No momento em que Marcos revelou a Beatriz que o coração de sua mãe estava em Maicon, tudo ao seu redor pareceu desacelerar. Seu coração disparou e uma mistura de surpresa, incredulidade e um estranho calor tomou conta de seu peito. — Ele?— ela sussurrou. — Sim, amor. Eu queria te contar mas estava com receio de como ia reagir.— confessou Marcos sentindo o peso sair dos seus ombros. Ela olhou para Marcos, sem conseguir processar completamente a informação. O médico que se tornou seu amigo, com quem ela compartilhava risadas, agora tinha algo tão íntimo e pessoal de sua mãe. So aí que ela entendeu do por que surgiu aquela conexão inesperada com Maicon. — Você...— Ela sussurrou hesitante.— você me leva até ele? — Claro.— Marcos respondeu com o olhar preocupado, tentando decifrar exatamente o que ela estava sentindo. Clarie observava atentamente os dois do seu carro, o semblante assustado e ao mesmo tempo surpreso de Beatriz, fez com que ela se preocupasse. Clarie com ajuda de Fra
À medida que os dias passavam, a proximidade entre Marcos e Beatriz aumentava. Ele se tornou um apoio incondicional para Beatriz, cuidando dos bebês com carinho, dedicação e uma proteção sem igual, e por causa do cuidado de todos, a recuperação de Beatriz foi exelente. A foto de Beatriz com os gêmeos se espalhou feito fogo em gasolina, o que deixou Dimitri furioso. Já que quanto mais exposição, mais o rosto das crianças iriam ser conhecidos. Jonathan passou semanas tentando encontrar algo sobre Daniella, mas parecia que ela era intocada. Assim que terminou as ordens anteriores de Marcos, sentou-se à mesa, diante do computador, enviaram uma pista anônima deixando assim, Jonathan determinado a descobrir tudo sobre o passado de Daniella Escobar. Entre várias ligações, ele entrou em contato com um policial, onde enviou uma pasta sigilosa. Ao clicar no link, uma página apareceu na tela. Jonathan arregalou os olhos ao ler o título, revelando então que Elisa não era a primeira pessoa qu
Marcos rapidamente se aproximou de Beatriz, que tremia de nervosismo, e a envolveu em um abraço protetor. — Está tudo bem, amor. Eu estou aqui! — sussurrou Marcos, tentando acalmá-la.Beatriz, com lágrimas nos olhos, se aninhou em seu peito, buscando conforto. — Eu não aguento mais, Marcos. Tudo isso é tão horrível. Parece que, quando mais tentamos fugir desse pesadelo, mais ele vem nos assombrar. Toda a dor que já passamos já não é o suficiente? — confessou Beatriz, com a voz trêmula, enquanto observava Letícia sendo envolvida por um abraço de Nancy.— Chora menina. Tira essa angústia do seu peito.— Nancy sussurra.Nesse momento, Maicon entrou na sala, percebendo a tensão no ar. Seus olhos se dirigiram atentamente a Letícia, que chorava desesperadamente. — O que aconteceu com ela? — perguntou Maicon, preocupado.Marcos, ainda com Beatriz em seus braços, fez um sinal para que Maicon se aproximasse. — Descobrimos coisas... E, entre tantos absurdos, uma delas é sobre o pai de Letíci
Nancy, que estava sentada entre os berços enquanto assistia à novela, se assusta com a presença nervosa de Marcos. Ele se aproxima, olhando atentamente para os filhos, seus rostinhos serenos e tranquilos. Marcos olha para a janela, que continua trancada. — O que está acontecendo?— Nancy perguntou assustada. — Chame a segurança! — gritou Marcos, saindo no corredor. Ele se aproximou de Beatriz, que ia ao seu encontro, seu coração acelerado, o medo e a angústia evidente em seu olhar. — Não se preocupe, eles estão bem. Nancy ligou para a segurança enquanto Maicon e Letícia entravam no quarto, preocupados. — O que houve, por que o desespero? — Perguntou Maicon. — Dimitri. — respondeu Letícia, com o celular de Beatriz na mão. — Ele está aqui? De onde surgiu essa foto. Marcos passou os olhos por cada canto do quarto e percebeu algo que não estava ali antes. — Quem trouxe isso? — ele perguntou enquanto encarava cada olhar ali dentro. Tereza, que passava, ouviu a pergunta e cur
