SANDY
Estava tão deprimida quando Giovanne chegou e bateu na porta, pois imaginei que era Robert que havia voltado, mas quando abri a porta e constatei que era ele, eu mal conseguia olhar nos seus olhos, estava tão triste.Aos poucos, com sua companhia me animando, eu comecei a me sentir um pouco melhor quando começamos a falar do passado, de quando ele era criança, depois eu contei sobre minha infância também.Não vimos o tempo passar, quando tomo conhecimento da gravidade dos fatos, e Robert chega, Giovanne rapidamente vai para baixo de uma das camas, enquanto eu olho para a porta se abrindo com meu peito doendo, preocupada que Robert tenha visto Giovanne.Tento disfarçar tampando os olhos com o braço, mas meu padrasto começa a falar rispido que realmente me deixam amedrontada, o velho imbecil está louco, me coloco em pé, com as pernas bambas. Olho para os lados e vejo um vaso de flores.Ameaço jogar na sua cabeça, mas ele está tão bêbado, que mal consegue parar em pé em cima das pernas. Eu agradeço a Deus por isso. O seu corpo começa a ficar descontrolado e ele se deita, quase caindo na cama. Agradeço a Deus por ele estar nessa situação, pois se estivesse sóbrio tudo seria pior.Ele resmunga um bom tempo, falando coisas desconexas até pegar no sono, eu observo tudo sentada na poltrona, com os pés sobre a mesma, abraçada aos joelhos. Pensando em tudo, minha cabeça está turbilhão, cada pensamento me deixava mais angustiada, flashes da minha vida antes da morte da minha mãe, como esse homem não se revelou ser assim antes? Tudo era muito novo e confuso para eu entender.Após alguns minutos ali tão distante em pensamento, lembrei que Giovanne estava embaixo da cama, então levantei sem fazem nenhum barulho, me aproximo de Robert, andando como uma pluma e constato, que realmente dormiu.Me agacho e olho Giovanne, seus olhos brilham de tão abertos que se encontram. Puxo seu braço e o ajudo a levantar, em completo silêncio. Caminhamos até a porta, abro a porta, antes dele sair, segura minha mão com seus dedos suaves, uma eletricidade percorre pelo meu corpo, o coração acelera.— Na hora do jantar, peça para ir ao banheiro e me encontre na proa do navio, que vou te dar o remédio, como combinamos, ele não pode perceber que estou te ajudando ou será pior para nós.Não me contenho e dou um abraço nele em agradecimento, não sei o que seria de mim sem ele nesse momento, faz poucas horas que o conheço, mas parece que somos amigos há muito tempo.Ele segura minha cintura e a sensação dos seus dedos tocando meu corpo é diferente, sinto um calor ardente subir até o meu pescoço, e envolver minhas bochechas, que parecem vibrar de vergonha.Olho nos seus olhos que se encontram com os meus.— Obrigada!Ele me surpreende e encosta seus lábios nos meus. O toque macio é rápido, deixando um rastro de "quero mais". Mas penso que ele está apenas querendo me confortar, então não nutro a ideia de ter mais intimidade com ele. Apesar de que fecho os olhos quando ele termina o beijo, esperando um pouco mais, seu carinho é reconfortante.Seus lábios beijam minha testa, respiro fundo sentindo o seu cheiro âmbar, criando uma aura sofisticada e sedutora, que tento guardar na memória.Fecho a porta, ao me virar de costas e lembrar que preciso enfrentar esse homem, deslizo meu corpo encostando as costas na porta, e descendo até o chão levando minhas mãos sobre a cabeça.O desespero é grande, mas não quero mais chorar. Vai dar tudo certo, vamos conseguir realizar o plano, tento ser convicta.Levanto me e sigo em direção ao banheiro. Tomo um banho demorado. Pensando no toque dos lábios de Giovanne e lembrando do seu cheiro.Ele me deixou com uma sensação estranha, não sei decifrar o que estou sentindo, melhor esquecê-lo, pois preciso seguir meu plano e ir morar com minha tia Conceição, e talvez nunca mais nos veremos.Ouvi um barulho vindo do quarto que