Os dias de espera chegaram ao fim. Samara estava ansiosa pela chegada de Sophie, e naquele dia ela se levantou muito cedo para vestir um vestido de flores bonito e uma sandália estilo romano, já que seu pé ainda estava se recuperando, embora ela já pudesse caminhar.Apesar da ansiedade de Samara e da intensa saudade do avô, ela preferiu silenciar o telefone e deixá-lo descarregar, pois Sophie tinha se comunicado nos últimos dias pelo telefone fixo da casa. Embora achasse estranho que ontem não tivesse feito isso durante todo o dia.Basicamente, os três dias de espera se cumpriram, e ela só queria saber o que faria a seguir em sua vida, ou se Sophie a ajudaria a deixar este país o mais rápido possível.Ela desceu para tomar café da manhã e compartilhou algumas informações com Marta sobre os Walton já estarem a caminho de casa.Eram dez da manhã quando as portas se abriram pelo mordomo, e Samara se levantou do sofá com um livro na mão, mas nem Michael nem Sophie cumprimentaram, passaram
Samara ficou muito preocupada quando a palidez de Sophie ficou tão evidente que ela até se levantou com a intenção de buscar ajuda. No entanto, seu braço sendo agarrado de repente a devolveu ao seu lugar, fazendo-a olhar para Sophie de maneira assustada.— Não vá embora... — ela disse mais como uma ordem, então Samara tentou controlar sua respiração.— A senhora está bem? Sua cor... é preocupante... — Sophie tossiu um pouco, mas assentiu.— Não é nada... minha pressão caiu durante a viagem... tem sido... tem sido cheio de angústias, mas é só isso, a pressão.— Quer que eu chame seu marido? Posso trazer seus remédios, qualquer coisa...Sophie negou rapidamente.— Não, Samara, embora eu não possa negar que estou um pouco... impressionada com sua história... — Samara abaixou o olhar um pouco envergonhada, mas se precisasse da ajuda de Sophie, precisava contar a verdade.— Minha história é vergonhosa, e se você ficou assim com o começo, não posso imaginar quando...— Não... — Sophie inter
Samara estava à porta do quarto quando Sophie a despediu e desejou boa noite, e por alguma razão estranha, o sorriso não desapareceu do rosto da mulher que encontrara desfeita em seu quarto algumas horas antes.Ela fechou a porta e então girou pelo quarto inteiro, e embora na conversa literalmente tivesse desabafado um pouco de sua alma, e mesmo se sentindo um pouco mais leve por alguém, pela primeira vez, ouvir toda a sua verdade, ainda sentia o desejo de voltar para casa.E não, não estava dizendo "casa" se referindo à residência de André. Dizia casa, aos únicos braços que envolveram seu corpo, à única boca que a beijou; àqueles olhos que, apesar de tudo, estavam em sua mente olhando para ela o tempo todo, e à proteção que encontrou nele desde o primeiro dia.E assim era todos os dias, ela acordava pensando que seria um dia melhor, que seria forte e que superaria essa situação. Mas quando a noite chegava, ela se sentia mais vazia, mais seca e, acima de tudo, mais dolorida.Ela se de
Samara esfregava os olhos, quando se tornou impossível não sentir aquela ardência nas pálpebras, enquanto seu coração parecia prestes a explodir. Ela estava sentada à janela, com Sophie ao seu lado no meio, e no outro extremo estava Michael falando ao telefone.Insistiram em levá-la até a clínica onde o avô estava, embora apenas Sophie a acompanhasse.Suas bochechas doíam quando tentava chorar em silêncio. Tinha fugido daquela cena porque não conseguia suportar a dor, mas tinha sido egoísta. O avô não tinha culpa e, agora que refletia, ele adoecera desde aquele dia, e ela nem sequer tinha ido visitá-lo.Um desespero apertava sua garganta, mas quando o carro parou e o motorista anunciou que haviam chegado, viu Sophie se virar para o marido e dizer "Vou te ligar".A porta foi aberta abruptamente por Alex, o motorista de confiança dos Walton, e apressada, ela caminhou rapidamente, sabendo que Sophie a seguia.Entraram pela emergência, e foi Sophie quem perguntou na recepção para onde dev
