Na manhã seguinte antes de ir para a padaria, Letícia caminhou até ao quarto de Beatriz. Ela sabia que a amiga já estaria de pé. Hoje era um dia que Beatriz iria precisar dela. Letícia deu um leve toque e hesitou um pouco nervosa, ela nunca sabia como reagir nessa data. Com a batida, Beatriz se assustou, seus pensamentos estavam distantes. — Pode entrar.— falou Beatriz enquanto vestia a roupa de Elisa. Com a demora, Beatriz se aproximou da porta e abriu, seus olhos de imediato se encontraram os de Letícia, que esboçou um sorriso.— Amiga, que bom que veio. — Você sabe que jamais te deixaria sozinha no dia de hoje. — Eu sei, obrigada por isso.— Beatriz sorriu observando o brilho nos olhos de Letícia.— Hum... parece que a noite foi bem produtiva. Letícia se aproximou de Oliver que estava no berço, ela acariciou seu pequeno rosto e sorriu. — Foi lindo, amiga. Foi muito além do que eu imaginei. Sabe quando você idealiza uma coisa e a realidade é muito melhor? — Bom... sobre es
Os raios de sol entravam pela janela, iluminando o quarto com uma luz suave e aconchegante. Beatriz abriu os olhos lentamente, sentindo os fortes braços de Marcos em torno da sua cintura. Ela sorriu, sentindo o coração palpitar. Seus olhos percorreram cada centímetro do seu rosto, Marcos estava relaxado, sem camisa, somente de calça de moletom, ela conseguiu sentir o calor que emanava do corpo dele. O rubor do seu rosto entregava o quanto Marcos mexia com seus sentimentos. — Que sorte eu tenho.— sussurrou, entrelaçando seus dedos nos dele. Marcos, ainda adormecido, puxou Beatriz para mais perto, envolvendo-a em seus braços. Ela se sentiu a leveza que só ele causava, como se nada no mundo pudesse machucá-la enquanto estivesse ao lado dele. Depois de alguns minutos de silêncio, Beatriz se levantou cuidadosamente, não querendo acordar Marcos. Ela se aproximou do berço, onde os gêmeos ainda dormiam tranquilos. Ela sorriu, observando-os, e sentiu uma onda de amor e gratidão. — Já a
Quando a noite surgiu, Maicon reuniu toda a família em um famoso restaurante. Ele estava decidido a pedir Letícia em casamento. Reservou uma parte do local para recebe-los e para que ninguém atrapalhe o momento. Maicon estava nervoso. Ele havia planejado esse momento meticulosamente nos últimos dias e finalmente chegou. Ele queria que fosse um momento especial e inesquecível para ambos, o restaurante estava decorado com flores e velas, criando um ambiente romântico e acolhedor. A mesa estava impecavelmente arrumada com talheres de prata e taças de cristal, e a equipe do restaurante estava pronta para atender a todos os convidados. Maicon aguardava ansiosamente a chegada de Letícia, que logo adentrou o restaurante acompanhada de Beatriz. Ela estava deslumbrante em um vestido azul de cetim e seus cabelos estavam delicadamente arrumados. Maicon sorriu ao vê-la e sentiu seu coração acelerar. — Você está magnífica.— ele disse selando seus lábios nos dela. Letícia olhou em seus olhos
Beatriz sentiu um arrepio gelado percorrer seu corpo, como se o tempo tivesse parado. Ela não sabia o que dizer, não sabia como reagir, o choque se apoderou dela como uma onda de maré alta. Ela olhou para Marcos, que estava ao seu lado, com uma expressão de preocupação e amor. Seus olhos castanhos estavam cheios de compaixão, como se ele soubesse exatamente o que ela estava sentindo. — O senhor... é meu avô?— disse Beatriz, gaguejando levemente, como se as palavras estivessem presas em sua garganta. Sua voz tremia, e ela sentiu lágrimas começarem a se formar em seus olhos. Aurélio sentiu uma onda de emoção o atingir, como se o passado estivesse se abatendo sobre ele. Ele olhou para Beatriz, e viu o colar que deu para Elisa quando ainda era uma adolescente, o mesmo colar que Elisa estava usando na última vez que ele a viu. Aurélio sentiu uma dor profunda, uma dor que ele não sentia há anos, uma dor que havia sido enterrada sob uma camada de ressentimento e raiva. Com as mãos trêm
