Beatriz sentiu um arrepio gelado percorrer seu corpo, como se o tempo tivesse parado. Ela não sabia o que dizer, não sabia como reagir, o choque se apoderou dela como uma onda de maré alta. Ela olhou para Marcos, que estava ao seu lado, com uma expressão de preocupação e amor. Seus olhos castanhos estavam cheios de compaixão, como se ele soubesse exatamente o que ela estava sentindo. — O senhor... é meu avô?— disse Beatriz, gaguejando levemente, como se as palavras estivessem presas em sua garganta. Sua voz tremia, e ela sentiu lágrimas começarem a se formar em seus olhos. Aurélio sentiu uma onda de emoção o atingir, como se o passado estivesse se abatendo sobre ele. Ele olhou para Beatriz, e viu o colar que deu para Elisa quando ainda era uma adolescente, o mesmo colar que Elisa estava usando na última vez que ele a viu. Aurélio sentiu uma dor profunda, uma dor que ele não sentia há anos, uma dor que havia sido enterrada sob uma camada de ressentimento e raiva. Com as mãos trêm
Beatriz e Marcos estavam com a família comentando sobre o ocorrido enquanto aguardavam a chegada de Aurélio e Helena. Elisa estava dormindo nos braços de Michael, enquanto Marcos tentava acalmar Oliver que choramingava. Marcos estranhou a inquietude do filho, Oliver era quieto e passava a maior parte do tempo dormindo, quase nunca ouvia seu choro, ele observou o rosto do pequeno e notou um rubor avermelhado, ele levou a mão com delicadeza até o rosto do filho e sentiu que algo estava errado. — Oliver está com febre.— disse Marcos, preocupado.— Parece que o barulho do restaurante está deixando ele irritado. Beatriz imediatamente levantou conferindo a temperatura com um termômetro que sempre carregava na bolsa. — Está muito alta. Vamos levá-lo para casa.— disse ela, enquanto pegava Elisa. — Maicon, ligue para Hanna, peça para ela ir para a mansão, por favor.— pediu Marcos com a voz preocupada. — Minha nora, vá tranquila que fico aqui esperando seu avô.— Comentou Otto vendo o
Os dias se passaram e a conexão entre Beatriz e seus avós, se fortaleceu cada vez mais. Eles se conheciam há apenas algumas semanas, mas já haviam criado um laço profundo e cheio de amor. Helena, que inicialmente estava consumida pela dor e pela tristeza da perda de Elisa, começou a encontrar conforto na presença de Beatriz e dos gêmeos. Ela se tornou uma avó dedicada e amorosa, sempre pronta para cuidar de Oliver e Elisa. Aurélio no começo inexperiente e com receio, se tornou um avô carinhoso e brincalhão. Ele adorava brincar com os gêmeos, fazendo-os rir e se divertir. Ele se tornou um confidente para Beatriz, sempre pronto para ouvir seus problemas e oferecer conselhos sábios, cada dia que passava a lembrança da filha Elisa estava mais viva em Beatriz. O casal não se via mais longe dela, então, com ajuda de Marcos, Aurélio vendeu suas empresas e propriedades que tinha no Brasil e iniciou seus negócios na Filadélfia. Beatriz se sentia grata por ter encontrado seus avós. Ela sempr
Beatriz decidiu respeitar o seu silêncio, ela sabia que não adiantava ficar perguntando, ele não iria falar. Marcos ficou com gêmeos até eles dormirem, Beatriz apesar de estar com um pressentimento estranho, resolveu aproveitar o momento de descanso e decidiu tomar um demorado e relaxante banho. Ela fechou os olhos sentindo as gotas de água caírem em seu corpo, trazendo uma sensação de leveza. Após uns minutos, Beatriz saiu do banheiro, envolta em um robe vermelho que realçava sua pele. Seu cabelo estava úmido e seu rosto radiante.Marcos estava sentado na poltrona perto da janela, assim que a presença de Beatriz é notada, Marcos a encara com um olhar intenso. Ele não pôde evitar de notar a forma como o robe vermelho se ajustava ao seu corpo, realçando suas curvas. Ele sentiu um arrepio percorrer seu corpo, como se algo explodisse dentro dele, Marcos tentou desviar o olhar, lutando contra seu próprio desejo.— Você não está facilitando minha vida — sussurrou Marcos, fixando seu olha
