Jess passou a semana com a cabeça em Beatriz, se perguntando de quem ela estava grávida, se aquele bebê tinha a possibilidade de ser do seu cunhado.Com o trabalho na loja, Jess conseguiu esquecer por alguns segundos suas dúvidas, mas sempre que via alguma grávida, lembrava de Beatriz.Michael havia voltado para Nova York apresentar o novo sócio da empresa, como Jess não gosta de dar notícias por telefone, decidiu esperar o marido voltar para perguntar se ele sabe sobre a gravidez de Beatriz. Porém, mesmo tentando não preocupa-lo, Michael percebeu que havia algo errado com o tom de voz da esposa, fazendo ele adiantar tudo o mais rápido possível e voltar para Filadélfia.Era fim tarde quando Jess saiu da casa dos sogros, enquanto dirigia passou sem saber na frente do salão de festas que Beatriz trabalha, distraída com seus pensamentos, ela parou para olhar o celular, era mensagem de Michael perguntando se estava tudo bem e que logo estaria com ela. Ela sorriu e quando ligou o carro nov
Jess, vendo o desespero de Beatriz, se aproximou e acariciou suas costas. — Amiga, entra, vocês conversam lá dentro. — Ela disse, ajudando Beatriz a se levantar. Enquanto Beatriz caminhava em passos lentos, Letícia tentava entender o que aconteceu. Daí se lembrou da conversa da noite passada, onde Beatriz havia dito que Dimitri estava agindo estranho. Jess sentou ela no sofá e rapidamente buscou um copo de água, enquanto Letícia tentava conversar com Beatriz. — Me conta, o que aquele maldito do Dimitri fez? — Letícia perguntou, segurando na mão de Beatriz. Beatriz levantou a cabeça ofegante, como se faltasse ar em seus pulmões. — Ele... ofereceu dinheiro para que eu passe a noite com ele... Lágrimas rolaram pela face de Beatriz. Letícia abraçou-a forte. — Calma, por favor. Você está segura agora. Eu estou aqui. Vamos denunciar esse verme para que nunca mais chegue perto de você. — Eu não posso, ele me ameaçou.... ameaçou meus... filhos e você... — Ela sussurrou quase
Após algumas tentativas, Beatriz começou a reagir, porém parecia que ela não tinha forças para abrir os olhos. A dor das contrações estava intensa, mas ela mal conseguia se mexer, seu corpo estava paralisado. — Beatriz, você está me ouvindo? — Maicon perguntou preocupado. Beatriz balançou a cabeça de um lado para o outro, suas vistas estavam turvas, ela não sabia nem mesmo onde estava, seus olhos se forçaram a se manter abertos e circularam pela sala, como se tivesse tentando se reencontrar. — Doutor Maicon, a sala para a cirurgia já está pronta, e aqui estão os resultados dos exames que pediu. — uma enfermeira disse, entregando os papéis para ele. — A paciente ingeriu uma substância suspeita, desconfio que seja algum tipo de sedativo. Acredito que seja isso que esteja impedindo dela acordar. — Hanna falou, olhando o laudo do exame de sangue. Maicon estreitou os olhos, estranhando a situação, Beatriz não tinha o costume de ingerir bebidas químicas. — Doutor, vamos? — Hanna disse e
Marcos perdido em seus pensamentos, ficou admirando a pequena Elisa, aquela conexão, aquela vontade de pegar no colo, a palpitação no coração invadiu seu ser. — Como ela é linda... Os dois são lindos. Que sorte o pai desses bebês tem.— Ele sussurrou sentindo um nó na garganta. Maicon o encarou com olhos estreitos. Marcos olha em volta e percebe que ninguém além dele veio ver os bebês. — Cadê o pai deles? Como alguém tem dois anjinhos e não vem nem ver?— ele comenta com indignação.— Se fosse meus filhos eu não sairia um só segundo de perto deles, muito menos da mãe. Maicon observou a melancolia que emanava da voz do irmão e se sente mal. — Eles não têm ninguém, somente a amiga que deixei no quarto, pois estava muito nervosa. — Que absurdo. Irmão... Me diz, como está a mãe dos bebês?— ele pergunta vendo a enfermeira colocar Oliver já vestido no berço e pegar Elisa.— Vi que ela não estava bem. É verdade que ela estava drogada? — Bando de fofoqueiros mentirosos. Não! Isso não é
