando. Quero fazer uma surpresa para ele, poder conversar em sua língua. Hoje pela manhã encontrei o João na porta do meu curso. Segundo ele, foi levar uma amiga que estuda lá. Nós no
AnneAcordo de madrugada, sentindo Klaus agitado. Ele está debatendo-se e eu não sabia o que fazer. Assustada com a forma que ele está reagindo ao seu pesadelo, acendo a luz da luminária que fica ao lado da cama em cima da mesa de cabeceira e o chamo com cautela.— Klaus, meu bem, acorda.Seu rosto está banhado de suor, que desce por seu pescoço, indo de encontro ao seu peito nu. Um gemido de dor sai da sua garganta. Sinto-me impotente, quero arrancar dele o sofrimento que aquele pesadelo o proporciona.— Klaus, sou eu, meu bem, sua schön.Passo minhas mãos em seu rosto, sua expressão é de horror. Seu grito de dor ecoa no quarto.— Não!Klaus se levanta abruptamente, seus olhos fixos em algo que somente ele vê. Coloco minha mão em suas costas e meus dedos a percorrem delicadamente.— Klaus, fala
JoãoHoje é o grande dia, em que terei minha independência. Depois que a Anne escreveu sua assinatura naquela folha de caderno, acreditando na história idiota que eu contei, contratei uma garota com as mesmas características dela. Ficamos dez dias treinando a assinatura da Anne, e no início a garota teve um pouco de dificuldade, mas, com muito treino, sua assinatura ficou idêntica. Combinei com ela de ir ao escritório para assinar a minha liberdade. Meu pai queria resultado sobre esse caso e assim ele terá, só não vai ser do jeito que espera.— Bom dia.— Pai, essa é a senhorita Martins.— Muito prazer, senhorita. Estávamos há muito tempo a sua procura. Sente-se, por favor.— Obrigada.— Então, como a senhora chegou até nós?— O doutor João me procurou e falou a r
AnneFaz seis meses que eu e Klaus estamos juntos e, a cada dia que passa, sinto mais necessidade de tê-lo ao meu lado. O amor que a gente faz não é só uma união de corpos, sinto como se nossas almas se fundissem toda vez que nos entregamos. Nossos beijos, o sexo oral, o sexo terno e o selvagem vêm acompanhados de nossos sentimentos, que refletem em nossos corpos toda as vezes que eles se unem em um só. Klaus não é cem por cento dominante, muitas vezes ele me deixa livre para fazer o que desejo com o seu corpo e aos poucos tenho experimentado posições e sensações que nem sabia que gostava. Hoje estamos completando mais um mês juntos e quero retribuir tudo o que ele tem me proporcionado durante todo esse tempo juntos. Quero que ele fique louco de tesão e que eu seja a dominante dessa noite. E vou declarar meu amor por ele, será a primeira vez que direi que
KlausHoje completam dois dias que estou em Berlim. Meu pai convocou uma reunião em família para resolver questões relacionadas ao hospital e à herança deixada por minha mãe. Quando meus pais se conheceram, ela já era formada e trabalhava no hospital que pertence à sua família. Seu pai já havia falecido e seu único irmão, doze anos mais velho do que ela,assumiu a direção do hospital no seu lugar. Hoje em dia, meu tio é aposentado e, com o falecimento da minha mãe, a direção do hospital ficou na responsabilidade do meu pai.Anton era um jovem de classe média que havia acabado de se graduar em medicina e iniciou sua residência no hospital do meu avô, que foi quando eles se conheceram, se apaixonam e se casaram.Quando estudamos para ser médicos, ao concluir a graduação recebemos re
Joseph— Klaus, meu irmão. Por favor, fala comigo.— Eu lembrei, Joseph, eu lembrei.— Calma, irmão. Não estou entendendo.Klaus repete o tempo todo a mesma coisa: "eu lembrei". Dou-me conta que ele se refere ao dia do assassinato da nossa mãe. Subo correndo, vou até a cozinha, pego um copo com água e volto para o porão, entregando a ele. Meu irmão está com a respiração acelerada e transpira muito.— Respira, Klaus, respira.Ele vai se acalmando, pego em seus braços e saímos do porão. Levo-o para seu antigo quarto para que não sejamos interrompidos caso meu pai ou meu tio cheguem. Meu coração está acelerado e estou com medo. Seja o que meu irmão tenha lembrado, sei que não é nada bom. Deito-o em sua cama, tiro seus sapatos para que ele fique mais confort&aacut