Beatriz sentiu um aperto no peito ao ouvir Letícia falar.— Bia, você é uma mulher inteligente, linda, mãe dos filhos dele, que não consegue nem esconder o sorriso bobo quando ele está por perto. Marcos errou, mas já pagou pelo que fez. De uma chance para o amor. Você sempre colocou Ravi e eu em primeiro lugar, agora pense em você. Vocês merecem essa felicidade.Beatriz concordou com a cabeça como se não soubesse o que fazer e sorriu.— Vamos voltar para o apartamento! — disse ela, desviando do assunto.Beatriz olhou em volta do quarto, sentindo uma mistura de emoções. A fazenda, que havia se tornado um refúgio, agora parecia um local inseguro. Ela pensou na proposta de Marcos, mas algo dentro dela dizia que era hora de retomar o controle.— Tem certeza? Marcos não vai gostar. — questionou Letícia.— Eu sei que não. Mas eu preciso disso. Preciso retomar minha vida.— Ok, Beatriz, não tem quem faça você a mudar de ideia. Vou ajudar a empacotar as coisas dos bebês. — Letícia falou obser
O bandido comprimia brutalmente a cabeça de Beatriz contra a porta, seu hálito fétido envolvendo-a em pânico. Seus olhos arregalados refletiam desespero. — Você não vai tocar nos meus filhos! — gritou Beatriz, voz trêmula, mas firme. — Faça o que quiser comigo, mas eles estão fora de questão! Eu prefiro morrer aqui, agora, do que entregar meus bebês. O bandido soltou uma risada cruel, seus olhos brilhando com sadismo. — Você acha que é corajosa, não é? — sussurrou, seu hálito quente no rosto de Beatriz. — Vamos ver como você reage quando eu arranco sua dignidade, sua força... sua vida! — A voz dele era uma faca afiada, cortando o ar. O choro desesperado de Oliver e Elisa interrompeu sua ameaça, e Beatriz sentiu seu coração despedaçar. Seus olhos arregalados refletiam puro terror. Beatriz olhou para a porta, como se quisesse atravessar ela, sentindo um arrepio de medo e preocupação. O bandido, irritado, tentou tirar ela da frente, mas as pernas de Beatriz nem se moviam, era co
Beatriz acompanhou Marcos para a mansão, Letícia sempre ao seu lado. A mansão tinha mais de 20 quartos, mas ele escolheu colocá-la em um do lado do dele. Em poucas horas, o quarto que era vazio e sem vida se tornou colorido, com vários carrinhos e bonecas, um closet cheio de roupas infantis e, do outro lado, um exclusivo para Beatriz. Os berços com rosa e azul, uma cortina branca que balançava com o vento.Depois de cada um estar nos seus devidos quartos, Beatriz ficou com os filhos sozinha. Ela não conseguia se perdoar por ter sido tão inconsequente. Seus pensamentos a atormentavam, estava cada vez mais difícil se encarar no espelho. A promessa de que não iria ficar refém das ameaças quase fez com que uma tragédia acontecesse.Beatriz se lembrava como se fosse ontem do momento em que viu sua mãe ser brutalmente agredida bem na sua frente. As palavras da sua madrasta dizendo à ela que sua existência era tão insignificante que ninguém jamais sentiria falta se ela morresse naquele acide
Beatriz levantou o rosto, com os olhos vermelhos e com a voz embargada sussurrou: — Será que você ainda não entendeu? Eu não quero ser uma carga para você e sua família. Eu não quero dar motivos para que as pessoas falem que estou te usando, usando seu status e querendo o seu dinheiro. Eu não suporto os olhares das pessoas insinuando coisas que eu não sou. Marcos suspirou tristemente e olhou nos fundos dos seus olhos. — E eu lá me importo com o que os outros vão falar. Entenda! Você não é uma carga, Bia. Eu escolhi estar do seu lado, não só por que você é a mãe dos meus filhos. E sim por que eu te amo. — Ele segurou sua mão com carinho, fazendo ela se acalmar. — Me diz a verdade. Você não gosta daqui, não gosta da minha presença? — perguntou Marcos, notando sua expressão confusa e desesperada. — Não é isso... sua casa é linda, sua família é maravilhosa.... — respondeu Beatriz, forçando um sorriso. — Mas não sei se devo ficar aqui. Marcos se levantou com o coração pulsando fo