Marcos acariciou o rosto de Beatriz, sentindo-se completamente apaixonado por ela. Eles estavam deitados na cama, envoltos em um silêncio confortável, após uma entrega doce e romântica.Beatriz fechou os olhos, sentindo-se relaxada e feliz. Ela amava o toque de Marcos, a forma como ele a fazia se sentir como se fosse a única pessoa no mundo. Marcos olhou para Beatriz, seus olhos cheios de amor e admiração. Ele sabia que havia encontrado em Beatriz a pessoa certa para ele.— Amor? — disse ele, sua voz baixa e suave.Beatriz abriu os olhos e olhou para Marcos, com um sorriso no rosto.— Sim, amor? — respondeu ela.Marcos sorriu e acariciou o rosto de Beatriz novamente.— Eu estava pensando... — disse ele, pausando por um momento. — O que você acha de adiantarmos os nossos planos e nos casarmos daqui dois meses?Beatriz sentou-se na cama, seus olhos arregalados de surpresa e alegria.— Dois meses? — repetiu ela, sua voz cheia de emoção.Marcos assentiu, com um largo sorriso no rosto.—
A noite estava fria e o céu acinzentado. Marcos e Beatriz estavam em um chalé aconchegante, longe de tudo e de todos, o fogo da ladeira os aquecia. O clima entre os dois era de tensão e desejo. Marcos olhava para Beatriz com um brilho intenso nos olhos, ele a desejava como nunca desejou outra mulher. Beatriz sentia seu coração acelerar só de estar perto dele, era uma mistura de ansiedade e excitação que a consumia por dentro.Com um olhar intenso, Marcos se aproximou de Beatriz e segurou seu rosto com delicadeza, acariciando sua pele suave com as pontas dos dedos. Beatriz fechou os olhos, entregando-se àquela sensação única de ser desejada por aquele homem que mexia com todas as suas emoções.— Princesa, você é a mulher mais incrível que já conheci. Eu quero te proteger e te fazer feliz como nunca imaginou ser.— murmurou Marcos com voz rouca, selando os lábios de Beatriz com um beijo ardente e apaixonado.Beatriz sentiu seu corpo vibrar com o toque de Marcos, era como se uma corrente
Marcos sentiu seu coração disparar e por um momento as palavras fugiram da sua mente, o medo de perde-la fez com que ele mal conseguisse encara-la. Porém, Marcos sabia que não podia esconder a verdade de Beatriz por mais tempo. — Sim, Esther voltou... — disse ele finalmente, com incerteza de que está fazendo a coisa certa. Beatriz olhou para ele com um pouco de mágoa e preocupação. — O que ela quer? — perguntou ela, com uma voz firme. Marcos suspirou fundo, sentou-se ao lado de Beatriz e olhando para as próprias mãos tomou coragem de falar. — Ela disse que mentiu no dia em que foi embora, que Noah é na verdade meu filho e que foi obrigada a mentir.— Marcos sentiu um aperto no peito, a angústia e a dúvida pairava no ar.— Mas ela confessou que o único intuito dela voltar é por que quer que eu volte para ela! — finalizou ele. Beatriz olhou para Marcos com choque e dor, ela queria voltar no tempo e não ter ouvido tais palavras, o ciúmes, o medo a insegurança tomou conta das su
Beatriz estava sentada em frente ao espelho, com o coração batendo forte de ansiedade. Ela havia esperado por esse momento por tanto tempo, e finalmente, ela poderia ver seu rosto sem as marcas que seu passado deixou. Ela respirou fundo e lentamente, levantou a mão e removendo o curativo que cobria a cicatriz no seu rosto. Marcos estava com ela, ele a olhou pelo espelho, seus olhos fixos nos dela, ela sorriu um pouco amentrontada. — E se não tiver cicatrizado?— sussurrou antes de ver o resultado.— E se ficou pior? Eu estou com medo, amor. Marcos sentou na sua frente e segurou sua mão com delicadeza. — Lembra o que sua vó de disse? Pensamentos positivos. Beatriz sorriu e Marcos com cuidado retirou o curativo, ele a olhou por um instante e sorriu. — Me fala, como ficou?— perguntou de olhos fechados. Marcos balançou a cabeça sorrindo da forma meiga com que ela agia, ele a virou de frente ao espelho e beijou sua face. — Veja você mesmo.— sussurrou perto do seu ouvido. B