Anne
Faz seis meses que eu e Klaus estamos juntos e, a cada dia que passa, sinto mais necessidade de tê-lo ao meu lado. O amor que a gente faz não é só uma união de corpos, sinto como se nossas almas se fundissem toda vez que nos entregamos. Nossos beijos, o sexo oral, o sexo terno e o selvagem vêm acompanhados de nossos sentimentos, que refletem em nossos corpos toda as vezes que eles se unem em um só. Klaus não é cem por cento dominante, muitas vezes ele me deixa livre para fazer o que desejo com o seu corpo e aos poucos tenho experimentado posições e sensações que nem sabia que gostava. Hoje estamos completando mais um mês juntos e quero retribuir tudo o que ele tem me proporcionado durante todo esse tempo juntos. Quero que ele fique louco de tesão e que eu seja a dominante dessa noite. E vou declarar meu amor por ele, será a primeira vez que direi que
KlausHoje completam dois dias que estou em Berlim. Meu pai convocou uma reunião em família para resolver questões relacionadas ao hospital e à herança deixada por minha mãe. Quando meus pais se conheceram, ela já era formada e trabalhava no hospital que pertence à sua família. Seu pai já havia falecido e seu único irmão, doze anos mais velho do que ela,assumiu a direção do hospital no seu lugar. Hoje em dia, meu tio é aposentado e, com o falecimento da minha mãe, a direção do hospital ficou na responsabilidade do meu pai.Anton era um jovem de classe média que havia acabado de se graduar em medicina e iniciou sua residência no hospital do meu avô, que foi quando eles se conheceram, se apaixonam e se casaram.Quando estudamos para ser médicos, ao concluir a graduação recebemos re
Joseph— Klaus, meu irmão. Por favor, fala comigo.— Eu lembrei, Joseph, eu lembrei.— Calma, irmão. Não estou entendendo.Klaus repete o tempo todo a mesma coisa: "eu lembrei". Dou-me conta que ele se refere ao dia do assassinato da nossa mãe. Subo correndo, vou até a cozinha, pego um copo com água e volto para o porão, entregando a ele. Meu irmão está com a respiração acelerada e transpira muito.— Respira, Klaus, respira.Ele vai se acalmando, pego em seus braços e saímos do porão. Levo-o para seu antigo quarto para que não sejamos interrompidos caso meu pai ou meu tio cheguem. Meu coração está acelerado e estou com medo. Seja o que meu irmão tenha lembrado, sei que não é nada bom. Deito-o em sua cama, tiro seus sapatos para que ele fique mais confort&aacut
AnneQuando o irmão do Klaus me ligou, fiquei com o coração apertado. Meu alemão passou o dia todo sem se comunicar comigo e pensei no pior. Apesar de que ter lembrando o que aconteceu com sua mãe não deve ser fácil e, para o Joseph ter me ligado, é algo muito grave.— Amanda, por favor, me ajuda a arrumar minha mala. Não sei nem o que levar e estou muito ansiosa.— Fique tranquila que eu vou organizar para você. Em Berlim faz muito frio, vou te emprestar uns casacos que minha mãe comprou para mim em Seattle da última vez que ela viajou.— Ainda bem que Klaus me obrigou a tirar meu passaporte, senão eu ficaria desesperada sem poder estar com ele nesse momento difícil.— Está tudo organizado, Anne. O que vocês combinaram?— Joseph disse que me avisaria assim que o jatinho chegasse no aeropor
AnneSão um pouco mais de oito horas manhã quando pousamos em terras alemãs e o meu coração está a mil. Espero que o Klaus se sinta melhor com a nossa presença. O motorista do Joseph nos aguarda e é muito bom ter a companhia de Adam e Amanda, me sinto menos perdida. Só foi um pouco constrangedor durante o voo ter que ficar ouvindo minha amiga gemendo enquanto eles fodiam no quarto, de resto, o voo foi tranquilo e acabei dormindo. Antes de sair do avião, amansei a fera que é meu cabelo.Chegamos na casa da família do Klaus e eu nunca vi um imóvel tão grande. Sinto-me como em um filme antigo, com aquelas belas mansões. Não sei nem como me comportar. Estou nervosa, preocupada de como eu serei recebida por seu irmão e, principalmente, por seu pai. Meu receio é eles não saberem que eu sou negra e não me receberem bem por i
KlausMeu coração gela quando aquele homem chama minha schön de Anelise. Olho para ela, a tensão já tomando conta do meu corpo, mil possibilidades fluindo em minha mente em frações de segundos. Por que ele a chamou assim? Quem é ele?Será que ele conheceu Anelise?Será que estamos falando da mesma pessoa?— O senhor deve estar me confundindo com outra pessoa. Eu me chamo Anne, Anne Martins.Anne fala em alemão, surpreendendo-me. Estamos juntos há oito meses, mas pouco uso o meu idioma. Ela me pediu para ensinar algumas frases e palavras, mas não é o suficiente para que pudesse entender o que o homem disse.— Não é possível que eu esteja enganado, você é Anelise Martins.Quando ele fala esse nome, Anelise Martins, fico zonzo. Não me lembrava do sobrenome
AdamSaio da casa dos Hoffmann muito puto. Amanda olhou para o Joseph com cobiça, e não venham me dizer que é coisa da minha cabeça ou que é um ciúme infundado, porque eu sei muito bem a diferença. Já fui um homem que só pensava em foder sem compromisso, até conhecer Amanda. E ela é exatamente como eu, costumava levar a vida sem compromisso. Seu olhar foi de cobiça e como esse já vi vários.Teve um período da minha juventude em que Joseph era meu companheiro de putaria. Cinco anos mais velho que eu e o Klaus, o cara era meu ídolo. Não há ninguém melhor do que ele na arte da conquista, apesar de que o filho da puta não precisa fazer muito esforço, sua beleza deixa as mulheres aos seus pés.Klaus sempre foi um cara respeitoso, não que eu não fosse, é que para ele tinha que
AdamHoje preciso definir minha situação com a Amanda. A minha intenção era levá-la para conhecer meus pais, porque pretendia torná-la minha esposa, mas não sei o que ela realmente sente por mim. Amanda nunca se declarou abertamente. Sei que não é imune a mim, sinto isso através de nossos beijos e quando fazemos amor. Sua entrega e a forma com que se derrete em meus braços vai além do prazer, o que temos e fazemos envolve sentimento. O problema é que eu não sei o quanto ela gosta de mim. A paixão que sentia por ela se transformou em amor há muito tempo.Quando estamos de saída do hospital, Klaus diz que Joseph nos convidou para jantar na mansão dos Hoffmann. Sinto-me desconfortável e meu amigo percebe, tocando em minhas costas. Começamos a caminhar, afastando-nos das garotas e do Kléber.— O que es
AnneHoje Klaus, Kléber e eu fomos ao hospital para pegar o resultado do DNA. Se for o que sinto em meu peito, ficarei feliz. Durante estes dias que estamos neste país gelado, sinto-me mais próxima do Kléber do que em todos os anos que fui criada por meus "pais". Ele é um homem doce, acho lindo o jeito carinhoso com que fala da minha mãe. Infelizmente ela conheceu e se apaixonou por um homem que acabou com sua vida, da pior forma. Um homem sem escrúpulos que não hesitou em tirar a inocência e a vida de uma pobre menina apaixonada.Seu Hoffmann faz questão que abramos o resultado em sua sala e Joseph também está presente. Assim que Klaus abre o envelope e lê o resultado, ele se emociona, contagiando a todos. Kléber me abraça e me sinto feliz e aliviada. A partir daqui minha vida terá um rumo diferente, uma nova história está sen