—Deus... eu senti falta de estar em casa... —o avô recostou-se nas almofadas, enquanto Samara se apressava para encontrar mais para colocar ao redor dele, proporcionando maior conforto.Assim que terminou isso, ela se sentou aos pés da cama. Agora estavam sozinhos, porque André recebeu uma ligação assim que deixou o avô e saiu do quarto. —Como você está mais bonita do que nunca? Mesmo aqui nesta casa confortável, posso te ver melhor... —indagou o avô como se estivesse começando a conversa.Havia muito assunto para conversar, mas ele queria sondar um pouco o terreno. —Obrigada... —Samara sorriu para ele—. Como você está se sentindo?—Estou bem, não se preocupe... Não posso negar que há fraqueza em mim, mas me sinto melhor agora fora daquela clínica. Mal podia esperar para sair... —e, fazendo uma pausa, a observou atentamente—. Agora, me diga o que aconteceu lá ao sair da clínica... Esse meu neto não deixa de me surpreender a cada dia...Ela negou rapidamente para minimizar a importânci
Depois de alguns minutos e de Samara ajustar novamente as almofadas para o avô, ela percebeu que ele estava piscando várias vezes e pensou que os medicamentos estavam começando a fazer efeito, induzindo sonolência. Então, depois de dar-lhe água com os comprimidos prescritos, ela pegou a bandeja na bancada e saiu do quarto, seguida por André.—Você sabe que não fui eu quem começou isso, não é verdade...? —Ela virou-se, deixando a bandeja na mesa, enquanto apertava os dedos várias vezes devido aos nervos que a presença dele provocava.—Eu sei... eu estava lá, no entanto, não era necessário um soco. Além disso, nunca usaria Ivan para criar um problema entre nós... não é a minha maneira de lidar com isso... —André estreitou os olhos e depois apertou a mandíbula ao dar dois passos em direção a ela.—Eu sei que você precisa de espaço entre nós dois, mas acho que já é hora de conversarmos sobre isso. Não gosto que esse homem esteja sempre ao seu redor, e em relação à sua mãe, ela parece quer
—Nervosa? —Samara levantou o rosto quando Ivan se sentou na frente dela no escritório de sua mãe, naquela sexta-feira de manhã.Já havia se passado alguns dias desde que o avô saiu da clínica e se instalou na mansão de André. Alguns dos familiares voltaram para a França a pedido do próprio avô, e agora só restavam Francois e René, pois Lucie também tinha retornado para seu programa na universidade. Não havia um dia em que Samara deixasse de comparecer, e embora ela pensasse que André estaria rondando o local para aproveitar a oportunidade de encontrá-la, desta vez ela estava muito enganada.Não houve um único dia, desde que o avô se instalou na mansão e André prometeu demonstrações, em que o milionário apareceu diante dela. Claro, havia rosas em sua mesa todos os dias. Mensagens subliminares como "Minha cama está disponível" ou "Podemos escapar", que ela preferiu ignorar. Não porque não desejasse fazer isso; mesmo essa agonia de não o ver por uma semana inteira a deixava incrivelmente
O impacto foi devastador em seu estômago. Ela até sentiu que a pele se contraía pelo puro êxtase provocado por sua entrada e seu olhar fixo nela, além do sorriso que era sinistro e que, a essa altura, era seu favorito.Samara abaixou a cabeça para evitar seu olhar, o que desagradou a André, que esperava que ela o encarasse depois de uma eternidade sem se verem. Porque, apesar de toda essa gente e da situação, André só queria mandar tudo para o inferno, arrastá-la e levá-la para o fim do mundo, acabando com toda essa porcaria que o estava deixando cansado.—Qual é o meu assento? —ele perguntou enquanto caminhava—. Claro, deve ser este... —e pegou um ao lado de Samara, onde do outro lado estavam Sophie e Ivan.—Acho que se enganou de reunião, senhor Roussel... —Sophie apertou os lábios com evidente amargura, e nesse momento, um segundo homem entrou na sala.—Connor... pode entregar essas pastas à senhora Walton... Entregue uma também aos colegas dela, isso nos ajudará na reunião.A mulh
