Se passou uma semana desde que Morgana havia sido presa. As coisas pareciam em fim fazer sentindo. Contudo, uma situação ainda incomodava Letícia, fazendo-a perder até mesmo seu sono, e Maicon sabia exatamente o que estava acontecendo. A semana foi de muita correria, Maicon precisou voltar para Nova York, onde deixou Letícia preocupada e um pouco afastada da rotina da família. Apesar da vontade de se isolar, Beatriz nunca a deixava sozinha, ela estava ciente do que seu cunhado foi fazer, por isso tentou demonstrar todo seu apoio para a amiga. A noite caía, e o silêncio era quebrado apenas pelo tique-taque do relógio. Do lado de fora o som do motor do carro de Maicon invade os ouvidos de Letícia, que senta na sua cadeira de rodas rapidamente, a ansiedade exalava em seu olhar. Maicon nunca ficou mais de um dia sem ve-la, e aqueles dois dias foram uma tortura para ambos. A porta se abriu, e Maicon entrou com passos largos, um sorriso radiante no rosto. Seus olhos encontraram os de
Enquanto Letícia estava em Nova York, passando o resto da semana para conhecer sua mãe, Maicon e Marcos decidiram fazer uma surpresa para Beatriz. Com os ataques, as descobertas, e a prisão de Morgana, Beatriz focou unicamente em proteger os filhos e se dedicar ao seu relacionamento com Marcos. Após um dia intenso de trabalho, Marcos chegou na mansão, seus passos fprtes e precisos ecoaram pelo corredor silencioso, ele foi direto para o quarto de Beatriz, matar a saudade dela e dos filhos, porém ela não estava lá. Ele se aproximou da janela sabendo exatamente onde ela estava. O jardim para Beatriz era o lugar mais acolhedor da mansão, lá ela passava horas com os filhos, o céu ainda estava azul, apesar de não ter sol, era um fim de tarde tranquilo onde Beatriz podia apreciar as vastas flores que se destacavam em meio ao gramado verde.Marcos sorriu observando seus filhos deitados em uma manta branca, suas pequenas mãozinhas balançando para o ar, rodeados por brinquedos coloridos. Seus
Após algumas semanas as coisas em fim parecia ter tomado um rumo mais seguro, Letícia estava realizada com a aproximação da mãe, e por isso Maicon conseguiu um apartamento para Briana e o marido morar, eles viviam de aluguel e mesmo Letícia tentando negar tal ajuda, Maicon sabia que ela não conseguiria ficar longe da mãe. Elas tiveram uma ligação de imediato e desde então Letícia se viu tendo uma oportunidade. A felicidade ficou completa com a descoberta da sua padaria, Letícia enfim se sentia útil, fazendo o que mais gostava.Em uma tarde após o expediente, ele conversou com Jonathan, ela decidiu tentar recuperar sua herança, e estava disposta a tomar as rédeas da sua vida. Letícia e Beatriz sentaram na sala elegante do escritório de advocacia. Letícia estava olhando fixamente para o documento em suas mãos. Ali estava o verdadeiro testamento do pai. Seus olhos se encheram de lágrimas ao ler a última palavra."Deixo toda minha fortuna para minha unica filha, Letícia, espero que ela te
Na manhã seguinte antes de ir para a padaria, Letícia caminhou até ao quarto de Beatriz. Ela sabia que a amiga já estaria de pé. Hoje era um dia que Beatriz iria precisar dela. Letícia deu um leve toque e hesitou um pouco nervosa, ela nunca sabia como reagir nessa data. Com a batida, Beatriz se assustou, seus pensamentos estavam distantes. — Pode entrar.— falou Beatriz enquanto vestia a roupa de Elisa. Com a demora, Beatriz se aproximou da porta e abriu, seus olhos de imediato se encontraram os de Letícia, que esboçou um sorriso.— Amiga, que bom que veio. — Você sabe que jamais te deixaria sozinha no dia de hoje. — Eu sei, obrigada por isso.— Beatriz sorriu observando o brilho nos olhos de Letícia.— Hum... parece que a noite foi bem produtiva. Letícia se aproximou de Oliver que estava no berço, ela acariciou seu pequeno rosto e sorriu. — Foi lindo, amiga. Foi muito além do que eu imaginei. Sabe quando você idealiza uma coisa e a realidade é muito melhor? — Bom... sobre es