Marcos fica em silêncio por um minuto e, após lembrar de quem ele estava falando, encara os olhos do irmão. Seu olhar pensativo refletia uma mistura de curiosidade e nostalgia.— Por que diz isso? — Marcos pergunta.— Não sei, aquela garota tinha apenas oito anos de idade. Parecia tão sozinha naquele corredor triste e gelado do hospital. Você se aproximou e mesmo sempre ignorando o fato de você não conhecê-la, e mesmo quase inconsistente, eu via o cuidado que teve com ela.Marcos fechou os olhos, revivendo a cena.— Me pergunto por que o rosto dela estava tão machucado... Aquelas olhos tristes me perseguem até hoje.— ele para para pensar por um minuto e olha fixamente para Maicon.— Agora que você falou... eles pareciam tanto com os da minha secretaria... — sussurrou, sentindo o coração pesar. Maicon estreitou os olhos e suas desconfianças aumentavam cada vez mais. — O que mais você se lembra? O nome dela, você recorda?Maicon hesitou um pouco antes de responder.— Não... me lembro bem
Jess saiu do trabalho e chegou mais cedo no aniversário de Clarie, pois sabia que seu marido havia chegado de viagem. Antes de ir para a mansão, ela decidiu tirar suas dúvidas confrontando Beatriz sobre a paternidade do seu filho. Ela desceu do carro e foi até o apartamento de Beatriz. Com insistência, tocou a campainha, mas ninguém atendeu. Nancy, que havia acabado de chegar da clínica de Maicon, encarou a presença da mulher na sua frente. — A senhora sabe se as jovens que moram no primeiro andar vão demorar para chegar? Nancy olhou por alguns minutos, lembrando que Letícia havia pedido para que, se alguém viesse procurar, não dizer que Beatriz deu à luz. Depois de ouvir que Dimitri e Leona estavam mandando ameaças para Beatriz, Nancy sentiu que tinha o dever de proteger ela e os bebês. — Beatriz e Letícia se mudaram hoje de manhã.— Nancy falou estudando as reações de Jess e a olhou surpresa. — Mudaram? Sabe me dizer onde elas estão morando? Eu precisava muito falar com Beatriz
Clarie ficou pálida, seus olhos arregalados de surpresa e emoção. Ela sentiu como se o mundo tivesse parado. Dois netinhos? Seu filho, pai? A ideia era surreal. — Meu Deus...—sussurrou Clarie, cobrindo a boca com a mão trêmula. Otto, ao lado dela, pareceu congelado, seu rosto refletindo choque e alegria simultaneamente. — Isso... isso é realmente possível? Nosso menino é realmente o pai desses bebês?— Otto pergunta, sua voz tremendo de emoção. Clarie levantou-se, como se impulsionada por uma força invisível. Ela se dirigiu a Maicon, olhos brilhando com lágrimas. — Maicon, meu filho, onde estão eles? Quero vê-los! Quero conhecer meus netinhos!— pediu Clarie, sua voz cheia de ansiedade. Maicon sorriu, comovido com a reação da mãe. — Eles estão bem, mãe. Beatriz cuida deles com muito amor. Mas precisamos ir com calma. Beatriz passou por um cirurgia de risco, tivemos que tirar os bebês as pressas. Amanhã de manhã vou na clínica ver como ela passou, e quero conversar com ela.
Otto e Clarie, acompanhados de Michael e Jess, partiram imediatamente para Orlando. A viagem foi tensa, com preocupações e angústias pairando no ar. Enquanto isso, Maicon ficou na mansão sozinho. Ele queria estar lá para ajudar o irmão que sempre o apoiou, mas precisou ficar por ordem dos pais. Ele acompanhou toda a notícia por vídeos que alguns amigos em comum com Marcos enviaram. Sentado na frente do computador, ele viu a noite virar dia. Após um banho rápido, olhou novamente o celular para ver se havia mais alguma notícia, mas os vídeos pararam de chegar por causa da forte tempestade que caiu em Orlando. Maicon entrou no carro com os pensamentos conturbados e distantes. Seu celular tocou, e ele olhou para a tela, era Letícia. — Bom dia, Maicon. — ela falou com voz séria que não passou despercebida por ele. — Preciso que dê alta para Beatriz, agora. — O que? Por que? — ele perguntou estranhando o tom de voz dela. — Por que acha que está acontecendo alguma coisa? — ele perg