Estava irritado e confuso, entre a cruz e a espada, como dizem por aí.Olhei atentamente para a motocicleta que estávamos seguindo, pensando se valeria a pena o esforço, visto que já entreguei o dinheiro, ele não teria motivos para me perseguir. Observei Dimitri pegar o telefone e fazer uma ligação. Fiquei escutando atentamente com quem ele falava. Estava ligando para o segurança que ficou com a Kimberly e a Sandy no hospital. Após desligar o telefone, ele me informou que ninguém se aproximou das duas, e que os três seguranças estavam atentos, a toda e qualquer situação. Me senti mais confortável, e relaxei os ombros, sentindo-me aliviado. Me recostei no banco e esperei qual seria o próximo passo. De repente, o motocicleta para e automaticamente nós paramos também. Já fazia vinte minutos que estávamos percorrendo aquela estrada.O policial desce da motocicleta e entra na mata fechada.Dimitri olha por todos os lados, identificado o local. Por instinto, eu faço o mesmo. Paramos co
Quando estávamos saindo, Dimitri ligou para a polícia, indicando nossa posição. Ouvi alguns disparos assim que o policial colocou os pés para fora da porta. Voltamos para dentro, nos protegendo, a tensão era palpável. Ambos nos olhamos, eu queria sair do local o mais rápido possível, mas parecia que algo nos impedia.O sorriso nos rostos dos bandidos aumentou com os tiros, indicando que mais problemas estavam por vir.— Segure esse crápula, que vou tentar acertar os de fora. — Consegui.Houve mais trocas de tiros; precisávamos ser rápidos. Nossa sorte foi que o reforço policial chegou a tempo.A operação foi tensa, com um tiro de raspão no ombro do segurança de Dimitri. Mas o que realmente importava era que conseguimos impedir que esses bandidos escapassem.Enquanto observávamos os bandidos sendo levados pela polícia, um sentimento de alívio começou a se instalar em nós. A adrenalina ainda pulsava em nossas veias, mas agora havia um vislumbre de calma se aproximando.Dimitri se aproxi
Acordei com um par de olhos iluminando a minha vida, sorri com sua atitude meiga ao deitar ao meu lado.Giovanne estava diferente, mais calmo, não parecia o mesmo de mais cedo. Quando a Kimberly chegou no hospital ele estava bastante nervoso. Deixei que a curiosidade me inundasse e fui logo perguntando o que aconteceu. Acho que eu não estava mais nervosa, devido às medicações, caso contrário não teria conseguido dormir com toda a carga de acontecimentos que nos rondava. Juntos, respiramos aliviados enquanto ele narrava os detalhes da perseguição. Cada palavra dele era como uma bênção, dissipando nossos temores e nos preenchendo com esperança para o futuro. Com um sorriso, eu sabia que estávamos prontos para iniciar essa nova fase, juntos e mais fortes do que nunca.A investigação continuará, pois ainda havia mais pessoas que estavam envolvidas nesse esquema de corrupção.Giovanne começou a acariciar meu rosto, suas mãos percorriam levemente a minha pele, com um cuidado extraordinári
1988GIOVANNE Com o pé no acelerador sigo para a minha a rotineira vida de pegador, meu amigo de farras, Bryan já me aguarda na danceteria.Não sei porque, mas ultimamente tenho sentido um vazio, como se algo me faltasse, mas não sei explicar bem o que seja.Sempre tive tudo o que quis, nunca precisei correr atrás de nada, eu piscava e o mundo estava aos meus pés.Me chamo Giovanne Boniersk e tenho 22 anos, loiro alto, olhos verdes, que herdei do meu avô, jogo futebol, digamos que as mulheres gostam do que veem. Faz uns 10 anos que moro na Inglaterra, pois meus pais mudaram para cá para realizar o sonho da minha irmã, Kimberly, de se tornar médica.Infelizmente, quando eu tinha 19 anos eles faleceram em um grave acidente de carro. A lembrança deles, ainda permanece viva na minha memória. Na época eu morava com meus pais e minha irmã já tinha sua casa.Sempre tive tudo o que queria, nunca trabalhei em um emprego fixo, pois os meus pais nos deixaram uma herança suficiente para eu me m