até esqueço no que estava pensando e volto a temer esse homem que dorme feito um porco naquela cama, será que ele acordou? E se eu não fechei a porta? Saio correndo de baixo do chuveiro e confiro se a porta estava trancada, já com a respiração descompensada, coloco a mão no peito ao constatar que está fechada e respiro aliviada.Terminei de tomar banho e arrumei minhas coisas, levaria o máximo que eu pudesse, é claro, penso enquanto fecho a mala.Quando Robert acordou, me olhou com ódio, com um olhar tão sombrio, que me dava ainda mais medo. Eu não conseguia manter firme meu olhar nesse homem, que eu sentia um calafrio, era como se ele fosse vir para cima de mim a qualquer momento. A única arma que eu tinha era o vaso de flores, então passei o maior tempo sentada na poltrona, inquieta, com o corpo tenso.Eles foi tomar banho e eu fiquei em alerta, um barulho era suficiente para que eu sentisse medo ou pavor.— Traz aqui minha toalha, que esqueci.— Ouço seu grito do banheiro, assim que o vejo esticar a mão ao abrir uma fresta da porta, corro para pegar a toalha e entregar a ele, mas olhando do lado oposto.Ele sai pouco tempo depois com uma calça, sem camisa, secando os cabelos. Pego um dos meus livros e finjo que ele não existe.Enquanto ele assovia, tentando chamar minha atenção, o clima é tenso.— Vamos jantar no restaurante, mas espero que você não faça nenhuma gracinha ou vou cortar os seus lindos dedinhos, quando chegarmos em Madri.— Você sabe que eu me comporto bem, só estou chateada pelas suas atitudes, você não era assim.— Hummmm, assim espero, já está avisada, não vou tolerar mais uma desobediência sua. — Seu olhar me gela até a alma, como ele pode ser assim tão mal, eu bem que sempre suspeitei, ele não me enganou totalmente, sempre desconfiei, vai ver até trair minha mãe ele traia.Tento não demonstrar medo, para ele não pensar que me intimida, mas seu tamanho já é suficiente, pois eu só tenho 17 anos e ele com quase 50 anos, então é claro que estou em desvantagem.Assim que chegamos no restaurante do navio, olho para os lados, tentando encontrar Giovanne, mas infelizmente não o vejo. Fico um pouco aflita, tento controlar o nervosismo, pois o medo de não dar certo é real. Sento, curvo a cabeça, aperto os olhos com uma das mãos, fechando-os, pensando no que vai acontecer se esse plano não der certo.— O que está acontecendo, não está passando bem? Não me diga que está grávida? [Grrr] — Ele cerra os dentes.— Sua biscate, bem que imaginei que de santa você não tem nada.Abri os olhos rápido.— Pare com isso, não é da sua conta, você não é meu pai.— tampei a boca imediatamente, percebendo que não deveria enfrentá-lo e suscitar sua irra, pois será muito mais difícil dele me deixar ir ao banheiro depois.— Só não te dou um tapa nessa sua boca aqui e agora, porque tem muita gente, mas você merecia. O que combinamos.— Desculpa, desculpa, foi sem querer, mas por favor vamos ter um jantar em paz. Sem ofensas, por favor?— Para você ver como sou bonzinho, peça o que quiser.Pedimos o jantar, mas eu não estava aguentando esperar, o Giovanne não aparecia, o tempo demorava a passar, um minuto parecia uma hora ao lado desse homem maldito.Ele começou a elogiar Madri e como fez para que suas oficinas mecânicas obtivessem sucesso, além de ser arrogante era prepotente se exibindo com elogios ao seu próprio ego.Eu só ouvia e concordava, mas minha mente estava no Giovanne e seus olhos verdes. A te que em um determinado momento um garçom tropeçou e derrubou vinho de uma garrafa em minhas roupas.Levantei furiosa.— Perdão, senhorita, foi um acidente. Me desculpe.— O garçom falava com uma voz trêmula e baixa.Quase que Robert bateu no homem, fiquei com pena dele. Pois o segurou pelo colarinho da camisa.— Está tudo bem, eu vou no banheiro no quarto trocar de blusa e já volto, não vamos estragar nosso jantar. — Falei colocando minha mão sobre a dele, tentando acalmá-lo, para que soltasse o garçom.