Beatriz e Marcos estavam com a família comentando sobre o ocorrido enquanto aguardavam a chegada de Aurélio e Helena. Elisa estava dormindo nos braços de Michael, enquanto Marcos tentava acalmar Oliver que choramingava. Marcos estranhou a inquietude do filho, Oliver era quieto e passava a maior parte do tempo dormindo, quase nunca ouvia seu choro, ele observou o rosto do pequeno e notou um rubor avermelhado, ele levou a mão com delicadeza até o rosto do filho e sentiu que algo estava errado. — Oliver está com febre.— disse Marcos, preocupado.— Parece que o barulho do restaurante está deixando ele irritado. Beatriz imediatamente levantou conferindo a temperatura com um termômetro que sempre carregava na bolsa. — Está muito alta. Vamos levá-lo para casa.— disse ela, enquanto pegava Elisa. — Maicon, ligue para Hanna, peça para ela ir para a mansão, por favor.— pediu Marcos com a voz preocupada. — Minha nora, vá tranquila que fico aqui esperando seu avô.— Comentou Otto vendo o
Os dias se passaram e a conexão entre Beatriz e seus avós, se fortaleceu cada vez mais. Eles se conheciam há apenas algumas semanas, mas já haviam criado um laço profundo e cheio de amor. Helena, que inicialmente estava consumida pela dor e pela tristeza da perda de Elisa, começou a encontrar conforto na presença de Beatriz e dos gêmeos. Ela se tornou uma avó dedicada e amorosa, sempre pronta para cuidar de Oliver e Elisa. Aurélio no começo inexperiente e com receio, se tornou um avô carinhoso e brincalhão. Ele adorava brincar com os gêmeos, fazendo-os rir e se divertir. Ele se tornou um confidente para Beatriz, sempre pronto para ouvir seus problemas e oferecer conselhos sábios, cada dia que passava a lembrança da filha Elisa estava mais viva em Beatriz. O casal não se via mais longe dela, então, com ajuda de Marcos, Aurélio vendeu suas empresas e propriedades que tinha no Brasil e iniciou seus negócios na Filadélfia. Beatriz se sentia grata por ter encontrado seus avós. Ela sempr
Beatriz decidiu respeitar o seu silêncio, ela sabia que não adiantava ficar perguntando, ele não iria falar. Marcos ficou com gêmeos até eles dormirem, Beatriz apesar de estar com um pressentimento estranho, resolveu aproveitar o momento de descanso e decidiu tomar um demorado e relaxante banho. Ela fechou os olhos sentindo as gotas de água caírem em seu corpo, trazendo uma sensação de leveza. Após uns minutos, Beatriz saiu do banheiro, envolta em um robe vermelho que realçava sua pele. Seu cabelo estava úmido e seu rosto radiante.Marcos estava sentado na poltrona perto da janela, assim que a presença de Beatriz é notada, Marcos a encara com um olhar intenso. Ele não pôde evitar de notar a forma como o robe vermelho se ajustava ao seu corpo, realçando suas curvas. Ele sentiu um arrepio percorrer seu corpo, como se algo explodisse dentro dele, Marcos tentou desviar o olhar, lutando contra seu próprio desejo.— Você não está facilitando minha vida — sussurrou Marcos, fixando seu olha
Marcos acariciou o rosto de Beatriz, sentindo-se completamente apaixonado por ela. Eles estavam deitados na cama, envoltos em um silêncio confortável, após uma entrega doce e romântica.Beatriz fechou os olhos, sentindo-se relaxada e feliz. Ela amava o toque de Marcos, a forma como ele a fazia se sentir como se fosse a única pessoa no mundo. Marcos olhou para Beatriz, seus olhos cheios de amor e admiração. Ele sabia que havia encontrado em Beatriz a pessoa certa para ele.— Amor? — disse ele, sua voz baixa e suave.Beatriz abriu os olhos e olhou para Marcos, com um sorriso no rosto.— Sim, amor? — respondeu ela.Marcos sorriu e acariciou o rosto de Beatriz novamente.— Eu estava pensando... — disse ele, pausando por um momento. — O que você acha de adiantarmos os nossos planos e nos casarmos daqui dois meses?Beatriz sentou-se na cama, seus olhos arregalados de surpresa e alegria.— Dois meses? — repetiu ela, sua voz cheia de emoção.Marcos assentiu, com um largo sorriso no rosto.—