André aproximou seu rosto para segurar suas bochechas contra as dele, e nesse instante sua respiração se chocou em seu rosto.Os olhos de Samara se fecharam por inércia, e então ela sentiu os braços que foram seu porto seguro por tanto tempo envolverem todo o seu corpo.—Samy... você precisa me ouvir... o que eu disse...Ela sabia que estava errada em ouvi-lo por apenas alguns segundos, mas ele iria embora deste país e de sua vida para sempre. Só... só precisava tocá-lo por um momento, só precisava vê-lo um pouco mais.Samara virou um pouco a cabeça, esfregando sua pele na dele, e no segundo seguinte sua boca se encontrou com a dele, interrompendo sua oração.O beijo foi faminto, André pressionou seu corpo totalmente contra o dela, e embora tenha sentido um aperto no estômago, ela segurou suas bochechas para beijá-lo com avidez.Sim, seu orgulho estava no chão, mas até mesmo a ansiedade dominou sobre todas as coisas, embora ela se repreendesse por isso um momento depois.Foi André que
Samara se tornou literalmente viciada nos dias que se passaram. O simples fato de ir e voltar para a clínica e ter um momento com André, mesmo que distante, foi como um respiro para sua alma, embora a saúde do avô estivesse preocupante neste momento.Ela percebeu que o ânimo do milionário estava diminuindo, apesar de seus esforços para mostrar um rosto forte diante de sua família. Embora Sophie a tivesse acompanhado durante todos esses últimos quatro dias na clínica, André não perdia a oportunidade de dizer que, depois que o avô saísse dessa situação, iria com toda sua armadura contra ela. Ela não entendia muito bem a palavra "contra", mas o sorriso irônico em seu rosto deixou claro que ele estava determinado a fazê-la perdoá-lo, e neste momento, ela não podia fazer isso. Não quando sabia que foi usada, não quando o marido foi infiel de maneira descarada e não quando ele literalmente zombou dela ao falar com Connor de uma maneira tão desdenhosa.Era evidente que as cláusulas não podia
No momento em que estacionaram no local subterrâneo, Connor explicou enquanto Samara observava o local atentamente.—Vou te dar a chave para que suba pelo elevador e entre no apartamento...Ela assentiu lentamente e depois o encarou.—É aqui que ele traz essas mulheres? —Connor abriu os olhos.—Samara... não...—Você pode me dar as chaves, Connor, vou subir...Connor procurou em suas calças e as passou para ela, mas antes que pudesse sair do carro, a deteve novamente.—André mudou muito desde que te conheceu... eu não posso defendê-lo completamente, mas é necessário que você também o ouça. Se o conhece, saberá que ele expressa uma coisa e sente outra completamente diferente.—Por favor, me ligue se souber de algo sobre o avô.—Prefere que eu vá buscá-la? —Samara negou.—Vou tentar sair daqui com o André...Samara saiu do carro e, seguindo a indicação de Connor, entrou no elevador enquanto olhava a chave eletrônica.Seus olhos rolaram ao saber que este apartamento também estava no últi
—Obrigado... —Samara levantou o olhar, enquanto seus olhos se encontravam. Era a primeira vez que ouvia essa palavra de André, mas tentou não demonstrar sua comoção e sentou-se diante dele.—Você não vai comer nada? —quando ele fez a pergunta, ela negou.—Eu vim da casa da senhora Sophie... e... Marta... —Samara balançou a cabeça—. Eles foram muito gentis comigo durante todo esse tempo.—Quem não poderia ser gentil com você? —Samara o olhou novamente.—Você não precisa mais fingir comigo... eu sei de tudo... —André pegou a xícara de café. Seu estômago reclamou; havia passado muitos dias desde que comera alguma coisa, e durante todo esse tempo, estivera bebendo até perder a consciência.—Você não sabe de tudo... e também não quer ouvir.Samara cruzou os braços.—Escute, não estou aqui para pedir explicações, André... eu sei que precisamos conversar, e há coisas que precisam ser resolvidas, mas quero dizer a você que não voltarei ao seu lado, mesmo que isso aconteça... você mentiu para