— Saia daqui seu desajeitado. Não quero ver você se aproximar da nossa mesa, seu verme, que não sabe servir as pessoas direito. — falava em tom de fúria. — Volte logo Sandy, pois quero terminar o nosso jantar de forma agradável.Era a oportunidade que eu precisava, em vez de ir ao quarto, fui para a proa do navio. Lá estava Giovanne me esperando, seu olhar era de preocupação e desespero, em pé, me analisava de alto a baixo.Quando me viu, seu semblante mudou.— Então a história do vinho deu certo?— Então foi você? — coloquei a mão sobre a boca surpresa.Temos que ser rápidos, aqui está o remédio, coloque uma quinze gotas no suco dele, e será suficiente para ele dormir até amanhã de manhã.— Obrigada! — pequei o frasco de remédio e guardei entre os seios, pois não tinha bolso, notei quando Giovanne direciona o olhar até os meus seios, e depois movimenta os lábios de forma sensual. Ele é tão fofo.— Você é tão linda. Prometo te salvar desse homem, ele não ira tocar em você. — Uma de suas mãos vão até os meus cabelos, num gesto de carinho ele coloca os fios atrás da minha orelha, eu fico sem graça, um pouco nervosa e olho para o chão e depois para ele. — Tem namorado?— Não, não tenho e você? — Com seu toque agora no meu rosto sinto um arrepio percorrer meu corpo, e o mesmo calor que senti mais cedo, quando estava com ele, volta a surgir com mais intensidade, sinto as maçãs do meu rosto ficarem mais quente.— Também não. — Olho novamente para seu rosto, seus olhos estão fixos nos meus lábio, sou surpreendida por ele agarrando minha cintura e beijando meus lábios, fecho os olhos, meu coração que já estava acelerando, parecia querer sair pela boca, mas seu beijo era suave, me senti envolvida pelo seu perfume e pelo desejo de saborear a sua boca, pois o seu toque era magnético. Sua língua pediu passagem e m toques suaves e gostosos, me senti desejada de uma forma especial e romântica. Pois seus braços fortes me protegiam.Sou retirada bruscamente dos seus braços, quando abri os olhos, me surpreendendo com Robert me puxando pelo braço.— O que você pensa que está fazendo com minha filha. Tire suas mãos de cima dela. — Robert tenta dar um soco em Giovanne, mas ele se esquiva.Giovane segura os braços de Robert, pois ele tenta segurar seu pescoço.— Para Robert larga ele, deixa isso pra lá, não foi nada de mais, por favor solta ele, eu prometo que isso não vai mais acontecer.— Falo enquanto tento puxar Robert para trás, para que ele solte o Giovanne.A irmã de Giovanne tenta puxar o irmão que a todo custo tenta chutar o Robert, mas ele não conseguiu atingi-lo. Estou apavorada, não consigo entender der como ele veio parar aqui e começo a chorar.— Souta ele, por favor, eu faço o que você quiser.Nem notamos, mas estávamos se aproxima de uma parte mais alta do navio e parecia que Robert queria j**ar Giovanne no mar. Com um impulso Robert j**a Giovanne para trás e o inesperado acontece, a irmã de Giovanne havia sumido em um degrau ou algo parecido com isso, não sei ao certo, pois já era noite e só a luz do luar nos iluminava, então a moça cai na água.Robert olha para Giovanne assustado e depois vira se para a minha direção, pega minha mão e me arrasta para dentro, me levando até a cabine que estamos hospedados.No meio do caminho acontece um apagão e todas as luzes do navio se apagam. Fiquei ainda mais com medo. Andar por aqueles corredores enormes e escuro não estava nos meus planos. Comecei a entrar em pânico e a me debate.— Me larga, eu não fiz nada de mais.Robert estava descontrolado, seu aperto no meu braço estava me machucado.GIOVANNE — Eu prometo te salvar desse homem!