Os raios de sol entravam pela janela, iluminando o quarto com uma luz suave e aconchegante. Beatriz abriu os olhos lentamente, sentindo os fortes braços de Marcos em torno da sua cintura. Ela sorriu, sentindo o coração palpitar. Seus olhos percorreram cada centímetro do seu rosto, Marcos estava relaxado, sem camisa, somente de calça de moletom, ela conseguiu sentir o calor que emanava do corpo dele. O rubor do seu rosto entregava o quanto Marcos mexia com seus sentimentos. — Que sorte eu tenho.— sussurrou, entrelaçando seus dedos nos dele. Marcos, ainda adormecido, puxou Beatriz para mais perto, envolvendo-a em seus braços. Ela se sentiu a leveza que só ele causava, como se nada no mundo pudesse machucá-la enquanto estivesse ao lado dele. Depois de alguns minutos de silêncio, Beatriz se levantou cuidadosamente, não querendo acordar Marcos. Ela se aproximou do berço, onde os gêmeos ainda dormiam tranquilos. Ela sorriu, observando-os, e sentiu uma onda de amor e gratidão. — Já a
Quando a noite surgiu, Maicon reuniu toda a família em um famoso restaurante. Ele estava decidido a pedir Letícia em casamento. Reservou uma parte do local para recebe-los e para que ninguém atrapalhe o momento. Maicon estava nervoso. Ele havia planejado esse momento meticulosamente nos últimos dias e finalmente chegou. Ele queria que fosse um momento especial e inesquecível para ambos, o restaurante estava decorado com flores e velas, criando um ambiente romântico e acolhedor. A mesa estava impecavelmente arrumada com talheres de prata e taças de cristal, e a equipe do restaurante estava pronta para atender a todos os convidados. Maicon aguardava ansiosamente a chegada de Letícia, que logo adentrou o restaurante acompanhada de Beatriz. Ela estava deslumbrante em um vestido azul de cetim e seus cabelos estavam delicadamente arrumados. Maicon sorriu ao vê-la e sentiu seu coração acelerar. — Você está magnífica.— ele disse selando seus lábios nos dela. Letícia olhou em seus olhos
Beatriz sentiu um arrepio gelado percorrer seu corpo, como se o tempo tivesse parado. Ela não sabia o que dizer, não sabia como reagir, o choque se apoderou dela como uma onda de maré alta. Ela olhou para Marcos, que estava ao seu lado, com uma expressão de preocupação e amor. Seus olhos castanhos estavam cheios de compaixão, como se ele soubesse exatamente o que ela estava sentindo. — O senhor... é meu avô?— disse Beatriz, gaguejando levemente, como se as palavras estivessem presas em sua garganta. Sua voz tremia, e ela sentiu lágrimas começarem a se formar em seus olhos. Aurélio sentiu uma onda de emoção o atingir, como se o passado estivesse se abatendo sobre ele. Ele olhou para Beatriz, e viu o colar que deu para Elisa quando ainda era uma adolescente, o mesmo colar que Elisa estava usando na última vez que ele a viu. Aurélio sentiu uma dor profunda, uma dor que ele não sentia há anos, uma dor que havia sido enterrada sob uma camada de ressentimento e raiva. Com as mãos trêm
Beatriz e Marcos estavam com a família comentando sobre o ocorrido enquanto aguardavam a chegada de Aurélio e Helena. Elisa estava dormindo nos braços de Michael, enquanto Marcos tentava acalmar Oliver que choramingava. Marcos estranhou a inquietude do filho, Oliver era quieto e passava a maior parte do tempo dormindo, quase nunca ouvia seu choro, ele observou o rosto do pequeno e notou um rubor avermelhado, ele levou a mão com delicadeza até o rosto do filho e sentiu que algo estava errado. — Oliver está com febre.— disse Marcos, preocupado.— Parece que o barulho do restaurante está deixando ele irritado. Beatriz imediatamente levantou conferindo a temperatura com um termômetro que sempre carregava na bolsa. — Está muito alta. Vamos levá-lo para casa.— disse ela, enquanto pegava Elisa. — Maicon, ligue para Hanna, peça para ela ir para a mansão, por favor.— pediu Marcos com a voz preocupada. — Minha nora, vá tranquila que fico aqui esperando seu avô.— Comentou Otto vendo o