SandyMeu inferno está começando, aliás, começou quando minha mãe foi levada para o hospital sem vida, pois havia tido um enfarte fulminante, eu mal sabia o que estava acontecendo, desde então meu pesadelo começo. Eu morava com minha mãe e meu padrasto em uma casa muito refinada na Inglaterra, essa casa era do meu padrasto. Ele e minha mãe estavam juntos a mais de 8 anos, confesso que nunca gostei muito dele, pois achava seu olhar muito sombrio. Tudo se confirmou após o falecimento de minha mãe Diana Benedct Corbyn, agora esse homem chamado Robert Corbyn acha que é meu dono, eu não sabia até então que ele fez minha mãe colocar o nome dele como meu tutor, caso ela falecesse antes que eu completasse 18 anos, e para meu desespero completo dezoito anos só daqui três meses. Quando soube dessa triste notícia fiquei sem chão.Sou Sandy Montseny, tenho 17 anos, perdi meu pai quando tinha 5 anos de idade, pois ele foi vítima de choque elétrico na empresa em que trabalhava. Nasci na Inglaterr
Não conseguia me concentrar direito e nem ir para a cabine que estávamos acomodados com minha irmã. Fiquei escondido até que a Sandy levantou e a segui até sua cabine, eu não sabia o que fazer e precisava de um plano. No caminho vi um jornal em cima de um banco, talvez seja útil nesse momento.Nunca pensei ver uma mulher nessa situação, sou um homem educado e embora seja mulherengo, como os outros falam, eu nunca as maltratei. Sempre trato elas com delicadeza, mas Sandy é diferente, algo nela chamou minha atenção, não sei se é sua beleza, talvez seja meu lado protetor, ou meu senso de justiça, sempre tratei muito bem as mulheres com quem me relacionei e vê-la tão frágil, deve ter mexido com esse meu lado.Agora era diferente, alguém estava pedindo minha ajuda e eu seria um covarde se não ajudasse. Mas não conheço esse homem e nem essa moça direito, preciso analisar a situação com cuidado e ter a certeza de que isso realmente está acontecendo com ela. Passados alguns minutos vejo seu
SANDYEstava tão deprimida quando Giovanne chegou e bateu na porta, pois imaginei que era Robert que havia voltado, mas quando abri a porta e constatei que era ele, eu mal conseguia olhar nos seus olhos, estava tão triste. Aos poucos, com sua companhia me animando, eu comecei a me sentir um pouco melhor quando começamos a falar do passado, de quando ele era criança, depois eu contei sobre minha infância também.Não vimos o tempo passar, quando tomo conhecimento da gravidade dos fatos, e Robert chega, Giovanne rapidamente vai para baixo de uma das camas, enquanto eu olho para a porta se abrindo com meu peito doendo, preocupada que Robert tenha visto Giovanne. Tento disfarçar tampando os olhos com o braço, mas meu padrasto começa a falar rispido que realmente me deixam amedrontada, o velho imbecil está louco, me coloco em pé, com as pernas bambas. Olho para os lados e vejo um vaso de flores. Ameaço jogar na sua cabeça, mas ele está tão bêbado, que mal consegue parar em pé em cima das
GIOVANNE — Eu prometo te salvar desse homem!— Falo enquanto olho nos seu olhos, toco no seu rosto delicado e a beijo novamente. Nossa conexão estava sendo diferente, não sei ao certo que sentimentos estava rolando, mas era assustador.Quando eu sentia o toque macio dos lábios de Sandy, aquele brutamontes do padrasto dela nos pega em flagrante. O homem veio para cima e eu tentei me defender, ele estava me sufocando, eu tentava chutá-lo, entretanto ele se desviava dos golpes. Quando minha irmã chegou para ajudar, as coisas parecem piorar ainda mais, vejo uma fúria nos olhos do homem, mas quando eu ouço a Sandy, prometendo fazer o que ele quisesse, isso me desarmou totalmente, parece que minhas forças foram se acabando e com um impulso ele me joga para trás e eu bato bruscamente em Kimberly. Só consigo ouvir seu gemido e imediatamente ouço ela caindo ao mar.Tento recuperar o fôlego, colocando a mão na minha garganta instintivamente, rapidamente olho no mar e só vejo uma escuridão e gra