— Falo enquanto olho nos seu olhos, toco no seu rosto delicado e a beijo novamente. Nossa conexão estava sendo diferente, não sei ao certo que sentimentos estava rolando, mas era assustador.Quando eu sentia o toque macio dos lábios de Sandy, aquele brutamontes do padrasto dela nos pega em flagrante. O homem veio para cima e eu tentei me defender, ele estava me sufocando, eu tentava chutá-lo, entretanto ele se desviava dos golpes. Quando minha irmã chegou para ajudar, as coisas parecem piorar ainda mais, vejo uma fúria nos olhos do homem, mas quando eu ouço a Sandy, prometendo fazer o que ele quisesse, isso me desarmou totalmente, parece que minhas forças foram se acabando e com um impulso ele me joga para trás e eu bato bruscamente em Kimberly. Só consigo ouvir seu gemido e imediatamente ouço ela caindo ao mar.Tento recuperar o fôlego, colocando a mão na minha garganta instintivamente, rapidamente olho no mar e só vejo uma escuridão e gra
Cap 6 Sandy Assim que voltamos para o quarto, Robert estava muito descontrolado, ele queria me algemar na cama, mas eu tentei convence-lo a não fazer, com a promessa de que faria qualquer coisa para que ele não fizesse isso.Então ele arrancou a roupa, ainda no escuro eu não conseguia ver direito seu corpo.— Quero que você seja minha, sempre que você usava aquelas saias justas ou aqueles shorts curtinhos eu tinha que ir ao banheiro bater uma punheta por você, cada vez que te via, pois sempre te desejei. Fiquei apavorada quando ele disse isso, eu mal conseguia para em pé e me sentei na cama, respirando lentamente, ele se aproximou, senti pelo toque dos dedos no meu cabelo e pela sua respiração mais próxima.A luz voltou e eu me assustei ainda mais com seu membro ereto bem próximo, engoli em seco aquela situação, eu precisava pensar rápido, o remédio já não daria certo, teria que agir agora.— Antes vou fazer uma massagem relaxante, você está muito tenso. — apressei em me levantar, po
Sandy Você precisa de um quarto só para dormir uma noite ou pretende ficar na cidade? Amanhã posso arrumar algo melhor. — Preciso de um lugar por um tempo. — Não queria expor minha vida a ela, principalmente porque acabamos de nos conhecer e a única pessoa para quem expus minha vida, sua irmã desapareceu e eu me sinto culpada agora. Quero ver se ela merece a minha confiança. Não posso ser tão boba, agora preciso crescer e tomar conta da minha vida. Assim que subimos, ela me mostra um quarto bem bagunçado, com muita poeira e um colchão no chão. O quarto mais parece um depósito de cacarecos, pois tem de tudo, móveis velhos, abajures, livros e tudo o que se pode imaginar de móveis e decorações que não estão sendo utilizadas.— Eu tenho esse quarto aqui, na verdade, não é um quarto há muito tempo, mas é o único que posso te disponibilizar, os outros são para os clientes e sempre estão ocupados. — Penso em dar meia volta, mas quando lembro de Robert me ameaçando, desisto.— Vou trazer
GIOVANNENo horário marcado eu estava no local combinado para encontrar o tal de Héctor. Escolhi uma mesa com duas cadeiras, o local era bem arejado e iluminado.Um espaço pequeno, com poucas mesas, no máximo umas dez. Podia ser observada a rua, pois os vidros estavam com as cortinas abertas. Pedi um café enquanto esperava o tal homem chegar, estava tão ansioso que ora movia as mãos tamborilando na mesa, ou os pés, sempre olhando ao redor e observando quem entrava e saia pela porta, o movimento era considerável, pelo fato de que era quatro horas da tarde.Um homem careca de cavanhaque, aparentemente com uns 38 a 40 anos, entrou olhando para os lados, procurando alguém.Vi que caminhava na minha direção segurando uma pasta ao lado do corpo.— Com licença, Giovanne?— Sim, sou eu mesmo. Pode se sentar. — Apontei para a cadeira a minha frente. — Aceita um café?— Aceito... muito prazer, Héctor. — Ele estende a mão, para me cumprimentar assim após se acomodar na cadeira. Peço um café ao