—Hanna! Hanna, espera... —Sophie a chamou infinitas vezes, mas ela não parou; ao contrário, apressou-se, enquanto algumas lágrimas escorriam por suas bochechas.Estava prestes a pegar o elevador para sair, quando se deparou com Michael.—Hanna? —ele se afastou um pouco para contê-la—. O que está acontecendo?—Papai... Podemos ir embora daqui?—Claro, querida... —disse Michael, segurando-a pelo braço, mas neste momento, Sophie chegou até eles, com Iván atrás, interrompendo seu caminho.—Michael... Como você pôde?—Tio... Você pensou em nós antes de fazer o que fez? —Michael franziu a testa diante do escândalo e, sem dizer uma palavra, virou-se para sua filha, que, aparentemente, precisava dele.—Para onde você quer ir?Ela negou.—Longe de minha mãe... —Sophie abriu os olhos, ficando completamente estoica diante do pedido de Samara, enquanto Michael olhava para sua esposa um pouco decepcionado.Não houve uma única palavra depois disso. Sophie estava chocada, e ele se apressou em sair d
Era sexta-feira à noite, exatamente às dez horas, quando Samara estava na varanda de seu quarto, apertando o casaco contra o peito. O céu estava lindamente estrelado, e havia uma lua radiante.Ela soltou um suspiro cansado enquanto fechava os olhos. Até mesmo sua pele doía; todo o seu corpo tinha esse efeito que as drogas descritas na internet tinham quando a pessoa tentava se afastar delas e se declarava imersa. Ela precisava até mesmo ver aquele cínico que não deixava seus pensamentos em paz.No minuto seguinte, ela viu seus pais saindo da mansão. Ela mesma havia preparado um jantar para eles em um restaurante prestigiado de Nova York, pois haviam tido algumas brigas intensas por sua causa. Quando Sophie se virou para ela para acenar, Samara enviou um beijo com a mão, enquanto Michael sorriu com o gesto.Não permitiria que, com sua chegada e todos os problemas que surgiram, seus pais arruinassem seu casamento. Embora ainda houvesse cabos soltos entre ela e sua mãe, estava tentando l
—É incrível… —Amanda MacMillan sorriu levando sua sexta taça à boca enquanto sua outra perna se cruzava, fazendo com que seu vestido se abrisse um pouco.André deu uma tragada no charuto que ela a havia dado algumas horas antes, mesmo quando seu pai ainda estava jantando com eles, numa típica reunião de negócios.No entanto, agora eram apenas os dois no mesmo restaurante, dividindo uma garrafa que a própria louca insistiu em abrir.A verdade é que André já estava cansado de responder de forma monótona. Havia meia hora que ele esperava esse suposto negócio extra que a mulher prometeu discutir depois que seu pai se retirou, mas até agora ela só falava bobagens que, no final das contas, não o interessavam. E mesmo que ele nem soubesse do que ela estava falando e não se importasse, percebia que, obviamente, ela estava se contorcendo na cadeira como se fosse uma gata no cio.E a verdade é que André já havia perdido o interesse no tal negócio dos resorts nas Filipinas.Ele pegou a taça que
Samara sentiu o coração na boca quando estacionaram naquele prédio, onde uma vez ela veio buscar André, bêbado, quando seu avô estava na clínica.Ela o viu desafivelar o cinto rapidamente e, diante de seu estado de choque, também desafivelou o dela, enquanto ele veio morder seus lábios, incendiando ainda mais sua pele.—Temos a noite toda… mas não podemos chegar à suíte neste momento… —ela abriu os olhos diante do aviso, além de que as mãos de André tremiam como se ele estivesse se controlando.—André… O que você está dizendo? —seu corpo foi tirado do assento como resposta, e então André moveu o dele para trás até o fim, dando espaço para que ela ficasse em cima dele, totalmente confortável.Agora que ela pensava sobre isso, precisava mudar o sentido de seu vestido, porque este até os joelhos só dava a André a facilidade de ser ousado onde quisesse.—Você não vai pretender que… —suas palavras foram interrompidas por seu beijo faminto. Literalmente, ele estava sugando sua língua e lábi