SANDYFazia mais de um mês que eu estava me acostumando com o local onde estava trabalhando. Mas estava difícil, cada homem que me olhava torto, eu queria pegar a vassoura e sair dando vassouradas. Quando eles estavam alcoolizados, então, era pior, já não estava aguentando mais. Em muitas noites eu vi o mesmo homem me observando, isso me chamou a atenção, ele chegava com seu chapéu na cabeça, sempre estava fumando seu charuto e bebendo uísque ou outra bebida forte, mas não falava nada, cada vez que eu olhava para ele sentia um arrepio, sua barba sempre bem feita, mas seus olhos castanhos me afligiam. Eu tentava disfarçar cada vez que tinha que servi-lo. Seu perfume me intoxicava, ao lembrar do aroma eu sentia meu estômago revirar, pois era um cheiro forte e amadeirado, tinha esse poder de irritar e me deixar enojada.A Senhora Carmem estava sendo bem compreensiva em me ajudar, mas eu ficava incomodada com os olhares libertinos desse e de outros homens, que na maioria eram casados. Sen
GiovanneTive que pedir ao investidor um dia ou dois para arrumar o dinheiro, pois eu não tenho essa quantia, meus pais deixaram uma herança, mas eu só posso retirar do banco com a ajuda da minha irmã, sem ela eu só consigo retirar uma pequena quantia mensal para eu me manter. Mas essa quantia era muito alta, o valor de uma casa, talvez.Fui caminhando pela rua até uma praça, pois não sabia o que fazer, já era noite e amanhã eu teria que ter uma ideia de como juntar esse dinheiro.Sentei no banco da praça, e com as mãos no banco, ergui os olhos para o céu, olhando as nuvens passarem, revelando as estrelas, pedi a Deus uma luz, uma maneira de conseguir esse dinheiro, pois eu já estava vivendo uma vida difícil, nada estava dando certo. Desde que minha irmã sofreu esse terrível acidente, no qual eu me culpo todos os dias por não fazer alguma coisa enquanto pude, deveria ter pensado melhor e prendido o padrasto da Sandy no quarto e talvez teria evitado que tivéssemos aquela discussão e min
— Olha querida, se você trabalhar assim, ganhará muito dinheiro e conseguirá ir mais rápido para a casa da sua tia.— De jeito nenhum, Dona Carmem, eu não vou me sujeitar a um serviço desses.— Falo alterada. — Tudo bem, eu não obrigo ninguém a ter essa vida, as moças que trabalham aqui, estão por livre e espontânea vontade.— Ela sorri naturalmente e isso de certa forma me incomoda.— Mas você não me disse quem é o tal homem?— E o Oscar, é um homem muito rico e cheio de posses, tenho certeza que tiraria muito dinheiro daquele homem, pois se ele gostar de você, será uma cliente fixa dele.Meus nervos fervem de ódio, principalmente porque eu já tinha um certo incômodo ao vê-lo me analisar todos os dias, meu estômago revirar de nojo.— Credo, deve ser casado o velho...— Asqueroso xingo ele mentalmente. Balanço a cabeça e franzo as sobrancelhas, em negativo. — Jamais, não me presto a isso. — Falo indignada.— Então, eu sinto muito, mas terei que arrumar outro lugar para você ficar, ou te
SandyMe escondi atrás de uma árvore, eu não poderia acreditar que era Robert saindo de um bar, ele para e conversa despreocupado com outro homem em frente à praça. Minha respiração ficou ofegante, como das outras vezes eu senti medo ao vê-lo ali novamente. Olhei mais uma vez na direção deles e disfarçadamente caminhei para o lado oposto, eu precisava correr, mas não queria chamar a atenção ou ele poderia me reconhecer.Ao me distanciar, lancei olhares apreensivos para trás. O temor de ser descoberto crescia a cada passo. Incerto sobre correr ou caminhar, optei por aumentar minha velocidade. Cruzando a rua sem atenção aos lados, a tensão era palpável.Só ouvi a buzina do carro, mas era tarde demais.Pow!Cai, com o impacto do carro no meu corpo, a batida foi leve, mas o suficiente para que eu rolasse em frente ao carro, tentei levantar, sentindo um pouco de dor e com a cabeça zonza.— Você está bem? Como atravessa a rua e não olha para os lados. — O motorista fala gritando, chamando